segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Vértigo e Paixão...



O dia 24 de Novembro foi um momento de exaltação e de comunhão com as nossas «Ilhas», os nossos bairros e suas comunidades.

Pelas nove horas da manhã.

Lá estavam quase todos, na praça da Casa da Musica, símbolo da cidade renovada e estilizada. Máquinas na mão, casacos apertados que se fazia um frio miudinho que teimava em resistir a uma bela e doce manhã de sol a espreitar.

Entre a palavra, o café e o aperto de mão, um abraço ali e um beijo acolá. O bom dia ia rompendo para os lados da Boavista.

Estudantes, professores, profissionais de outras profissões, políticos, e amigos lá se preparam para este roteiro em prol da cidade, do direito à cidade e acima de tudo em defesa da qualidade de vida numa habitação que se quer digna e acolhedora para todos sem excepção.

Por entre as ruas de quarteirões onde o sol já espreitava, os gatos de mansinho lá acordavam numa preguiça sem pressas nem correrias.

As vozes, os caminhares, os olhares, os corpos entravam em corredores estreitos, com portas pequenas e diferenciadas. Umas de madeira, outras de chapa, umas a roçar a memória gasta dos tempos que lá passaram. As casitas encavalitadas na malha apertada dos muros de granito, abrem-se para o interior dos pátios e dos seus infinitos corredores mouriscos.

Nos telhados os gatos dançam uma espécie de luta territorial, pela posse dos seus micro-espaços, a partir dos quais controlam a ilha e avistam os intrusos.

Toda a manhã vai ser uma espécie de romaria, de visita às casas, falar com as pessoas que simpáticas nos abrem as portas dos pátios e das casas. Queixam-se das fragilidades da construção, as humidades, os espaços exíguos, a falta de obras nos telhados. O preço das rendas que já andam entre os 230 euros e os 450 euros. Uma situação insustentável atira-nos Amélia «Alí. Naquela casa, pagam 450 euros». E conclui «ficam aqui três meses e depois mais ninguém os vê».

As rendas novas como gostam de lhes chamar são caras para os jovens, e, inacessíveis para os velhos com reformas entre os 190 e 300 euros.

Outras há, onde as rendas são insignificantes.

D. Maria paga dois euros de uma renda antiga.Numa casa onde a senhoria deixou de fazer obras há décadas. É a dona Maria que faz as obras na cozinha, instalou o quarto de banho, restaurou o telhado, as canalizações novas, ligou o saneamento à rede pública. O problema é que na casa do lado, o abandono deu lugar à ruína. As infiltrações na sua casa são uma constante, destruindo-lhe a sua que com tanto gosto e custo lá foi arranjando.

As Ilhas são o reino da mulher espaço do género. São as mulheres que tratam do espaço interior e exterior. Arrumam, tratam dos vasos, dos gatos, dos cães e de todos bichos domésticos que por lá aparecem. E dos maridos também. Nenhum, mesmo nenhum animal é abandonado por estas mulheres que tratam os gatos vadios como seus, com direito a mimos, a comida, e, de vez em quando lá entram no interior da casa, para fazer umas festas à sua dona adoptiva.

No fundo. As Ilhas são assim, um espaço de dar e de hospedar quem chega. Não se faz diferenciação pela cor, pela raça, pelo credo, pela cultura ou formação. Espaço de liberdade, de fraternidade, onde todos se podem agrupar nos silêncios e nas partilhas.

Nas ilhas a musica toca alto, acorda-se tarde ao domingo, as pessoas tal como os gatos adoram o sol, a conversa nas esquinas das entradas, e teimam em continuar a viver nestes espaços pequenos mas carregados de poética e de memória. Onde o tempo é teimoso e demasiadamente humano.

Nestas ilhas respira-se cidade, património e identidades.

Os seus moradores mesmo vivendo em condições onde ainda faz falta qualidade de abrigo, de conforto material, de iluminação nos corredores estreitos, percebem as vantagens daqui viver.

Estão no centro da cidade, integrados e com boa vizinhança. O pouco trabalho que ainda vão aparecendo existe por estes lados. No apoio aos idosos que moram nos prédios ou em casas unifamiliares da vizinhança, nos cafés e restaurantes, nas pequenas oficinas, a dar horas em serviços domésticos e biscates. São homens e mulheres a dias, são biscateiros, mas a maioria é reformada pelas décadas de trabalho nas antigas industrias que por aqui foram nascendo, crescendo e morrendo. Já poucas aqui moram e muitas já que não existem.

Vamos encontrando moradores cada um com o seu próprio trajecto de vida. A sua antiga profissão confunde-se com a própria vida que a sociedade nunca lhes deu como deles.

Homens e mulheres, que cresceram demasiadamente depressa, a quem a sociedade e o regime do tempo lhes roubou a infância e lhes incutiu a moral do trabalho. Só conheceram o mundo do trabalho e o descanso do domingo, por entre os relatos do futebol, transmitidos pelo rádio e mais tarde com o direito ao sofá e à tv.

Mas, isso, foram luxos que o 25 de Abril lhes trouxe com muita paulada e fome à mistura.

Neste dia a Exma Câmara Municipal do Porto fez-se também representar, nos senhores vereadores da Habitação e Acção Social Dr Manuel Pizarro e do Urbanismo Prof. Arqto Correia Fernandes. Pela valorização das Ilhas e bairros populares do Porto.

Pela primeira vez a Exma Câmara liderada pelo Dr Rui Moreira, apresenta-se não para erradicar as ilhas e os bairros populares mas para lhes dar outra dignidade e outra qualidade.

Neste dia, não foram entaipadas casas, nem demolidas ilhas, nem deslocadas pessoas. Neste dia celebramos a comunidade e a vida nas ilhas e bairros populares.

