tag:blogger.com,1999:blog-69654558442312665962024-03-13T00:17:40.110-07:00proibidoapontarFernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.comBlogger95125tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-39571165181218818852017-03-07T03:43:00.000-08:002017-03-07T03:43:17.000-08:00A privatização da cidade: um problema público!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Ao longo das últimas décadas que vamos assistindo à destruição do domínio publico na cidade do Porto, em beneficio da sua privatização agressiva e injustificada.<br />
<br />
Estamos perante a eliminação do espaço público vivencial na cidade em função da privatização dos espaços vazios para a instalação de esplanadas, de estacionamento concessionado ou pelo aluguer de pequenas manchas das nossas ruas a instituições com grande poder económico-financeiro.<br />
<br />
O espaço público transforma-se num derivado do movimento, da mobilidade em função de um modelo de organização de vida deslocada e distanciada da cidade consolidada e compacta.<br />
<br />
Assistimos à introdução de um desenho urbano redutor na forma, pobre na sua dimensão socio-antropologica, hiper-funcionalista que em nada contribui para a valorização dos usos e das apropriações diversificadas e heterotopicas.<br />
<br />
O espaço público deixa de ser um espaço vazio e complexo ao serviço das pessoas que habitam a cidade e passa a ser uma espécie de espaço morto sem comunidade, sem economia e sem vida própria. </div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-56954132343918755212017-02-25T05:08:00.001-08:002017-02-25T05:08:29.786-08:00Abaixo-Assinado PELO DIREITO À CIDADE. Contra a privatização das ruas no Bonfim! reportagem no Jornal de Noticias de Miguel Amorim de 22 Fevereiro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE2eebCzzmfDinxABXxKBXPoz6C6DiGP4k97EezjJnUnDIJWChEESSfZCg7KVbcLQpPKnxbT8eu9X1mbqOEd2HV0clcrmmsmfHBAwVai3uicl0myA6IQod_4mFWR5eOFlmUwXv8Y1hkas/s1600/DSC05239.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE2eebCzzmfDinxABXxKBXPoz6C6DiGP4k97EezjJnUnDIJWChEESSfZCg7KVbcLQpPKnxbT8eu9X1mbqOEd2HV0clcrmmsmfHBAwVai3uicl0myA6IQod_4mFWR5eOFlmUwXv8Y1hkas/s1600/DSC05239.JPG" /></a></div>
<br /></div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-4984339751730652682017-02-20T10:11:00.001-08:002017-02-20T10:11:59.969-08:00Abaixo-Assinado PELO DIREITO À CIDADE. Contra a privatização das ruas na freguesia de Bonfim!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Abaixo-Assinado<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">PELO
DIREITO À CIDADE <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";"> CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DAS RUAS NO BONFIM!</span></b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">. <b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Junta de Freguesia
de Bonfim <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Exmo Sr José Manuel Carvalho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Edificio da Junta de Freguesia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-weight: bold;">Largo de 24 de Agosto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os cidadãos portugueses
abaixo-assinados, residentes na nossa freguesia de Bonfim, funcionários
públicos, trabalhadores, comerciantes, reformados, donas de casa, estudantes e
industriais da nossa freguesia, solicitam que Vossa Excelência tome as devidas
previdências na </span><b><span style="font-family: Arial, sans-serif;">defesa do direito de uso
do espaço público nas nossas ruas. Aliás, como deve ser do seu conhecimento, o
número de lugares de estacionamento concessionados, pagos, tem aumentado de
forma exponencial, reduzindo quase a zero os lugares gratuitos que existiam e
desta forma penalizando as famílias, instituições e empresas que residem e
exercem a sua actividade nesta freguesia de Bonfim.<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Esta
privatização do espaço público das nossas ruas, agrava a qualidade de vida e
lança mais um imposto de forma encoberta sobre as familias e empresas que se
localizam nesta área urbana densa e envelhecida, dificultando a mobilidade, a
residencialidade, a habitabilidade e o direito ao trabalho.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Numa freguesia com uma taxa
de envelhecimento absolutamente trágica, com uma população em deslocação para
fora da freguesia, com um decréscimo acentuado e complexo de demografia, motivada
por várias razões, das quais salientamos aquelas que nos parecem ser mais
estruturantes e condicionantes: i) a degradação do parque habitacional; ii) a
falta de emprego; iii) a pobreza; e iv) a dificuldade de acesso a uma habitação
condigna e a custos acessíveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">As <b>políticas de renovação urbana</b> devem <b>promover a inclusão e a diversidade social, cultural e económica</b>
nas cidades a partir da construção de um modelo sustentável de sociedade e vida
urbana que assente nos princípios da solidariedade, da liberdade, da igualdade
e da justiça social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">É com base no princípio do
Direito à Cidade, que os governos locais podem e devem garantir o usufruto
equitativo das cidades dentro dos princípios da sustentabilidade e da justiça
social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Impedindo a implementação de
programas e modelos urbanos especulativos que promovam a gentrificação e a
privatização de usos no espaço público da cidade, agravando a qualidade de vida
e a coesão social, originando soluções monofuncionais e pobres no uso do
espaço, e consequentemente deslocando e desterritorializando os seus habitantes
para fora da malha consolidada da cidade do Porto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Assim, solicitamos a V. Exa
que este assunto seja agendado e discutido nesta Assembleia de Freguesia
alargada a todos os munícipes e que se faça chegar em forma de protocolo este
mesmo abaixo-assinado e respectiva acta da Assembleia de Junta de Freguesia
anexa, ao Exmo Sr.º Presidente da Assembleia Municipal do Porto para discussão e
tomada de posição, de forma a restaurar os direitos destes cidadãos, alienados
pela despropositada privatização do espaço público nas ruas Rua Morgado Mateus,
Rua do Bonfim, Avenida Rodrigues de Freitas, Rua do Heroísmo, Rua Duque da
Terceira, Rua Duque de Saldanha e de outras que serão objecto dessa mesma acção
num tempo futuro, como por exemplo: as ruas de António Granjo, António
Carneiro, Av. Camilo, Rua Conde de Ferreira, Rua Ferreira Cardoso e Rua Barão
Nova Sintra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Na forte convicção de sermos
atendidos neste pleito, encaminhamos este documento em X folhas numeradas e
assinadas por todos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Aproveitamos este
documento, e nomeamos o Sr. Prof. Fernando Matos Rodrigues ( telem.n.º 93938632907;
email: mat.rodrigues@sapo.pt), como nosso representante, para maiores esclarecimentos
e encaminhamentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">Porto, 9 de Fevereiro de
2017<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; margin-left: -44.25pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184; width: 709px;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 184.35pt;" valign="top" width="246">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Nome<o:p></o:p></span></b></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext 1.5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 99.2pt;" valign="top" width="132">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Profissão <o:p></o:p></span></b></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext 1.5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 127.6pt;" valign="top" width="170">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Cartão de Cidadão<o:p></o:p></span></b></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext 1.5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 120.45pt;" valign="top" width="161">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<b><span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Assinatura<o:p></o:p></span></b></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext 1.5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 184.35pt;" valign="top" width="246">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Arial","sans-serif";">