Demos a conhecer a portugueses, mas também a italianos, franceses e brasileiros as nossas «Ilhas» e os nossos Bairros Populares. Num sentimento comum de afirmação do Direito à Habitação e à Cidade. Sem deslocação e sem realojamentos impostos a comunidades de direito.






segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ILHAS PROJECT - Roteiro Políticas da Habitação Básica e Inclusão Social no Porto

Roteiro Políticas de Habitação Básica e Inclusão Social no Porto


Programa

Dia 24 de Novembro de 2013

Visitas às Ilhas do Porto

9:00 - Encontro na Casa da Musica / Rotunda da Boavista

Ilha dos Dois Irmãos
Ilha de Santo António
Ilha do Bom Sucesso
Ilha Bairro Inês
Ilha da Bela Vista
12.30 - Almoço num restaurante de Massarelos (sujeito a pré-inscrição)


14.30 - Auditório do Palácio da Bolsa

Workshop - Políticas de Habitação Básica e Inclusão Social no Porto


Abertura

Exmo Senhor Vereador da Habitação e Inclusão Social
Dr Manuel Pizarro (C.M.P.)


Coordenadores
Fernando Matos Rodrigues, MIA-ESAP e Invest. CICS Univ. Minho

Berta Granja, Prof. Dr. ISSSP e Invest. no Centro Intervenção do CICSS

Oradores


Manuel Carlos Silva, prof. Catedrático e Presidente do Centro Investigação Ciências Sociais da Univ. do Minho (CICS)

Helena Tersi, Prof. Dr. Universidade de Firenci (Brasil)

Paula França, Assistente Social ISSSP; Coordenadora do Programa Nacional Contra a Exclusão

Aline Christiane da Cunha Teles, Investigadora em História Social (Brasil)


Testemunhos de Projectos
Programas de Intervenção a partir de Case Study na Cidade do Porto



 Experiência em Pego Negro e Azevedo (Freg. Campanhã) pelas Estagiárias do ISSSP e coord. da Prof. Berta Granja

Catarina Silva, Presidente da Associação de Moradores da Ilha do Montepio
José Fontelas, Presidente da Associação de Moradores da Bela Vista

Programa para (Re)habitar o Centro da Cidade do Porto, por Catarina Pires mestre em arquitectura FAUP

Programa e Projecto de Habitação Básica na Ilha do Zé da Loja, por Fábio Rodrigues Azevedo mestre em arquitectura MIA-ESAP


18.30 Encerramento dos trabalhos

Pelo Excelentissimo Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto
DR. Rui Moreira




Organização
MIA-ESAP
ISSSP
CICS-Univ. Minho


Colaboração / Apoio
Câmara Municipal do Porto
Palácio da Bolsa - Associação Comercial do Porto


 Inscrições
 Enviar para o Email: mat.rodrigues@sapo.pt ou berta.granja@isssp.pt

Os alunos do MIA pode fazer a inscrição na colega do 2º ano Rita Santos (Email: anasantoswork93@gmail.com)








segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ILHAS PROJECT - AULA ABERTA



ILHAS PROJECT - AULA ABERTA
Dia 6 de Novembr. pelas 17 horas Auditório na ESAP, Palácio de Belmonte (Porto)


Tema (Re) Habitar o Centro Histórico do Porto.


Orador Catarina Pires, mestre em Arquitectura pela FAUP

Moderador e Coordenador Fernando Matos Rodrigues, MIA-ESAP/Investigador no CICS Univ. Minho.

Obs.: 
Esta Aula Aberta contará com a presença da Mestre em Arquitectura Catarina Pires da FAUP, que apresentará o resultado da sua tese sobre a possibilidade e a emergência de habitar novamente o casco antigo da cidade do Porto também ele classificado por Centro Histórico classificação Património Mundial da UNESCO. Será sem duvida um momento para reflectirmos sobre as questões da reabilitação e da renovação do centro histórico e da implementação de políticas habitacionais que possibilitem o direito à habitação e à cidade de grupos sociais de renda média. Evitando os fenómenos de gentrificaçao e de expulsão das camadas populares e mais pobres do centro histórico para os bairros degradados social e urbanisticamente das periferias da cidade e AMP.Assim, no âmbito do nosso trabalho convidamos outros investigadores para partilharem com os nossos alunos, com os nossos professores e investigadores as suas ideias, programas e teses.


Nota: entrada livre

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Programa da Cadeira de Antropologia do Espaço 2013/2014





ESCOLA SUPERIOR ARTÍSTICA DO PORTO
Mestrado Integrado em Arquitectura
Antropologia do Espaço
2013/2014


1.º Semestre do 2-º ano do MIA
Docente Fernando Matos Rodrigues




PROGRAMA



O. Introdução


A proposta de programa para a cadeira de Antropologia do Espaço para o 2.º ano do Mestrado Integrado em Arquitectura na Escola Superior Artística do Porto, centra-se na problemática do estudo das complexidades em torno do espaço, do lugar, do território, da habitação e dos problemas da inclusão e exclusão social.
Com este programa pretende-se dotar um aluno de arquitectura de ferramentas e instrumentos que lhe possibilitem compreender os processos da transformação e de resistência na cidade em torno dos seus lugares, dos seus bairros, das suas ilhas, do seu habitar.
Na primeira parte do programa o aluno terá acesso a um conjunto de métodos qualitativos e de teorias próprias da Antropologia e da Sociologia urbanas, com enfoque específico sobre os temas das ilhas e dos bairros populares da cidade. Dando especial relevo à utilização de instrumentos socio-antropológicos, nomeadamente as entrevistas semi-estruturadas e informais, cruzando a análise etnográfica de casos concretos com o modelo interpretativo e explicativo próprio do método Weberiano da compreensão. Pretende-se colocar o aluno perante a importância destas metodologias e técnicas de ordem quantitativa e sobretudo qualitativa de modo a possibilitar uma abordagem ao tema prático desta cadeira – a habitação nas ilhas da cidade do Porto.
Embora como professor e cidadão tenha partilhado, ao longo destes últimos anos, algumas experiências nestes bairros e ilhas da nossa cidade, acompanhando as trajectórias dos residentes e respectivas associações de moradores, discutindo alternativas e modelos para a sua renovação arquitectónica e valorização enquanto tipologia tipicamente urbana. A partir destas aproximações foi possível sistematizar um programa que nos permita dar a compreender a habitação e a cidade, os modos de habitar e a sua espacialização, as suas relações  sociais e jogos identitários.