<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext 1.5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 99.2pt;" valign="top" width="132">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext 1.5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 127.6pt;" valign="top" width="170">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext 1.5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 120.45pt;" valign="top" width="161">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 184.35pt;" valign="top" width="246">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 99.2pt;" valign="top" width="132">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 127.6pt;" valign="top" width="170">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 120.45pt;" valign="top" width="161">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 184.35pt;" valign="top" width="246">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 99.2pt;" valign="top" width="132">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 127.6pt;" valign="top" width="170">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 120.45pt;" valign="top" width="161">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 184.35pt;" valign="top" width="246">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 99.2pt;" valign="top" width="132">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 127.6pt;" valign="top" width="170">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 120.45pt;" valign="top" width="161">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 184.35pt;" valign="top" width="246">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 99.2pt;" valign="top" width="132">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 127.6pt;" valign="top" width="170">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 120.45pt;" valign="top" width="161">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-64103695229141562652017-02-17T02:51:00.003-08:002017-02-19T14:38:26.980-08:00Exposição - Cidade da Participação em Évora!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcmDvTowLXegTpbI9ekDqVBJ2w0swu1yE6QaLspo7mvxh2JtjXbABuZ48zohE94ToAXPlSyqb_opfjo1A7QY9Del0l1u-LmuFtL9o81jI1tLbZ68wl_DJdmSbp1_dwBKDfINCDDbUQXSQ/s1600/DSC04952.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcmDvTowLXegTpbI9ekDqVBJ2w0swu1yE6QaLspo7mvxh2JtjXbABuZ48zohE94ToAXPlSyqb_opfjo1A7QY9Del0l1u-LmuFtL9o81jI1tLbZ68wl_DJdmSbp1_dwBKDfINCDDbUQXSQ/s200/DSC04952.JPG" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A exposição CIDADE DA
PARTICIPAÇÃO, centrada na reabilitação da Ilha da Bela Vista na cidade do Porto
pretende dar a conhecer o processo que esteve na implementação do Programa da
Habitação Básica Participada por parte do Laboratório de Habitação
Básica/Imago/CICS.Nova_Pólo UMinho, numa parceria com a Associação de Moradores
da Ilha da Bela Vista e Câmara Municipal do Porto proprietária da ilha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLeSNLvgF5u02SgTZB8CPMdYmN2NEGlFfKUGKaqKDfP0OWpe10uYhumj7dIRTd0OECJZUbKfG_YFfDXDsU0iToIUok5i__tqyiaq3qXxqPOBO9uuh0daVh7wXx3TsSH_OUjke6Jx0nI90/s1600/DSC04959.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLeSNLvgF5u02SgTZB8CPMdYmN2NEGlFfKUGKaqKDfP0OWpe10uYhumj7dIRTd0OECJZUbKfG_YFfDXDsU0iToIUok5i__tqyiaq3qXxqPOBO9uuh0daVh7wXx3TsSH_OUjke6Jx0nI90/s200/DSC04959.JPG" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A implementação deste programa
teve como objectivo potenciar as vantagens da complexidade da ilha da Bela
Vista, inscritas na sua morfologia, na sua escala, na sua tipologia e na sua
integração no lote de rua. A partir daqui, foi possível envolver e organizar a
comunidade na procura de uma solução participada e interactiva com a equipa do
Laboratório e poderes políticos. Instalamos o Laboratório numa das casas da
Ilha que servia de sede da Associação de Moradores, que durante dois anos
consecutivos trabalhou em sintonia plena com a Associação e com os moradores da
Bela Vista. Desde cedo o espaço foi ganhando a sua centralidade, como lugar de
trabalho e de convívio entre a equipa técnico-científica do
Lahb/Imago/CICS.Nova_UM (arquitectos, antropólogos, sociólogos e assistentes
sociais) e a comunidade que participava nas discussões e nos trabalhos que se
foram desenvolvendo de acordo com as fases do projecto. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4mUHj1tttMnDI3x-TpUvLhvG9q1C-BrwcUqO3_zs2WqNRGDOOCPRwVjzTqEPCQgvoETkm8FZsIgG1OkXxRBD1JFG46dqGElNGi5QLrdmSQQ8BSMcSShAcmhAmizErAe0y19Vhd_oeZmY/s1600/DSC04961.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4mUHj1tttMnDI3x-TpUvLhvG9q1C-BrwcUqO3_zs2WqNRGDOOCPRwVjzTqEPCQgvoETkm8FZsIgG1OkXxRBD1JFG46dqGElNGi5QLrdmSQQ8BSMcSShAcmhAmizErAe0y19Vhd_oeZmY/s200/DSC04961.JPG" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As reuniões de trabalho eram
participadas e alongavam-se pelas manhãs e tarde e noites dentro. Ninguém tinha
pressa em chegar a uma conclusão sem que estivesse garantida a exaustão da
participação. Os desenhos, as maquetas de estudo, o riscar num quadro de
ardósia eram instrumentos essenciais na procura e na definição de um programa
que se adapta-se às formas e modos de vida daquela comunidade. Esclarecendo
duvidas, projectando conceitos e construindo soluções com cada um dos seus
habitantes, sempre em função das suas necessidades e da disponibilidade do
orçamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn2VCbNrOOIPgpmRxRRpxmUrzVgKXQ37M1gA_T_OFwFWF0gDfImRUJSTutJxJU9x-FpJISGIfrAzQGeJgHa3gfkCU34C4sN1QlFJkQz4YIZUppHS5XN4h3MYVDNvBY-AwjjR32ULpEzn4/s1600/DSC04962.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn2VCbNrOOIPgpmRxRRpxmUrzVgKXQ37M1gA_T_OFwFWF0gDfImRUJSTutJxJU9x-FpJISGIfrAzQGeJgHa3gfkCU34C4sN1QlFJkQz4YIZUppHS5XN4h3MYVDNvBY-AwjjR32ULpEzn4/s200/DSC04962.JPG" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A partir deste processo de
arquitectura básica participativa construímos um programa e um conceito de
habitar que se vai adaptar de forma inteligente ao programa da pré-existência,
de forma a valorizar as noções espaciais de densidade, de ritmo, de composição
das suas colunas bem como a composição social e a identidade cultural dos usos
dos espaços exteriores e interiores.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwR07unYO422aJDdo3Fj_veoIcNz9gChGsBAsnAAAs75KZJf97TjuCAdR9_nSsKGVs0oEX-a473q_y0WFbDI5D3JuwiuwDRq77mTqJS2FSHNXSYBlYlUmQwqbk28BUX-iuPtw5oFdAgyM/s1600/DSC04971.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwR07unYO422aJDdo3Fj_veoIcNz9gChGsBAsnAAAs75KZJf97TjuCAdR9_nSsKGVs0oEX-a473q_y0WFbDI5D3JuwiuwDRq77mTqJS2FSHNXSYBlYlUmQwqbk28BUX-iuPtw5oFdAgyM/s200/DSC04971.JPG" width="200" /></a>A compreensão da relação das
células com o espaço exterior, com as outras células, com o seu próprio espaço
interno e respectiva organização de espaço doméstico, tornaram possível a
construção de uma cartografia antropológica do habitar nesta ilha. Num segundo
tempo, colocou-se o problema de como transportar e incorporar este conhecimento
sócio-antropológico para o âmbito da definição de um programa de habitação
básica participada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aqui, coloca-se a definição de um
conceito e de um programa básico que incorpore de forma harmoniosa e
equilibrada as aspirações de uma comunidade que “sonha com uma casa nova”! Este
conceito recupera o conceito de habitar como espaço da intimidade e da
domesticidade, privilegiando a idiossincrasia de cada família numa relação directa
com a rua, com o pático, com a praça. Na construção de uma identidade
expressiva de casa com porta para a rua, na possibilidade de a casa se
prolongar do espaço interior para o espaço exterior da rua, sem
constrangimentos e sem conflitualidades no seu estar consigo e com os
outros. A incorporação do tanque, do
banco e da entrada de porta recuada, permite a construção de espaços de grande
complexidade que nos ligam o espaço de dentro a um espaço de fora. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um programa que se quer capaz de
valorizar as experiências individuais (de cada família e de cada individuo no
seio do grupo familiar) bem como a valorização das relações colectivas dentro
da comunidade no uso dos espaços comunitários (hortas comunitárias, jardins,
praças, ruas, equipamentos colectivos).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Neste programa a parte económica
não sendo determinante é contudo condicionante e (in)formativa. Estamos perante
um programa de casas básicas com custos muito reduzidos, mas que se querem
muito eficientes em conforto, segurança e durabilidade. A poética
arquitectónica também lá está incorporada na fachada pintada de branco, nas
persianas exteriores afastadas da parede, na escada autónoma da parede
possibilitando outra ambiência e outra interacção entres os espaços de cima e
os espaços de baixo, entre os diversos compartimentos, no escritório ao cimo
das escadas, no pequeno pátio que permite trazer a luz para todos os
compartimentos e a ventilação, resolvendo desta forma as velhas patologias
construtivas das ilhas (humidades e infiltração de águas pelos telhados e
paredes da estrutura, falta de luz e de ventilação, ausência de banhos e de
cozinhas).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A proposta de programa de
habitação básica participada para a reabilitação da Ilha da Bela Vista vai
deste modo incorporar estes princípios e conceitos no programa e projecto de
arquitectura da autoria do Arquitecto António Cerejeira Fontes e na coordenação
de programa e de modelos participativos do Antropólogo Fernando Matos Rodrigues
e do sociólogo Manuel Carlos Silva (ambos directores do Lahb).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-61650011353317362282017-01-28T15:29:00.002-08:002017-01-28T15:44:38.601-08:00O PORTO é um PONTO!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<img alt="Image result for porto ponto" src="data:image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAkGBxAPDxAPDxIQDw4PEQ0QEBASEBUQEBAQFRYWFxYSFRYYHSghGRolGxUWITIjJisrMjovFx8zODYuNygwLisBCgoKDg0OGhAPGTceICU3LTc1MjIrMjU3LS0tKzcvLSstLS4tKy8rLS0tLS0tNSstKy0tLS0rKystLS0tLS0rK//AABEIAOEA4QMBIgACEQEDEQH/xAAcAAEAAgMBAQEAAAAAAAAAAAAAAQcFBggEAgP/xABKEAACAgEBBQQDCgoGCwAAAAAAAQIDEQQFBgcSIRMxQVEiYXEUMkJSc3SBkaGzFzQ1VGJygpOUsiUzkrHR0yMkQ1NjZKKjwcPS/8QAGQEBAAMBAQAAAAAAAAAAAAAAAAIDBAUB/8QAIBEBAAICAgIDAQAAAAAAAAAAAAECAxESITFBBDJRIv/aAAwDAQACEQMRAD8AuMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAEEgAAAAIyBIIySAAAAAjIEgjJIAAgCQfDnjvyO1QH2D47RH0mBIIJAAACMDBIAAAAAAAAAgYJAEYGESAIwMEgCMEgAAABGASAAAAgYJAEYBIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAABBIA1e/iDsuE51z1LU65ThNe573iUW4yWVXh9U+4+PwjbJ/OX/Daj/LKR25+N6v51q/vZniybI+PUX2uI2yfzl/w+oX/AKzL7M3j0WqfLp9RTbPv5FNKzH6j9L7Dm0jy9TTXqa7meT8evqR1OCo+HO/tqtr0Wtm7K7GoU3zebITfSNc5P3yfcm+ucLqn6NuGa9JrOpAAEQAAAAAAAABgd9Nuz2fpJamEI2SjOqHLJuKxJ4zlFf8A4XNR+a0/vZ/4E647WjcC3gYPczbctoaKvVThGuU5XR5ItyS5LJQ7358uTOEZjU6kAAeAAAAAAAAAAAAAA5m25+N6v51q/vZns3L0Veo2jpKLo89Vs5qcMuPMlXOS6pprqkePbn43q/nWr+9mZTh3+V9D8rZ9zYdGfrItnUcN9lTWFRKt+EoX3Jr6HJr60VJvtu09marseZ2VTgrKrGkpOOWnGWOnMmvDzXsXQ8nhNvol1bfRJFGcVdvVazWQjRJWVaatw7SLzGdkpZlyvxSxFZ88mbDa02Gl/WvWnhr1pnSm7Ovep0Wl1Evf20Uzn+u4rm/6snNeS+tmbTr2XsXSW6nMeTT0f6Ne/nbOPMqor43V+zDb6JsnnjcQNtPys1NcXiU4Rfk5JP6igt4t+NbrpPNkqKfCimTjFL9OaxKb9vT1I1nso/FXXv6LqRr8eddyOp15knNGx9t6rRyUtNdZUl8BPNT9Trfov6i59wt9obSi6rFGrWVx5pQT9CyK6OyvPXHVZXhld/eQvhmvfkbgMFccZ9TZXVo3XOytuy7LhOUG1yx78PqVVLampw/9Y1H7+z/EUw8o3sdOYGDnfeHenU6uz+tthTWowqrjOUI8sUlzySfWTxnL7s4Nx4Maqyy/VqyyyxKujCnOU0vSl3JvoLYZrXcyNk4ufkqfy2n/AJijcn7T1104KM7bZx6ejO2c4588NnnNOOnCNC9uEq/oij5TWff2G4nMNOuuhFRhbdCKziMbZxis9X0Tx3nQG49rey9HOcm26YuUpPLfV9W2Z82PU8v0Z4+LbYxWZNRXm3hfaVFvnxLtsnKjZ8uzpi2nqUk7LX/w8+9h6+996x413qLJWy57ZStn8eyTsm/bKWWK4JmO+h1DXZGSzFqS808o+zlzS2yplz0ylVZ8euTrn/ajhlkblcS7Izhp9oyU65NRjqmlGVbfd2uOjj+l4eOVlpbBMeOxbYIRJQAAAAAAAAOZtu/jer+dav72Z46rJRalFyjJd0otxkvY13Hs25+N6v51q/vZn1sDZb1mqp0sZKt3ylFTceZRxGUstJrPvTpeh5tRqrbFy2WWWR78TslNZ9jZ+BZn4ILvzyr+Hl/9mV2Xwl00Gpam+3UY74RiqK5e3Dcvqkiuc1I9jQtxN157R1MVKL9yVSi9RPHotd/Yp+MpePkm35ZyvF3azu1/uZPFWkhCKiui7WcVOUv7LgvVh+Zc+h0dVFcaqYRqrgsRhCKjFfQigOIMWtq61Pv7WL+iUINfY0Qx3532MHpdPO2yFVcXOyyUIQiu+U5NJL62WpoeENXZrt9Td22OvZKCqT8sSi3LHnlexGibh6iFW1NFOxpQV3K2+5OcJQjn9qUTokZr2rMRA5z3t3bt2bqOxsanGUeeq1LlVkM4fTwkn3rL715mP2TtGekvq1NeeeicZpL4SXvoeyUW4/SWJxv1Nbnoqlh2xjqLJecYScFHPtcJf2GVgy3HPKsTItnjRap6bQTi8xnO2UX5pwi0/qKmLL4mVShsvY8J+/hVCMv1lTWn9pWpHD9Bvu5HDv3fQtTqLbKaZuSqjWo9pNJtObck0llNLo/MsTdPcvT7MnbOiy+x2xhGXautpKLbWOSEfM9e5UUtmaBL800j+l1xbf1szRmvktMzAp/ffh/pdn6KWops1M5xnVBKydbhiTw+ka08/SVyXlxc/JU/ltP/ADFGmjDabV3Isjcfh/pNfoatVdZqoWTlfFxrnWoYhZKCwpVt90V4mb4iWrZmx6tDRKbVrjplOTTs7FJym20kuqSi8Je/Mnwk/JFHyms+/sMDxwrfZ6GXwVPUxf60o1tfZGRVubZdT+ipjf8Acrhw9dTHU6m2dNNmeyjWl2k45xztyTUV0eFh57zQTozcm+FmzdFKvHKtNp4NL4MoQUJR9qlFr6C3Naax0Ks334eS0FXumiyd+ni4qxTiu1ry8KeYpKUctLuWPWu7RcHQ/EHUQr2XrXNpc9Flcc+Nk1ywS/aaOeRhvNo7F68K9ry1Wzoxm3KzTTlp5N97jFRlB+v0JRWfOLNxK34IxfubVy+D7ohH9pVxb+yUTbtdvZs+ix1W6qmNkXiUebmcH5SxnlftwZslf7mIGaB+Ol1Nd0I2VThbXNZjOElOEl5qS6M/YrAAAACAOZ9ufjer+dav72ZlOHf5W0Pyln3Vhntp8Mto2ai+yPuXlsuvsjm6SfLOcpLK5O/DPdulw91+k1+m1NvufsqZzlLktlKWHCceicF4yXibpyV4z2LZABhAqbjHu/JWQ2hWs1uMatRj4Ml/V2P1NPlb9UfMtk/O+mNkZQnGM4TTjKMkpRlF9Gmn3olS3Gdjlw23QcRtp01KpWwsSWIztr57UvD0srPtkmzZd5OFDcnZs+yKi+vYXN4j+pYk3j1SX0mp2bg7Wi8e5Jy9cbqGn/3P7zZzpaOxgdfrbdRZK6+crbZvMpy734eHRL1LoZTcvYEtoayunGaYuNmoljpGlPrFvzl71e1vwZsOxuFettaeplXpa+mUpK272JR9Fe3mfsZa272wdPoKVTp4cqzzTk3zTsn8acvF/Yu5JLoRvliI1UaPxu/qdF8pf/LEqUvPiVuzqdo16eOm7LNU7JS7SbgsSSSxiLz3Ghfgs2n/AMp+/n/ljDesU1Mi2NzfyZoPmej+6iZgx27ujnp9HpaLMdpTp9PVPleY80IRi8PxWUZEyT5kaZxcX9FWPwV2mz6szS/vaKLOm9r7Or1dFunuWa7YuMsdGvFST8Gmk160ioNpcK9fXN9jKnUV/BfP2VmP0oyWF9EmaMF6xGpGH3f3312gp7CiVbqUpSjGyvn5HJ5lytNd7bfXPeWXtPZ1u2dh1Slyy1coQ1NbSUYu6PMuVeXNFyj+0aFXwz2o/wDZ1R/Wvj/4yXBuroLNLodNp7eXtKqownyvmjnr3PCyMtq9TXyObpJptNNNNxcWsSjJPDi0+5p9MGa3d3r1mz8rTWLs5Nt1WR56nL42O9P2NestjfHh9Rr5O+p+59U8c01Hmrtx/vI/Gx05l1884WK51vDjalTxGiN6+NVdDH1WOL+wsjJS0djF7xbz6vaDj7psThB5hVCPJVGWMc2PF48W33vzMRVXKcowgnKcmoxjFZlKTeFFLzbNs0HDfalrxKmGnXxrroYx7K3J/YWTubuFp9ntXTfujVYaVso8sa8rDVceuPa2339yeBbJWkdDG6/TW7G3elCt8uplyKyyL97bdNKbi18WL5U/0Ysps6W2/smvW6a3S25ULY4yu+Ek04zWfFSSf0FK6/hztSqxwhStRHPo212Vxi14Nqck4v1fayGG8d78jLcGtp2Q1lmly3TbVO3l8I2wcfSXlmLafsj5FyGjcONyZbP59RqHGWqsj2ajH0o015TcebHWTajnw9FJeb3kpyzE23AAArAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAgkAAAAAAEEkDCAkEEgAAAAAAAAAAAAAAhokARgkAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAD/9k=" /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
O Porto é um PONTO!</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A cidade do Porto tem vários problemas de natureza estruturante, um deles é o vazio imposto por políticas de habitação e de cidade contra a coesão social e a qualificação em beneficio de um modelo rentista e capitalista que viu na cidade uma forma de ganhar dinheiro de forma fácil e parasitária. Outro e mais actual é o envelhecimento da cidade.<br />
<br />
O Porto no que se refere à estrutura demográfica vive um problema de envelhecimento com taxas absolutamente trá<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">gicas.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">O Porto é uma espécie de "Alentejo Demográfico". Freguesias como Bonfim com taxas de envelhecimento populacional acima das taxas trágicas que caracterizam o Alentejo e o interior do Douro e Beira Alta.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">Estamos perante uma realidade sem retrocesso, e as Políticas são todas nada amigas da integração dos mais jovens na cidade. </span><br />
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">O outro problema é o desaparecimento do trabalho na cidade. A economia produtiva foi substituída por uma economia de serviços em função das modas e das circunstâncias. Uma economia de serviços que promove um trabalho precário e desregulado, sem direitos sociais e sindicais.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">O Porto já não é a Manchester de Portugal!...</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">O Porto é um PONTO! </span><br />