01. A Antropologia no contexto das Ciências Sociais
1.1.Antropologia do Espaço versus Antropologia Urbana
1.2.Teorias, conceitos e métodos
1.3.Temas, objectos e cenários da antropologia urbana

02. Antropologia do Espaço
2.1.Conceitos de espaço
2.2.Conceitos de território e de lugar
2.3.O lugar e o território – espaços da reprodução social
2.4.Espaços da inclusão versus espaços da exclusão
2.5.O espaço social pós-moderno: Harvey e Jameson

03. Antropologia do Espaço Doméstico
3.1.Conceito de espaço doméstico versus espaço publico
3.2.Casa, família e comunidade: espaços de dormir, espaços de comer, espaços de receber e de partilhar, espaços de trabalhar, espaços da reprodução, espaços de socialização, espaços de violência
3.3.Dimensões socioculturais do espaço doméstico
3.4.Alojamento: a habitação como território pessoal
3.5.A Ilha: uma espécie de território primário
3.6. Espaço na sua relação comportamental e funcional
3.7.Espaço arquitectónico: programa, funções e linguagens do habitar

04.Antropologia da Cidade
4.1.heterópolis: a experiência da complexidade
4.2.A cidade e o urbano: da Disneyobsenity versus Strada Novissima
4.3.Texturas urbanas: fora do lugar, fora de si
4.4. A cidade simulacro: da Postsuburbia à independência periférica
4.5.Da cidade concebida à cidade praticada: espaço púbico e domínio publico
4.6.A Rua: passar, pensar e falar

05.Antropologia da habitação
5.1.Conceito de habitar
5.2.Para uma antropologia do habitar
5.3.Etnografia da casa, da ilha e do bairro
5.4.A dimensão antropológica do alojamento
5.5.O direito à residência: resistência à deslocação dos moradores
5.6.Significado cultural e ideológico da habitação
5.7.Problemática dos movimentos sociais em defesa da habitação: "o Bull-dozer não passará"
5.8.Um programa de habitação: objectivos, principios e compromissos
5.9.O problema da habitação: habitação para todos um direito humano e universal
5.10. Paradigmas para a cooperação e para o desenvolvimento em matéria de habitação 
5.11.Políticas de habitação e propostas de habitação básica para o séc. XXI




0.6. Trabalho Estudo Prático -  ILHAS PROJECT
  - Estudar casos de resistência à deslocação dos residentes (ilhas e bairros cidade Porto)



Os alunos realizam este trabalho prático integrados, no ILHAS PROJECT, em contexto de case study estudando uma das Ilhas propostas no âmbito destes estudo. Vamos este ano estudar um novo contexto do habitar em torno das Ilhas localizadas nas freguesias de Massarelos, Cedofeita e Ramalde.

A investigação centra-se numa análise das formas de habitar e respetivas tipologias morfológicas das Ilha s e bairros populares do Porto. Este estudo pretende estudar estas células do habitar, num contexto de grande complexidade social, económica e política em torno da habitação. Para tal vamos elaborar uma gramática hermenêutica que nos possibilite a sua compreensão e o seu estudo, de forma a evitar as construções ideológicas e estereotipadas que sempre classificaram estes bairros como lugares de exclusão e de estigmatismo social e cultural. Estas ilhas e bairros apresentam um tipo de organização especifica, que foi conservado e valorizado no seu interior, longe dos olhares de uma burguesia que os estigmatizou privando-os do seu silêncio e da sua privacidade.

O nosso objetivo é compreender as formas de organização social e material destas comunidades, bem como retirar daí valores e conhecimentos sobre o habitar em condições mínimas. É fundamental o estudo das práticas e representações dos moradores das ilhas e dos bairros populares da cidade do Porto, pelo facto de nos possibilitar a construção de mapas intensivos sobre as estruturas familiares e a sua interação com o habitar em tipologia Ilha ou Bairro. Bem como compreender os seus trajetos sociais em torno de uma espécie de genealogia do habitar. Trata-se de um conjunto diversificado de bairros e ilhas, com uma localização privilegiada na cidade canónica do Porto. Integradas em contexto urbano, com forte ligação com a rua, com a praça, com o comércio, com a vida em cidade. Há quem defenda o valor intersticial da ilha como uma das suas marcas físicas de urbanidade, sem duvida que também o é, mas não só. 

A Ilha enquanto elemento intersticial é -, ilha entre ruas, entre prédios, entre quarteirões, um espaço de dentro e fora. A partir daqui seria necessário compreender também os mecanismos de pertença e de filiação a uma identidade urbana participativa e inclusiva já longe dos olhares higienistas que a estigmatizaram e a condenaram a uma história de grande desclassificação social. Ainda hoje, é normal ouvir da boca dos seus moradores, «bibo na ilha, mas somos boas pessoas. Aqui, mora gente boa. Somos todos uma família!».



6.1.Objectivos e estrutura do trabalho

6.1.1.Introdução ao projecto
6.1.2.Identificação e localização dos territórios da intervenção: lugar e contextos
6.1.3.Elementos para o Estudo das Ilhas:
6.1.3.1.Elaboração de um Mapa do território
                a) localização e descrição histórica e geográficas do lugar
                b) história da comunidade- ilha
                c) tipos de habitação,  distribuição e implantação no sitio
                d)identificar as infraestruturas
                e) outros aspectos relevantes: hortas, pomares, jardins, etc.


Nota 1: A descrição inicial pode ser auxiliada por registos fotográficos, vídeos, desenhos de estudo, gravação de conversas informais, uso de mapas e maquetes de estudo.