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">NÃO.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">O PORTO É UMA NAÇÃO.</span></div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-2993346435765251302017-01-21T04:52:00.003-08:002017-01-21T04:52:18.966-08:00SEMINÁRIO DO PORTO - A CIDADE DA PARTICIPAÇÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaF2Qi-oROEL0JbX9oVZ6s14ydWSlEjI2IjUikAle2yUyXidP3cnQ622JBVJ9YvYCq6Owh2BV3kUjwH3VMCbbjrArep6iMAFfKYZZKpZAv45mRJbiy6Dg2is4NPSsB8IuK34hNy_ZKhfU/s1600/CARTAZ_seminarioPORTO+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaF2Qi-oROEL0JbX9oVZ6s14ydWSlEjI2IjUikAle2yUyXidP3cnQ622JBVJ9YvYCq6Owh2BV3kUjwH3VMCbbjrArep6iMAFfKYZZKpZAv45mRJbiy6Dg2is4NPSsB8IuK34hNy_ZKhfU/s1600/CARTAZ_seminarioPORTO+%25281%2529.jpg" /></a></div>
<br /></div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-67874501858182273632017-01-19T04:02:00.001-08:002017-01-19T05:36:03.343-08:00Seminário do Porto - A CIDADE DA PARTICIPAÇÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Seminário
do Porto <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A
CIDADE DA PARTICIPAÇÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> 4
Fevereiro 2017 <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Auditório
da Freguesia de Santo Ildefonso<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Objectivos<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Este seminário tem como
principal objectivo aprofundar as questões teóricas, metodológicas e técnicas
nas áreas da habitação básica participada a partir da experiência desenvolvida <b>pelo Laboratório de Habitação Básica
(Labhb), pela Associação de Moradores, pela Câmara Municipal do Porto, a Imago
como equipa técnica, o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais
(CICS.Nova_UMinho) na reabilitação/renovação da Ilha da Bela Vista na cidade do
Porto.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">As problemáticas estão
centradas nas questões das políticas e dos programas de habitação básica
participada e a sua relação com os princípios do Direito à Cidade e à
Habitação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Durante este seminário
pretende-se também reflectir sobre “A Cidade da participação” a partir do
aprofundamento das metodologias colaborativas e participativas que são a base
da construção de uma <b>cidade social e
culturalmente mais justa, </b>onde seja possível construir uma cidade
diversificada, multicultural, <b>interactiva
e</b> cosmopolita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Programa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">9.00
– Recepção<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">9.30
- Abertura do Seminário<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 30.0pt; text-align: justify; text-indent: 5.25pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Fernando Matos Rodrigues, Lahb <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 30.0pt; text-align: justify; text-indent: 5.25pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">António
J. Cerejeira Fontes, Lahb/Imago <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 30.0pt; text-align: justify; text-indent: 5.25pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">António
Fontelas Lopes, Associação de Moradores Ilha da Bela Vista<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 30.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">António
Fonseca, Presidente União de Freguesias Centro Histórico do Porto <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 30.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 30.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 316.8pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">10.00 – Conferência de Abertura do
Seminário do Porto<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 316.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">“Economics
Bases Of Urbanization” <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 316.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Marco Kamija, UN-HABITAT<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 316.8pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Comentam<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 316.8pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Manuel
Carlos Silva, Prof. Catedrático ( CICS.Nova_UM / LAHB)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 316.8pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">José
Alberto Rio Fernandes, Prof. Catedrático ( FLUP)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 35.4pt 70.8pt 106.2pt 141.6pt 177.0pt 212.4pt 247.8pt 283.2pt 316.8pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">1.ª
Parte – A Cidade da Participação<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">11.00
– Modelos, Metodologias e Experiências Participativas em Programas de Habitação
(com base nos textos do livro “A Cidade da Participação”).<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Intervenientes:</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Manuel Carlos Silva(CICS.Nova_UM),
Fernando Matos Rodrigues(CICS.Nova_UM/LAHB), António J. Cerejeira Fontes (LAHB/Imago), David Viana(Fac. Arquitectura Nottingham), Isabel
Raposo(FA-UL), Elena Tarsi(Univ. Firenci-Italia), André Cerejeira Fontes(EA-UM/LAHB/Imago).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 319.35pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 319.35pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 319.35pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">12.00
– Apresentação do Projecto de investigação “Modos de Vida e Formas de Habitar nas
ilhas e bairros populares do Porto e de Braga”, aprovado pela FCT <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Interveniente:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Manuel Carlos Silva,
Coordenador do projecto de Investigação <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">João Teixeira Lopes, Prof. Catedrático (IS-UP)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">13.40
– Almoço<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">2.ª
Parte do Seminário – Habitação e Direito à Cidade<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">16.00
– A importância da implementação de políticas e programas de habitação
básica participativos <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Caso
Um - Projecto de Investigação-Acção/ Os bairros do Picoto e Santa Tecla em
Braga: por um programa de pesquisa e participação <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Paula Nogueira (Projecto CICS.Nova_UM) </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sílvia Gomes (CICS.Nova_UM)<b><o:p></o:p></b></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Caso
Dois - Por um Processo Participativo de Reabilitação no Bairro Municipal de
Viseu. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Apresentação Pelo Movimento O/Bairro (Viseu)<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Caso
Três – Habitação Básica Participada: programa, projecto e processo de
realojamento na ilha Renovada da Bela Vista <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Fernando Matos Rodrigues, António Jorge Fontes e António
Fontelas Lopes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">17.30
– Apresentação do Livro “A Cidade da Participação. Projecto de Arquitectura
Básica Participada na Ilha da Bela Vista” , com a participação dos
coordenadores editoriais, Susana Varela e de<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">José
Sousa Ribeiro,</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Edições Afrontamento<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Manuel
Correia Fernandes</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">, Vereador Urbanismo CMP<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Manuel
Pizarro,</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Vereador de Habitação CMP <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Cláudia
da Costa Santos</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">, Presidente ORSRN<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Encerramento<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Manuel Carlos Silva, CICS.Nova_UMinho / Lahb<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">19.00
- Porto de Honra<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Comissão