6.1.4.Identificar e caracterizar a estrutura demográfica:
6.1.4.1.Número de habitantes e a sua distribuição por idade, género e grupos familiares
6.1.4.2.Relacionar o n-º de indivíduos por habitação e grau de parentesco
6.1.4.3.Identificar a estrutura profissional e a formação
6.1.4.4.A relação entre luar de residência e lugar de trabalho


6.1.5.Caracterização da situação socioeconómica

6.1.5.1.Identificar as actividades da comunidade e os recursos locais
6.1.5.2.Identificar as categorias profissionais e as ocupações
6.1.5.3.Os salários ou apoios sociais
6.1.5.4.Identificar a organização familiar e respectivas redes de solidariedade
6.1.5.5.Identificar e caracterizar a existência de associações de moradores, grupos culturais, políticos, religiosos, desportivos, entre outros
6.1.5.6.O nível de escolaridade e alfabetização

6.1.6.Características sócio-culturais

6.1.6.1.Relato do universo cultural ( por exe: pode ser a descrição de uma casa com a sua família e o seu contexto), podem ser usadas fotografias, relatos prévios, documentários em vídeo, desenhos de estudo, entre outros.
6.1.6.2.Relações de gênero em torno dos registos de apropriação nas janelas, nas portas e espaços de dentro e de fora
6.1.6.3.Práticas e representações do feminino no espaço ilha: a horta, o tanque, o quintal, o estendal
6.1.6.4.A Casa da Ilha: a concha protectora da mulher casada; lugar de trabalho doméstico e de refúgio
6.1.6.5.Educação, participação e mudanças culturais (migração, a animação e as festas populares da cidade; S. João o potlach das ilhas da cidade do Porto

Nota 2: A partir deste esqueleto programático os alunos elaboram um Relatório Final, que será apresentado e avaliado pelo docente da cadeira. Um Case Study concreto de uma “Ilha” que deve obedecer as estas linhas programáticas. Levando o aluno a uma reflexão e problematização sobre as realidades antropológicas do habitar nas casas das ilhas da cidade do Porto. Pode-se fotografar, gravar, filmar, pesquisar, criar. Com estas aproximações propõe-se a realização de uma maquete do território ilha de forma a compreender as relações e as complexidades do habitar. A maquete deve promover uma construção de saberes e olhares diferentes para a habitação e, nessa construção procuramos uma compreensão mais complexa da realidade, permitindo vários enfoques de aproximação de olhares e respectivo distanciamento reflexivo na tradição do interacionismo simbólico do «face to face» (Goffman, 1990).


Nota 3: A partir daqui vamos passar para a Elaboração do Projecto de Programação/Acção para Intervenção nas Ilhas da cidade do Porto.


7. Bibliografia

7.1.Geral

ALEGRIA, J.; et. al.(1983) L`espace et le temps aujourd`hui. Paris, Éditions du Seuil.
ALGUACIL GÓMEZ, Julio (1993) “Percepción y uso del espácio en un Barrio Vertical” in ESPACIO Y CULTURA (José C. LISÓN ARCAL, Editor). Madrid, Editorial Coloquio, pp.211-226.
AMARAL, Francisco Keil do (1945) O Problema da Habitação. Porto, Livraria Latina Editora.
AMENDOLA, Giandomenico (1997) La Ciudad Postmoderna. Magia y Miedo de la Metropolis Contemporânea. Madrid, Celeste Ediciones.
ANTA FÉLEZ, José Luís (1993) “El Espacio Cuartelero” in ESPACIO Y CULTURA (José C. LISÓN ARCAL, Editor). Madrid, Editorial Coloquio, pp.141-158.
AUGÉ, Marc (1994) Não-Lugares. Introdução a uma Antropologia da sobremodernidade. Venda Nova, Bertrand Editora.
ALGUNS ASPECTOS DA ACTUAL SOCIEDADE PORTUGUESA. Mensagem dos Bispos ao Povo de Deus no Ano da Doutrina Social da Igreja. Lisboa, Edição do Secretariado Geral do Episcopado, 1991.
ALMEIDA, João Ferreira de; PINTO, José Madureira (1989) A Investigação Nas Ciências Sociais
BASTO, A. De Magalhães (1951) Sumário de Antiguidades da Mui Nobre Cidade do Porto. Porto, Editora Livraria Progredior.
BONDUKI, Nabil Georges (1994) «Origens da habitação social no Brasil» in ANÁLISE SOCIAL, vol. XXIX (127), (3.º), 711-732.
BARBOSA, Ana; et. Ali. (1972) OCUPAÇÃO. Do Bairro do Bom Sucesso em Odivelas, Por 48 Famílias de Barracas. Porto, Edições Afrontamento.
BAPTISTA, Luís V. (1999) Cidade e Habitação Social. Oeiras, Edições Celta.
BORJA, Jordi (1988) Estado y Ciudad. Barcelona, PPU.
BONETTI, Michel (1994) Habiter. Le bricolage imaginaire de l`espace. Paris, Hommes Et Perspectives.
BRUN,Jacques ; et al.(1994) La Segregation Dans La Ville. Concepts et mesures. Paris, Editions L`Hartmattan.
CABANELLAS, Isabel ; ESLAVA, Clara (coords.) (2005) TERRITORIOS DE LA INFANCIA. Diálogos entre arquitectura y pedagogía. Barcelona, Editorial GRAÓ.
DELGADO, Manuel (2011) El Espacio Público como Ideología. Madrid, Libros de la Catarata.
DELGADO, Manuel (1999) El Animal Público. Hacia una antropologia de los espácios urbanos. Barcelona, Anagrama.
DELGADO, Manuel (2007) Sociedades movedizas. Pasos hacia una antropologia de las calles. Barcelona, Anagrama.
FOUCAULT, Michel (1993) Vigiar e Punir. Histórias da Violência nas Prisões. Petrópolis, Vozes.
GEERTZ, Clifford (1989) El antropólogo como autor. Barcelona, Paidós Studio.
GEERTZ, Cliffor (1995) La Interpretacion de las Culturas. Barcelona, Editorial Gedisa.
LOPES, João Teixeira (2002) NOVAS QUESTÕES DE SOCIOLOGIA URBANA. Conteúdos e «orientações» pedagógicas. Porto, Edições Afrontamento.
ROSSI, Ino; O`HIGGINS, Edward (1981) TEORIAS DE LA CULTURA Y METODOS ANTROPOLOGICOS. Barcelona, Editorial Anagrama.
VELHO, Gilberto; KUSCHNIR, Karina (Orgs.) (2003) Pesquisas Urbanas. Desafios do trabalho antropológico. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor.
VEYNE, Paul (1982) Como se Escreve a História. Foucault Revoluciona a História. Brasília, Editora Universidade de Brasília.


7.2.Especifica

COLÓQUIO SOBRE URBANISMO 8 a 21 de Março de 1961. MINISTÉRIO DAS OBRAS PUBLICAS / DIRECÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS DE URBANIZAÇÃO. Lisboa, Centro de Estudos de Urbanismo,1961.
COSTA, Alexandre Alves ; SIZA, Alvaro ; GUIMARAES, Carlos ; MOURA, Eduardo Souto ; FERNANDES, Manuel Correia (1979) «SAAL / NORTE. Balanço de uma experiencia» in CIDADE CAMPO. Movimento Popular E Prática Urbanística Em Portugal (José A. Ribeiro, Editor) Porto, Ulmeiro, n.º 2, 16-60.
CHAVES, Mário (2011) Charters Almeida: lugares para um lugar. Lisboa, Universidade Lusíada Editora.
CHEVALLIER, Lois (1969) Classes laborieuses et classes dangereuses à Paris pendant la premiére moitié du XIX siécle. Paris, Plon.
CHIVA, Isac ; et. al. (1992) De Village en Village. Espaces communautaires et développement. Paris, Presses Universitaires de France / Cahiers de L`I.U.E.D.-Genêve.
 CORDEIRO, Graça Índias (1997) Um Lugar Na Cidade. Quotidiano, Memória e Representação No Bairro da Bica. Lisboa, Publicações Dom Quixote.
CARDOSO, Vasco (2009) “Bairros de casas económicas e grupos de moradias populares: o encontro de duas morfologias de padrão geométrico” in CADERNOS. CURSO DE DOUTORAMENTO EM GEOGRAFIA (José Rio FERNANDES, orgs.). Porto, Edição da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, pp.33-66.
CASAS ECONÓMICAS. Lisboa, Edições SPN, 1943.
CRUCES, Francisco; DÍAZ DE RADA, Francisco (1996) LA CIUDAD EMERGENTE. Transformaciones Urbanas, Campo Político y Campo Asociativo en un contexto Local. Madrid, UNED.
DENCHE MORÓN, Concha (1993) “La Ciudad en sus processos de uso y apropriación espacial” in ESPACIO Y CULTURA (José C. LISÓN ARCAL, Editor). Madrid, Editorial Coloquio, pp.199-210.
ENGELS, Frieddrich (1971) A Questão do Alojamento. Porto, Cadernos para O Diálogo.
FERNANDES, José Alberto V. Rio (1997) PORTO. CIDADE E COMÉRCIO. Porto, Edição do Arquivo Histórico / Câmara Municipal do Porto.
FERNÁNDEZ ALBA, Antonio (1990) La metrópoli vacia. Aurora y crepúsculo de la arquitectura en la ciudad moderna. Barcelona, Editorial Anthropos.
FERNÁNDEZ MARTORELL, Mercedes (1984) Estudio Antropológico: Una Comunidad Judia.Barcelona, Editorial Mitre.
FERIA, J.M.; ALBERTOS, J.M. (eds.)(2010) La Ciudad Metropolitana: processos urbanos en los inícios del siglo XXI. Pamplona, Thompson Reuter.
FERREIRA, António Fonseca (1987) Por uma Nova Política de Habitação. Porto, Edições Afrontamento.
FERREIRA, Maria Júlia (1994) «O Bairro Social do Arco do Cego – uma aldeia dentro da cidade de Lisboa» in ANÁLISE SOCIAL, vol. XXIX (127), (3.º), 697-709.
FERREIRA, Vitor Matias (1975) Movimentos Sociais Urbanos e Intervenção Política. Porto, Edições Afrontamento.
FISCHER, Gustave-Nicolas (1994) A DINÂMICA SOCIAL. Violência, Poder, Mudança. Lisboa, Planeta Editora.
FREYRE, Gilberto (1996) SOBRADOS E MUCAMBOS. Decadência do Patriarcado Rural e desenvolvimento do Urbano. São Paulo, Editora Record.
GROS, Marielle Christine (1982) O ALOJAMENTO SOCIAL SOB O FASCISMO. Porto, Edições Afrontamento.
GOTTDIENER, Mark (1993) A PRODUÇÃO SOCIAL DO ESPAÇO URBANO. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo.
GIDDENS, Anthony (1994) CAPITALISMO E MODERNA TEORIA SOCIAL. Lisboa, Editorial Presença.
GUICHARD, François (1992) Porto. La ville dans sa région. Contribuition à l`étude de l`organization de l`espace dans le Portugaldu Nort, 2 vols., Paris, Fundação Calouste Gulbenkian / Centro Cultural Português.
GUIMARÃES, Paulo (1994) «A habitação popular urbana em Setúbal no primeiro terço do século XX» in ANALISE SOCIAL, vol.
GOFFMAN, Ervin (1988) Estigma. Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. Rio de Janeiro, Editora Gu
GMELCH, George; ZENNER, Walter P. (1996) URBAN LIFE. Readings in Urban Anthropology. Illinois, Waveland Press.
GONÇALVES, Fernando (1972) A Propósito do Plano de Chelas. Urbanizar e Construir para Quem? Porto, Edições Afrontamento.
GONZÁLEZ ALCANTUD, José António (2005) LA CIUDAD VÓRTICE. Lo local, lugar fuerte de la memoria en tiempos de errância. Barcelona, Anthropos Editorial.
GROS, Marielle Cristine (1994) “Pequena História do alojamento social em Portugal” in Sociedade e Território, n.º 20 (Abril), Porto, Edições Afrontamento.
HAYDEN, Dolores (1995) The Power of Place. Urban Landscapes as Public History.
HALL, Edward T. (1986) A DIMENSÃO OCULTA. Lisboa, Relógio D´Água.
HANNERZ, Ulf (1996) TRANSNATIONAL CONNECTIONS. Culture, people, places. London/New York, Routledge.
HARVEY, David (1992) URBANISMO Y DESIGUALDAD SOCIAL. Madrid, Siglo Veintiuno de España Editores.
HASTAOGLOU MARTINIDIS, Vithleem; KALOGRIROU, Nicos (1993) “La «mise en valeur» du quartier de la Ville haute de Thessalonique. Réhabilitation ou rénovation?” in ESPACES ET SOCIÉTÉS. Identités, espaces, frontières (Jean RÉMY, Directeur). Paris, Éditions L´Harmattan.
HERNÁNDEZ PEZZI, Carlos (1998) LA CIUDAD COMPARTIDA. El género de la arquitectura. Madrid, Consejo Superior de los Colegios de Arquitectura de España.
HERNÁNDEZ PEZZI, Carlos (2010) Ciudades contra burbujas. Madrid, Libros Catarata.
JACOBS, Jane (2011) (1961) Muerte y Vida de las Grandes Ciudades. Barcelona, Capitán Swing.