Científica<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Manuel Carlos Silva / Fernando Matos Rodrigues/Isabel
Raposo/António J. Cerejeira Fontes/André Fontes/David Viana/António Cardoso/
Elena Tarsi<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Comissão
executiva<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ana Jorge / Gonçalo Mendes / Diogo Matos Rodrigues /
António Fontelas Lopes <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Organização<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Laboratório de Habitação Básica /Imago<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">CICS-Nova_ pólo da Univ. Minho<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Associação de Moradores da Ilha da Bela Vista<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Parceiros<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Câmara Municipal do Porto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">União Freguesias do Centro Histórico do Porto<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Edições Afrontamento<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ordem dos Arquitectos SRN<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Comissão de Moradores do Riobom/Fontainhas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Apoios<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Associação Comercial
do Porto <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-31750881864125045732017-01-07T13:18:00.001-08:002017-01-07T16:26:58.631-08:00Porto, Cidade Vazía: emparcelamento, soluções formalistas e fachadismo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5u8flv7P7Oppp0R6btcvEPamWLYYfwHk8iN8EiYRuKrKNTtiB3taOA2fmz48pQRkpqc_iiTIWmMcoO1EgYKhfrMVvcO94P-hJdnGTrIsixORN0BEKZ47UqWhK496J9ET5ZyzL0F6XWbs/s1600/IMG_20170107_125302.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5u8flv7P7Oppp0R6btcvEPamWLYYfwHk8iN8EiYRuKrKNTtiB3taOA2fmz48pQRkpqc_iiTIWmMcoO1EgYKhfrMVvcO94P-hJdnGTrIsixORN0BEKZ47UqWhK496J9ET5ZyzL0F6XWbs/s200/IMG_20170107_125302.jpg" width="200" /></a></div>
O "Porto, Cidade Vazía" remete-nos para a problemática da renovação e da reabilitação da cidade densa perante novos interesses, novos capitais, novos programas e novas escalas que associam novas funções e novos actores.</div>
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<br /></div>
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Deparamos com o aparecimento de novos problemas e com o agravar de outros que já vinham das décadas de 50 e 70 do século XX. Neste sentido, não podemos ignorar o que se passou durante a implementação das políticas de habitação na ditadura do Estado Novo, onde se promoveram deportações em massa de moradores das freguesias do centro da cidade para as periferias dos blocos das casas económicas construídas a partir do Plano de Melhoramentos para as cidades de Lisboa e Porto.</div>
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<br /></div>
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Estamos a falar da especulação imobiliária. Da subida do preço por metro quadrado para valores fortemente especulativos na cidade do Porto e de Lisboa. Da pressão dos proprietários e das imobiliárias sobre os antigos residentes que começam a ser pressionados para abandonarem estes lugares no centro da cidade. A deportação das classes mais vulneráveis e pobres para os blocos periféricos, como por exemplo: Cerco, Lagarteiro, Contumil, Ramalde, etc. </div>
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<br /></div>
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Assistimos nestas últimas décadas a uma des-temporalização e a uma des-localização da vida na cidade do Porto, pensamos a nossa vida e estruturamos a nossa identidade ( o nosso self) a partir da cidade do centro, mas vivemos na cidade periférica do não-lugar. Vive-se no Lagarteiro ou no Cerco (uma espécie de gavetas onde se acumulam familias inteiras sem memória e sem cidade) mas as nossas memórias, as nossas referencias de vida, as estruturas socio-antropológicas da comunidade de pertença à cidade estão nos bairros e ilhas localizadas nas freguesias da Sé, Miragaia, Santo Ildefonso, Bonfim, Cedofeita, etc.<br />
<br />
Este programa político de deslocalização e de deportação dos moradores do centro da cidade para as novas periferias, teve como fundamento as teses da higienização e da salubridade, do sanitarismo público e da segurança, promovidas pela ideologia do regime e apadrinhadas pelo emergente capitalismo burguês da cidade que aspirava à expansão da malha urbana para lá dos limites físicos da cidade consolidada. Sem esquecer o papel ideológico da "casa nova" fora da cidade como instrumento sedutor da deportação. A oposição entre o "habitar os cortiços doentios das ilhas" e o "conforto higienista" da casa nova ao serviço de uma ideologia que tinha como suporte uma moral asfixiante e bloqueadora das aspirações e das mobilidades sociais.</div>
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<br /></div>
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A deslocalização e a deportação destas famílias que viviam na cidade para outros não-lugares, provocou uma perda de noção de pertença ao espaço social e cultural da cidade, bem como agravou o sentimento de desintegração sobre o efeito de estilhaço nas identidades individuais dos grupos sociais mais vulneráveis, acentuando de forma preocupante situações de grande exclusão.</div>
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<br /></div>
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Este problema agrava-se ainda mais na cidade antiga, quando o valor económico anda associado ao valor imobiliário. Esta associação capitalista vai acelerar os fenómenos de deslocação e de desterritorialização (do centro para as periferias) com a consequente perda do território, da casa, da comunidade, do trabalho, dos laços familiares e de vizinhança.</div>
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<br /></div>
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Assistiu-se nestas últimas décadas a um processo de desurbanização progressiva, o que nos leva a falar de um período de pós-arquitectura, de pós-urbanismo ou de pós-urbanidade: o espaço urbano entendido como lugar de memória e de tempo, carregado de sentidos simbólicos, capaz de propiciar o reencontro com acontecimentos colectivos memoriais, e per si, capaz de reactivar sociabilidades dilui-se com a implementação das cidades temáticas (turistificadas) e zonificadas, monofuncionais e hiper-especializadas. Com a valorização de um urbanismo de miniatura, anárquico, próprio da cidade caótica e fragmentada.</div>
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<br /></div>
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O lugar urbano foi aos poucos convertendo-se no seu oposto, o não-lugar. É o aparecimento de empreendimentos imobiliários de mega-escala, a partir do emparcelamento de pequenos lotes da morfologia da cidade antiga que fazem a promoção de programas fortemente especulativos e erosivos da identidade socio-económica e cultural das cidades.</div>
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<br /></div>
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Assiste-se à intervenção por parte dos poderes locais e nacionais ( ver por exemplo: o aparecimento de Sociedades de Reabilitação Urbana, com autonomia nos licenciamentos e na alocução de fundos a programas de renovação/reabilitação independentes da Fiscalização Política ), a implementação de ARU`s, com a introdução de instrumentos fiscais e de capitais públicos e privados, etc.<br />
<br />
A implementação destes grandes processos de transformação urbana, conduzem ao aparecimento de situações fortemente especulativas, com a expulsão dos vizinhos mais incómodos ( pobres, velhos, reformados, jovens sem recursos, imigrantes, estudantes, etc. ) em beneficio de um novo sector dominado por lofts, lojas de moda, hostels, alojamento local, hotéis de luxo, restaurantes e bares destinados a turistas e a gente de "nível".<br />
<br />