JAMESON, Fredric (2000) “El ladrillo y el globo: arquitectura, idealismo y especulación inmobiliaria” in NEW LEFT REVIEW (Robin BLACKBURN, Editor), Madrid, Ediciones Akal, número 0, Janeiro, pp.163-189.
JOSEPH, Isaac (1988) El transeunte y el espácio urbano. Barcelona, Editorial Gedisa.
JOSEPH, Isaac (1999) Retomar la Ciudad. El espácio público como lugar de acción. Medellin, Universidad Nacional de Colombia.
LAMELA VIERA, M. Del Carmen (1998) LA CULTURA DE LO QUOTIDIANO. Estudio sociocultural de la ciudad de Lugo. Madrid, Akal Ediciones.
LEAL, J. (2003) «Segregación social y mercado de vivienda en las grandes ciudades » Revista Española de Sociología, 2.
LEITE, Arnaldo (1952) O Porto de 1900. Porto, Livraria Figueirinhas.
Livro Branco do Saal – 1974/1976. Vila Nova de Gaia, Edição Membros Efectivos do VI Conselho Nacional do SAAL, 1976.
LOBO, Margarida Souza (1995) Planos de Urbanização A Época de Duarte Pacheco. Porto, Edição da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
LOSA, Ilse (s./d.) Um Fidalgo De Pernas Curtas. Porto, Edição de autor.
MAESTRI, Mário (1994) Os Senhores do Litoral. Conquista Portuguesa e Agonia Tupinambá no Litoral Brasileiro. Porto Alegre, Edição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
MAURICE, Marc; DELOMÉNIE, Dominique (1976) Mode de vie et espaces sociaux. Processus d`urbanisation et différenciation sociale dans deux zones urbaines de Marseille. Paris, Mouton/La Haye.
MANGAS, Francisco Duarte (2003) A CASA ESCRITA. Porto, Edições Éterogémeas.
MATER ET MAGISTRA. A Actual Evolução da Questão Social à Luz da Doutrina Cristã. Carta Enciclica de Sua Santidade João XXIII (Tradução de Mons. Avelino Gonçalves). Lisboa, União Grafica, 2ª edição, 1961.
MARTINEZ VEIGA, Ubaldo (1999) Pobreza, segregación y exclusión espacial. Barcelona, Icaria / Institut Cátala d`Antropología.
MATOS, Fátima Loureiro de (1994) «Os bairros sociais no espaço urbano do Porto: 1901-1956» in ANÁLISE SOCIAL, vol. XXIX (127), (3.º), 677-695.
MONTAÑÉS SERRANO, Manuel (1993) “Rehabilitación de un Espacio Urbano en Parla” in ESPACIO Y CULTURA (José C. LISÓN ARCAL, Editor). Madrid, Editorial Coloquio, pp. 179-198.
MOURA, Horácio (1953) UM ESTUDO SOCIAL. Movimento Nacional de Auto-Construção. Coimbra, Edição da União Católica dos Industriais e Dirigentes de Trabalho.
MUNFORD, LEWIS (1961) A Cultura das Cidades. Belo Horizonte, Editora Itatiaia.
MUNFORD, Luwis (1998) A CIDADE NA HISTÓRIA. Suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo, Martins Fontes.
Modêlo de Estatutos para as CASAS DO POVO. Lisboa, Edições do Sub-Secretariado de Estado das Corporaçoes E Previdência Social, n.º 7,1933.
NAVARRO, Clemente J. (coord.)(2012) Las Dimensiones Culturales de la Ciudad. Creatividad, Entretenimiento y Difusión Cultural en las Ciudades Españolas. Madrid, Libros de la Catarata.
OLIVEIRA, J.M. Pereira (1973/2007) O Espaço Urbano do Porto. Condições Naturais e Desenvolvimento. Porto, Edições Afrontamento.
OLIVEIRA, Paula de; MARCONI, Francesco (1978) Politica y Proyecto. Una experiencia de base en Portugal. Barcelona, Editorial Gustavo Gili.
PAQOUT, Thierry (Editor) (1982) Le familistère Godin à Guise. Habiter L`Utopie. Paris, Les Editions de la Villette.
PARSONS, T. (1951) The Social System. N. York, The Free Press.
 PEREIRA, Gaspar Martins (1995) Famílias Portuenses na Viragem do Século (1880-1910). Porto, Edições Afrontamento.
PEREIRA, Nuno Teotónio (1994) «Pátios e vilas de Lisboa, 1870-1930: a promoção privada do alojamento operário» in Análise Social, vol.XXIX (127), (3º), 509-524.
PINHO, Jaime; GONÇALVES, Fernanda; TAURINO, Leonor (2002) FARTAS DE VIVER NA LAMA. 25 DE ABRIL. O Castelo Velho e outros Bairros SAAL do Distrito de Setubal.Lisboa, Edições Colibri.
PIRES, José Cardoso (2001) Lisboa. Livro de Bordo. Vozes, olhares, memorações. Lisboa, Publicações Dom Quixote.
POPULORUM PROGRESSIO. Carta Encíclica de S. S. Paulo VI Sobre o Desenvolvimento dos Povos. Porto, Edições Paulistas, 1967.
PORTAS, Nuno (1987) “The S.A.A.L. Program “ in CADERNOS DO NOROESTE. HABITAR: MODOS E MODELOS. Arquitectura e Habitação Social. (Manuela MARTINS, Director), Braga, Edição Centro de Ciências Históricas e Sociais da Universidade do Minho, Vol.9, Nº1, pp.35-44.
PORTAS, Nuno (2004) A Habitação Social. Proposta para a metodologia da sua arquitectura. Porto, edições FAUP.
PUJADAS, J. ; BARDAJÍ, F. (s.d.) Los Barrios de Tarragona. Una aproximación antropológica. S.l.
RABINOW, Paul (1992) Reflexiones Sobre un Trabajo de Campo en Marruecos. Madrid, Ediciones Jucar.
RAPOSO, Isabel (1987) “A habitação social no campo: dos aldeamentos coloniais às aldeias comunais (Manica, Moçambique)” in CADERNOS DO NOROESTE. HABITAR: MODOS E MODELOS. Arquitectura e Habitação Social. (Manuela MARTINS, Director), Braga, Edição Centro de Ciências Históricas e Sociais da Universidade do Minho, Vol.9, Nº1, pp.55-76.
ROBIN, Christelle (1987) ESPACES DES AUTRES. Lectures anthropologiques d`architectures. Paris, Les Editions de la Villette.
RODRIGUES, Fernando Matos (1999) “A Cidade dos Excluídos” in CUBO (Fernando Matos RODRIGUES, Director). Porto, Edições CESAP/ESAP.