Estamos assim, perante a implementação de estratégias que favorecem a tematização e a espetacularização da cidade e da vida urbana. A substituição da cidade das pessoas por uma espécie de parques temáticos, gentrificados por novas classes detentoras de um poder económico que inflaciona as rendas e o solo urbano.<br />
<br />
O aparecimento de programas de reabilitação que destruindo o interior dos edifícios promovem o emparcelamento da propriedade urbana com o aparecimento de um fachadismo estilístico e vazio de sentido histórico e cultural.<br />
<br />
Estamos perante o empobrecimento social e arquitectónico da nossa cidade. Esta nossa visão não significa que se negue a necessidade de qualificar e transformar a cidade. Mas, esse processo de renovação deve ser implementado segundo os <b>Princípios do Direito à Cidade </b>para todos sem excepção. O que se critica é o facto de se entender que na cidade antiga não possam viver lado a lado todas as classes e grupos sociais, sejam eles: operários, estudantes, banqueiros e tecnocratas, reformados e imigrantes.<br />
<br />
O <b>centralismo simbólico</b> não pode ser um instrumento ao serviço <b>da integração dos mais ricos</b> e da <b>expulsão dos mais pobres!</b></div>
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<br /></div>
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Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-77334229758539841902016-04-19T15:55:00.001-07:002016-04-26T11:45:59.324-07:00Freguesia de Campanhã: faltam políticas de regeneração urbana e de coesão social<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
<img alt="Image result for campanhã" src="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSJsd4_rCN1xj6Tnwx8z6yDa4BEg8nx95XHixo4gf3vKTUgkSdMYw" style="background-color: transparent;" />A Freguesia de Campanhã é uma espécie de aldeia periférica à cidade do Porto. Um território cortado a meio por uma rede de infraestruturas rodoviárias, que não facilita a relação entre a cidade de cá e a cidade de lá, a cidade ocidental e a cidade oriental. Um território que na sua condição de periferia, albergou tudo aquilo que a cidade canónica expulsou e desprezou.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Primeiro foram as infraestruturas pesadas: rodovias, ferrovia e fábricas; mais tarde: a segregação social e cultural, com a construção dos blocos municipais para albergar as populações que foram expulsas da cidade. A história desta freguesia é bem o símbolo da bipolaridade urbana, da cidade dual e deslocada.</div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
Campanhã é um espaço contentor: que vai albergando tipologias segregadoras, monofuncionais, deslocalizadas da malha urbana, plantadas por entre os bosques e campos das antigas quintas da cidade rural e bucólica.</div>
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<br /></div>
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Vamos reflectir sobre alguns dos registos que determinaram a paisagem e o ambiente urbano da Freguesia de Campanhã na sua contemporaneidade:</div>
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
Primeiro: a transformação da sua paisagem rural, bucólica e comunitária para zona de periferia urbana da cidade do Porto; com a instalação de um conjunto diversificado de infraestruturas macro-económicas; a expansão da rede de transportes públicos e municipais; a estação de Campanhã e a ligação da linha de Comboio de Ferro das Devezas ao Porto de Campanhã e S. Bento; a instalação do Matadouro Municipal e um conjunto de Armazéns e Industrias; </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Segundo: com o Planos de Melhoramentos para a Cidade do Porto (1956-66), com uma nova política de urbanização das zonas de expansão: com a construção de um conjunto diversificados de blocos sociais, com destaque para o Bairro do Cerco do Porto, com a construção de 803 habitações em 1961; o de S. Roque da Lameira, com 116 habitações; posteriormente, em 1962, com a ampliação dos Bairros de S. Roque da Lameira e do Outeiro.</div>
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<br /></div>
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Terceiro: do envelhecimento à ruína de Campanhã. Entre a resistência e a capacidade de se adaptar aos novos tempos, Campanhã caiu num isolamento físico, social e cultural, materializado nas barreiras rodoviárias que a atravessam e lhe imprimem esse carácter negativo de muro que separa a cidade dos ricos da cidade dos pobres. Na falta de infraestruturas urbanas, como saneamento, transportes, equipamentos públicos, trabalho, lazer e espaços verdes qualificados. Mas, a situação mais grave e complexa, localiza-se na guetização habitacional com o acantonamento dos deslocados das ilhas, casas de colmeia, dos sobrados do centro da cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quarto: Porto Oriental/Cidade Ecológica, um vasto programa que na década de 90 do século XX, propunha fazer de Campanhã uma espécie de réplica de pequena Expo do Norte, personificada na liderança ambiciosa do Presidente da altura, Dr.º Fernando Gomes. Um programa político apresentado com toda a pompa e circunstância, mas que foi um absoluto falhanço político. A Câmara na altura criou um conjunto de expectativas que não conseguiu concretizar. Fernando Gomes abandona o Programa de Campanhã por uma carreira política em Lisboa. </div>
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Quinto: com o mandato do Dr.º Rui Rio, o Porto Cidade Ecológica é definitivamente enterrado e renasce uma espécie de Parque Natural em Campanhã, para frustração dos seus moradores que ansiavam por um programa que qualifica-se social, economicamente e urbanisticamente a freguesia oriental do Porto. Dá finalização ao Plano de Pormenor Praça das Flores e Praça da Corujeira, com a construção de uma ponte que ligasse as duas placas da freguesia, divididas pela rodovia e ferrovia.</span></span></span></div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
</div>
<div style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;">Sexto e último: aparece com a candidatura de Rui Moreira, a vontade de implementar em Campanhã um programa de desenvolvimento económico capaz de devolver a esta freguesia a vitalidade social e o emprego tão necessário a uma população que ronda os 57 mil habitantes, com uma das maiores taxas de desemprego e de vulnerabilidade social de toda a área metropolitana do Porto. Aparece a ideia de instalar no antigo matadouro um Centro de Incubação Empresarial, com novas infraestruturas, de forma a criar emprego a toda uma vasta população. Mais, tarde, os ânimos esfriaram e ficou-se por um Centro Cultural de Artes e de Museografia. Mais, uma vez, a população de Campanhã vê traídas e frustradas as suas aspirações com o adiar da criação de trabalho e de empresas para a zona Oriental da cidade do Porto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;">E agora, Rui? E agora, Manuel?</span></div>
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<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
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<br /></div>
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><br /></span>
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</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-31202446422940912732016-04-16T07:36:00.003-07:002016-04-16T08:12:14.499-07:00PORTO BEFORE PORTO: a cidade da representação versus a cidade da exclusão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2YvlyQki1sDlV0aS3gdY8uQ-VOiuHjy7RjYc9zmy9Cup9biQoQqtviSB58hAa-2iia-LVfH5T2B-skqe6CNYDXSNwA4QDz7yGQL6wxHkQhp8CqnyC_54Wb1wACx-PXptN-yHs2-gilUE/s1600/DSC_0893.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2YvlyQki1sDlV0aS3gdY8uQ-VOiuHjy7RjYc9zmy9Cup9biQoQqtviSB58hAa-2iia-LVfH5T2B-skqe6CNYDXSNwA4QDz7yGQL6wxHkQhp8CqnyC_54Wb1wACx-PXptN-yHs2-gilUE/s200/DSC_0893.JPG" width="200" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLFMcPF9jinaAJ2-mH4ih0xfHwv9X_Lf_hYsvv5YzbLc0k1bAwm8Yvf-8tfSduFtF03Cklg9yqHqJznbTqFcFgWZfZThURmr2Pbm_KIPUzbkZSmYHY3rqdzNdQJguhk386OU52N3CUrB8/s1600/bairro+s.+jo%25C3%25A3o+de+deus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="90" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLFMcPF9jinaAJ2-mH4ih0xfHwv9X_Lf_hYsvv5YzbLc0k1bAwm8Yvf-8tfSduFtF03Cklg9yqHqJznbTqFcFgWZfZThURmr2Pbm_KIPUzbkZSmYHY3rqdzNdQJguhk386OU52N3CUrB8/s200/bairro+s.+jo%25C3%25A3o+de+deus.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqq4ZX_tZfDpRcHkyHTHv3cP2icatbHDhozwVnG-tCrce9DVmW8DTsTw_MKAbq-ZILMfu5U6zAMiSNxmcpQKBgDBJ3N0wEDBzSAaYQem0Iyl0rX2R2260wr-iJJsYH5in46OdBHjj8ckU/s1600/lagarteiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqq4ZX_tZfDpRcHkyHTHv3cP2icatbHDhozwVnG-tCrce9DVmW8DTsTw_MKAbq-ZILMfu5U6zAMiSNxmcpQKBgDBJ3N0wEDBzSAaYQem0Iyl0rX2R2260wr-iJJsYH5in46OdBHjj8ckU/s200/lagarteiro.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">O Porto é hoje uma cidade assediada por um capitalismo financeiro internacional que descobriu no território uma fonte de enriquecimento rápido, e que deseja converter a Capital do Norte, a cidade do trabalho, do comércio local e das pessoas, num antro de consumo com uma sociedade humana lá dentro.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;" />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">A Cidade é assim objecto de requalificação ao serviço dos interesses das grandes corporações internacionais, associando capitalismo </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">liberal a voluntarismo político local e regional.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br />A Cidade do Porto é assim uma espécie de caricatura e paródia de vida urbana, transformando-se numa máquina de exclusão, expulsando os seus moradores para os bairros municipais periféricos e desumanos, bem como destruindo o sector secundário do pequeno comércio e pequenas oficinas de rua.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Assiste-se, ao desmoronar de toda uma economia de rua com consequências profundas na qualidade e vitalidade económica, cultural e social endógena da cidade do Porto. O desmantelamento de ateliers e pequenas oficinas, carpintaria e mercenária, de arte e de animação, de produção artística e cultural. Porque, não conseguem suportar as novas rendas, próprias de um mercado fortemente especulativo e irracional.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 19.32px;">No fim de semana passado, assisti de forma incrédula ao desmantelamento de uma oficina na rua Alexandre Herculano, com a venda de instrumentos de carpintaria, de mesas de montagem, de pinturas, telas, candeeiros, microondas, frigorífico, salamandra, sofás, cadeiras de estirador, andaimes, focos de luz, toda uma vida dedicada à produção artística que se evaporou em segundos. Uma comunidade de produtores, de gente bonita e inteligente, que servia a cidade, contribuindo para enaltecer a sua singularidade e diferença em relação à tantas outras cidades</span></span></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">O Porto: uma cidade de artistas, de arquitectos, de cineastas, de mestres de obras.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br />Os preços por metro quadrado na cidade compacta sobem para valores incomportáveis por aqueles que trabalham, vivem e têm que pagar rendas pelas oficinas e comércio que dão à cidade do Porto esse sentido cosmopolita de urb.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br />Esta situação agrava-se ainda mais, porque perante a exclusão de uns, também impossibilita que os jovens possam voltar à cidade compacta e qualificada.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br />As políticas camarárias não podem ignorar esta situação, nem podem fazer de conta de que nada disto esta a acontecer por políticas municipais que promovem a concentração da população em bairros subúrbio, como Lagarteiro, Contumil, Cerco, etc. Urgente um debate público sobre a actual realidade, porque ainda é possível mudar de programa e de políticas.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br />E se for caso disso, de políticos!</span></div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-58916663007529897812016-03-19T03:43:00.001-07:002016-03-19T03:44:56.100-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitg-q1U4dVGZEz-BX89_ZJXFKQE566jxutOmu27iS5xAK18AvZ23JKHHKLW3w4DX6NNWr1BUl17THDIsKcVqpjXkqlgT3344pzUTy-6vgYqi1fT5Ds_naksPrxo2K_q-XQuXuZ77CRx6o/s1600/DSC_0721.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitg-q1U4dVGZEz-BX89_ZJXFKQE566jxutOmu27iS5xAK18AvZ23JKHHKLW3w4DX6NNWr1BUl17THDIsKcVqpjXkqlgT3344pzUTy-6vgYqi1fT5Ds_naksPrxo2K_q-XQuXuZ77CRx6o/s400/DSC_0721.JPG" width="400" /></a></div>
Exposição do Programa de Reabilitação do Riobom Fontainhas no âmbito de uma proposta desenvolvida e coordenada pelo Laboratório de Habitação Básica e que se encontra instalada na entrada do Plano B, Bar Galeria da Cidade do Porto.<br />
<br />
O programa tem como coordenadores na área do espaço, mediação e conceptualização do antropólogo Fernando Matos Rodrigues; na área de Projecto e Arquitectura o arquitecto André Fontes e Ant. Jorge Fontes da IMAGO e LAHB; colaboram como arquietectos os professores de projecto e arquitectura João Carreira e José Gigante. Um projecto que tem sido desenvolvido em parceria com o Pelouro de Urbanismo da Câmara Municipal do Porto, na pessoa do Vereador Prof. Arqto Manuel Correia Fernandes, com os proprietários / herdeiros e os moradores do bairro do Riobom e das Fontainhas.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtZPAkJ9SU2QmzStoq7JX4hqBE-bK00UwmnVJDTrZSgKNnd2w8b7qLx3LghsP29U14PF-_Hd7zsFmJrgJNll9Qn82rTxhuj5mOeufUdnSRxg0gXIoJhrCAL_m3dH8a28iS4vUJa58QCvo/s1600/DSC_0716.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtZPAkJ9SU2QmzStoq7JX4hqBE-bK00UwmnVJDTrZSgKNnd2w8b7qLx3LghsP29U14PF-_Hd7zsFmJrgJNll9Qn82rTxhuj5mOeufUdnSRxg0gXIoJhrCAL_m3dH8a28iS4vUJa58QCvo/s400/DSC_0716.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShW4-7sSN9332jKGLthhzsIW4JkF7eIh3zhVaztJh781BZhYqy_t_0Xo1nCW91LnhD9J5HyUHWLNE1mvphHwSM59QKhSFKFP369vsxqj5Jnn-aJmyKkly2QimWzdDvfJXxmrrJIQQ9eM/s1600/DSC_0522.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjShW4-7sSN9332jKGLthhzsIW4JkF7eIh3zhVaztJh781BZhYqy_t_0Xo1nCW91LnhD9J5HyUHWLNE1mvphHwSM59QKhSFKFP369vsxqj5Jnn-aJmyKkly2QimWzdDvfJXxmrrJIQQ9eM/s400/DSC_0522.JPG" width="225" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbF5U533vjtMHc4vwF9RVU3X-dcFqFSKjddTTMt3B3sq1-fUMM4pr2pKi41NeBokn_ImFdZyy1AYEm37jYqMilSXQHb3WsVUHjIwUCrHd9KxD15v6YjNCabN6r0YtucDTwvxIZoNqQNOk/s1600/DSC_0524.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbF5U533vjtMHc4vwF9RVU3X-dcFqFSKjddTTMt3B3sq1-fUMM4pr2pKi41NeBokn_ImFdZyy1AYEm37jYqMilSXQHb3WsVUHjIwUCrHd9KxD15v6YjNCabN6r0YtucDTwvxIZoNqQNOk/s400/DSC_0524.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHBqQ0NTs46xab-ZKmzRVIscLLT0KwpvfKgrOD0eZGTTLef3bXIuW1Gpp_OJB3eDd8ylkiK5r3RFG7qXFjQQKz636_06_Uv69rKv-ZSGB30RM9Q_x_xKF0PDadSKyCaBDTYRPP4-pwP_o/s1600/DSC_0718.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHBqQ0NTs46xab-ZKmzRVIscLLT0KwpvfKgrOD0eZGTTLef3bXIuW1Gpp_OJB3eDd8ylkiK5r3RFG7qXFjQQKz636_06_Uv69rKv-ZSGB30RM9Q_x_xKF0PDadSKyCaBDTYRPP4-pwP_o/s400/DSC_0718.JPG" width="225" /></a></div>
<br /></div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-78570390112439907852016-02-08T15:05:00.002-08:002016-03-10T12:49:58.350-08:00Tertúlias das Fontainhas/Riobom: A Cidade e o Urbano<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSbqLMnLgJtT7y_OIGKaeONvZPeJoXiwX5KHH6CK_EdJorsgJtMug" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Image result for FONTAINHAS" border="0" src="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSbqLMnLgJtT7y_OIGKaeONvZPeJoXiwX5KHH6CK_EdJorsgJtMug" /></a></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
TERTÚLIAS DAS FONTAINHAS/RIOBOM<br />
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A Cidade e o Urbano</div>
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Março de 2016 </div>
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(dias 5, 12, 19 e 26 pelas 17.30)</div>
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<br /></div>
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Um conjunto de encontros à mesa no Bar Galeria Plano B, sobre que programas, que proposta e projectos para a renovação do Riobom e Fontainhas. Num debate informal mas não menos complexo e rigoroso, convidando especialista de várias áreas cientificas e técnicas, residentes (os moradores dos bairros do Riobom, Moinhos, Nicolau, Guindais, etc,), responsáveis políticos e outro tipo de forças vivas da cidade.</div>