RODRIGUES, Fernando Matos (2011) “As Ilhas do Porto. Para uma antropologia do habitar” in TRIPEIRO (Rui MOREIRA, director), 7ª Série, Ano XXX, n.º11. Porto, Edição da Associação Comercial do Porto, pp.326-327.
RODRIGUES, Fernando Matos (2011) Antropologia do Espaço Doméstico. Um estudo de caso. Porto, Edições Afrontamento.
RODRIGUES, Fernando Matos (2012) “Movimento Nacional de Auto-Construçãodurante o Estado Novo.O Problema da habitação em meados do século XX” in TRIPEIRO (Rui MOREIRA, Director) 7ª Série, Ano XXXI, n.º 5, Maio. Nùmero temático dedicado a NUNO PORTAS A GRANDE REFERENCIA DO URBANISMO EM PORTUGAL.
RODRIGUES, Teresa Ferreira; et. Al. (2009) Regionalidade Demográfica e Diversidade Social em Portugal. Porto, Edições Afrontamento.
ROGERS, Alisdair; VERTOVEC, Steven (edit.) (1995) THE URBAN CONTEXT. Ethnicity, Social Networks and Situational Analysis. Oxford / Washington, Berg Publishers.
RUBIO DIAZ, Alfredo (1996) Viviendas Unifamiliares Contra Corralones. El Barrio Obrero de Huelin (Malagar 1868-1900). Málaga, Editorial Miramar.
SÁ, Henrique Oliveira (1975) Política da Habitação. Lisboa, DIABRIL Editora.
SANTOS, Boaventura de Sousa (1994) PELA MÃO DE ALICE. O Social e o Político na Pós-Modernidade. Porto, Edições Afrontamento.
SÁNCHEZ-CASAS, Carlos (2009) Sociedad, Sistema y Habitat. Madrid, Libros de la catarata.
SANCHEZ PEREZ, Francisco (1990) La liturgia del espácio. Madrid, Editorial NEREA.
SANCHEZ PEREZ, Francisco (1993a) “El Espacio Y Sus Símbolos: Antropología de la Casa Andaluza” in ESPACIO Y CULTURA (José C. LISÓN ARCAL, Editor). Madrid, Editorial Coloquio, pp.91-120.
SANCHEZ PEREZ, Francisco (1993b) “La Ciudad Aljamada: un ensayo de Antropologia Histórica” in ESPACIO Y CULTURA (José C. LISÓN ARCAL, Editor). Madrid, Editorial Coloquio, pp.121-140.
SANSOT, Pierre (1994) POÉTIQUE DE LA VILLE. Paris, Meridiens klincksieck.
SEARA, Ilda; COIMBRA, Jorge (1986) Sine Qua Non. A Ideologia do Habitar. Lisboa, A Regra do Jogo.
SENNET, Richard (1997) CARNE Y PIEDRA. El cuerpo y la ciudad en la civilización ocidental. Madrid, Alianza Editorial.
SENNET, R. (2002) El Declive del Hombre Publico. Barcelona, Península.
SEIXAS, Paulo Castro; SANTOS, Paula Mota; ARAÚJO, Henrique Gomes de (2003) PLURALIDADES PORTUENSES. Símbolos Locais, Relações Globais. Porto, Livraria Civilização Editora.
SEIXAS, Paulo Castro (2008) ENTRE MANCHESTER E LOS ANGELES. Ilhas e novos Condomínios no Porto. Porto, Edições Universidade Fernando Pessoa.
SCOVAZZI, Emma (1996) “Centros Históricos Y Cultura Urbana En America Latina” in CIUDADES,3. Revista Del Instituto de Urbanística de la Universidad de Valladolid (Alfonso ALAVAREZ MORA, Director). Valladolid, Edicion del Instituto de Urbanística de la Universidade de Valladolid, pp.135-150.
SIMMEL, G. (2001) El Individuo y la Liberdad. Barcelona, Península.
SILVA, Augusto Santos; PINTO, José Madureira (Orgs.) (1987) METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS. Porto, Edições Afrontamento.
SILVA, Carlos Nunes (1994) «Mercado e políticas públicas em Portugal: a questão da habitação na primeira metade do século XX» in ANÁLISE SOCIAL, vol. XXIX (127), (3.º), 655-676.
SILVA, Manuel Carlos (1997) RESISTIR E ADAPTAR-SE. Constrangimentos e estratégias camponesas no Noroeste de Portugal. Porto, Edições Afrontamento.
SILVA, Germano (2010) PORTO. Histórias E Memórias. Porto, Porto Editora.
SOBRAL, José Manuel (1999) Trajectos: O Presente e o Passado na Vida de uma Freguesia da Beira. Lisboa, Edições do ICS.
SOLINÍS, Germán (1994) LES HOMMES, LEURS ESPACES ET LEURS ASPIRATIONS. Hommage à Paul-Henry Chombart de Lauwe. Paris, L `Harmattan.
TÁVORA, Fernando (1996) DA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO. Porto, FAUP/ Publicações.
TEIXEIRA, Manuel A. Correia (1985) “Do entendimento da cidade à intervenção urbana. O caso das «ilhas» da cidade do Porto” in SOCIEDADE E TERRITÓRIO, N.º 2, Fevereiro 1985, Porto, Edições Afrontamento, pp. 74-89.
TEIXEIRA, Manuel C. (1994) «A habitação popular no século XIX – características morfológicas, a transmissão de modelos: as ilhas do Porto e os cortiços do Rio de Janeiro» in ANÁLISE SOCIAL, vol. XXIX (127) (3.º), 555-579.
TEIXEIRA, Manuel C. (1996) HABITAÇÃO POPULAR NA CIDADE OITOCENTISTA. AS ILHAS DO PORTO. Lisboa, Edição Fundação Calouste Gulbenkian / Junta Nacional de Investigação Cientifica e Tecnológica.
TRINDADE, Cachulo da (1951) CASAS ECONÓMICAS. CASAS DE RENDA ECONÓMICA. CASAS DE RENDA LIMITADA. CASAS PARA FAMILIAS POBRES. Legislação anotada. Coimbra, Coimbra Editora.
VAZ, Llilian Fessler (1994) «Dos cortiços às favelas e aos edifícios de apartamentos – a modernização da moradia no Rio de Janeiro» in ANÁLISE SOCIAL, vol. XXIX (127), (3.º), 581-597.
VIRILIO, Paul (1984) L`Espace Critique. Paris, Christian Bourgois Editeur.
VIRILLO, Paul (2005) City of Panic. Oxford, Berg.
WEBER, Max (1982) La Ville. Paris, Editions Aubier Montaigne.
WIRTH, Louis (1988)(1938) “El Urbanismo como forma de vida” in M. Fernandez-Martorell (ed.) LEER LA CIUDAD. Barcelona, Icaria.
ZAMBRANO, M. (1996) Persona y Democracia. Madrid, Siruela.
ZUCKIN, Sara (1987) “Gentrification: Culture and Capital in Urban Core” , Annual Review of Sociology, 13, pp.129-147.



7.3.Bibliografia obrigatória



AUGÉ, Marc (1994) Não-Lugares. Introdução a uma Antropologia da sobremodernidade. Venda Nova, Bertrand Editora
CUNHA, Aline Cristhiane Teles da (2012)"Da minha ilha não se vê o mar". As Ilhas do Porto: património, práticas e representações. Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Dissertação de Tese de Mestrado, 106 folios.
GESTO, Belém; PEREA. Luís (coord.) (2012) Evaluando la Habitabilidad Básica. Una propuesta para projectos de cooperación. Nadrid, Los Libros de la Catarata.
VELHO, Gilberto; KUSCHNIR, Karina (Orgs.) (2003) Pesquisas Urbanas. Desafios do trabalho antropológico. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor
RODRIGUES, Fernando Matos (1999) “A Cidade dos Excluídos” in CUBO (Fernando Matos RODRIGUES, Director). Porto, Edições CESAP/ESAP.
RODRIGUES, Fernando Matos (2011) “As Ilhas do Porto. Para uma antropologia do habitar” in TRIPEIRO (Rui MOREIRA, director), 7ª Série, Ano XXX, n.º11. Porto, Edição da Associação Comercial do Porto, pp.326-327.
RODRIGUES, Fernando Matos (2011) Antropologia do Espaço Doméstico. Um estudo de caso. Porto, Edições Afrontamento.
SILVA. Manuel Carlos (2009) Classes sociais: condição objectiva, identidade e acção colectiva. Ribeirão, Edições Húmus.
SEIXAS, Paulo Castro (2008) ENTRE MANCHESTER E LOS ANGELES. Ilhas e novos Condomínios no Porto. Porto, Edições Universidade Fernando Pessoa.
TEIXEIRA, Manuel C. (1996) HABITAÇÃO POPULAR NA CIDADE OITOCENTISTA. AS ILHAS DO PORTO. Lisboa, Edição Fundação Calouste Gulbenkian / Junta Nacional de Investigação Cientifica e Tecnológica.


7.4. Fontes Manuscritas, Plantas e audiovisuais

Arquivo Municipal do Porto . Casa do Infante

Biblioteca Publica e Municipal do Porto

Arquivo Distrital do Porto

Arquivo da Cooperativa de Habitação - O Problema da Habitação

Arquivo das Associações de Moradores

Arquivo do Jornal de Noticias e do Jornal O Público