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<br /></div>
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Nestes encontros à mesa estarão em discussão as questões do direito à habitação, do direito à cidade, que modelos para a renovação do Riobom e Fontainhas. Trazendo à colação a crise da habitação e os paradigmas do mercado que estão na sua origem e que agravaram ainda mais o problema da habitação na cidade. </div>
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<br /></div>
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A habitação e a cidade nas últimas décadas converteram-se num direito universal, consagrado nas Cartas da UNESCO. Em Portugal a Constituição da República Portuguesa consagra no seu Artigo 65, ponto 1.«Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade da família».</div>
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<br /></div>
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Toda a gente sabe que os problemas da habitação têm um carácter estrutural, contudo essa natureza não pode ser condição para o adiar de soluções. </div>
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<br /></div>
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Consideramos, que a única solução para o problema deve ser encontrada na participação e na inclusão. É neste sentido e de forma despretensiosa e informal que o Laboratório de Habitação Básica Participada pretende colocar a questão envolvendo os moradores, os jovens e os idosos na procura de soluções inclusivas e sustentáveis.</div>
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<br /></div>
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PROGRAMA</div>
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<br />
1.ª Tertúlia dia 5 de Março pelas 17.30<br />
A Cidade e o Urbano: lugar, projecto e habitar<br />
Alexandre Alves Costa, Arquitecto, FAUP<br />
Adalberto Dias, Arquitecto, FAUP<br />
José Pedro Montalvão, Geólogo UP<br />
João Paulo Rapagão, Arquitecto, Univ. Lusíada<br />
Cláudia Costa, Presidente da Ordem dos Arquitectos SRN<br />
<br />
2.ª Tertúlia dia 12 de Março pelas 17.30<br />
A Cidade e o Urbano: o papel da participação popular nas políticas de habitação<br />
Manuel Carlos Silva, Sociólogo, CICS.NOVA/LAHB<br />
Fernando Matos Rodrigues, Antropólogo, CICS.NOVA/LAHB<br />
Susana Mourão, Socióloga, Câmara Municipal de Évora ( a confirmar!)<br />
Mariano Carvalho, Economista, Comissão de Moradores do Bairro do Riobom<br />
António Fontelas, Associação de Moradores da Ilha da Bela Vista<br />
Pedro Carvalho, Vereador Câmara Municipal do Porto (a confirmar!)<br />
<br />
3.ª Tertúlia dia 19 de Março pelas 17.30<br />
A Cidade e o Urbano: a cidade como ponto de encontro do Global e do Local<br />
Teresa Mora, Socióloga, ICS/CICS.NOVA-U.M<br />
Jorge Ricardo Pinto, Geógrafo, FLUP<br />
José Soeiro, Sociólogo, Deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia da República ( a confirmar!)<br />
Álvaro Campelo, Antropólogo, UFP<br />
António José Fonseca, Presidente da União de Freguesias de Cedofeita, Sto Ildefonso, Sé, Miragaia, S. Nicolau e Vitória.<br />
<br />
<br />
4.ª Tertúlia dia 26 de Março pelas 17.30<br />
A Cidade e o Urbano: programa e projecto de renovação do Riobom/Fontainhas<br />
António Jorge Fontes/André Fontes, Arquitectos, IMAGO/LAHB<br />
João Carreira, Arquitecto, MIA-ESAP<br />
José Gigante, Arquitecto, FAUP<br />
Nuno Grande, Arquitecto, FAUP<br />
Manuel Correia Fernandes, Arquitecto/FAUP, Vereador de Urbanismo Câmara Municipal do Porto<br />
<br />
Local: Adega/Mercearia do Senhor Luís, ao Passeio das Fontainhas<br />
<br />
Organização<br />
Laboratório de Habitação Básica / CICS.NOVA/Comissão de Moradores do Riobom/IMAGO.<br />
<br />
Colaboração da Rádio Manobras na transmissão das conversas sobre os temas apresentados.<br />
<br />
<br />
<div>
<div class="gmail_extra">
<div class="gmail_quote">
<blockquote class="gmail_quote" style="border-left-color: rgb(204, 204, 204); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; margin: 0px 0px 0px 0.8ex; padding-left: 1ex;">
</blockquote>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-3861006745503699512016-02-05T15:54:00.001-08:002016-02-05T15:54:55.554-08:00 III.º Seminário do Riobom A Cidade E O Direito À Habitação - Programa de Reabilitação do Riobom/Fontainhas <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Dia 27
de Fevereiro de 2016<br />
III.º Seminário do Riobom<span class="apple-converted-space"> </span><br />
A Cidade E O Direito À Habitação - Programa de Reabilitação do
Riobom/Fontainhas<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Local
Auditório da ESAH<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Arial","sans-serif";">Objectivos</span></b><span style="color: #141823; font-family: "Arial","sans-serif";"><br />
Este seminário, pretende ser um espaço de troca de experiências e de
conhecimento entre a Comunidade Africana que habita a escarpa das Fontainhas no
bairro do Riobom, (onde cultiva as suas hortas e pomares) com a equipa que
coordena o programa e executa o projecto de reabilitação desta zona. Um espaço
de troca de ideias, de experiencias com os moradores, os cientistas sociais, os
arquitectos e os políticos da nossa cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Arial","sans-serif";">Este seminário terá dois momentos distintos mas complementares.
Durante toda a manhã a equipa que elaborou o programa e projecto de
reabilitação do Riobom apresentará as conclusões desse trabalho que tem sido
discutido no âmbito da colaboração do Pelouro de Urbanismo da Câmara Municipal
do Porto, expressa na reunião de 6 de Janeiro, com a monitorização que se
realizou no Pelouro do Urbanismo com a presença do Exmo Vereador Manuel Correia
Fernandes e respectivas equipas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Arial","sans-serif";">Depois na segunda parte, que será durante a tarde a equipa de
Lisboa apresentará o seu trabalho com a implementação de programas de habitação
em contexto de barracas nas periferias da Área Metropolitana de Lisboa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Arial","sans-serif";">Em que cada um dos intervenientes possa dar a conhecer as suas
propostas e os seus trabalhos de forma aberta e transdisciplinar.
Possibilitando um debate que promova a troca de conhecimento, o levantar de
duvidas e de problemas associados à habitação para todos na cidade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Arial","sans-serif";">Este seminário também se vai desdobrar em outros dois seminários
que se vão posteriormente realizar na cidade de Braga e de Lisboa sobre a mesma
temática e com os mesmos objectivos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">9:00
- Abertura do Seminário<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Fernando Matos Rodrigues,
Director do LAHB<br />
Manuel Carlos Silva, CICS.NOVA/LAHB<br />
Rita Silva, Habita (Lisboa)<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Primeira
sessão do Seminário</span></b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;"><br />
9:30 - Programa de reabilitação para o Riobom e Escarpa das Fontainhas<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Fernando Matos Rodrigues /
António Jorge Fontes/ André Fontes/ João Carreira/José Gigante<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">!3.00
- Almoço na Tasca do Senhor Luís,<br />
Abertura da exposição sobre o Programa de reabilitação do Riobom</span></b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Visita
ao Bairro do Riobom / Escarpa das Fontainhas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Segunda
sessão do Seminário</span></b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;"><br />
tarde das 15.20 às 18.30<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">A Construção do Direito à
Habitação na Cidade. Exemplos de trabalhos na Área Metropolitana de Lisboa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Isabel Raposo, GESTUAL,
F.A.U.L.<br />
João Martins, GESTUAL<br />
Gonçalo Folgado, GESTUAL<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Debate final das 18.30 às
19.30<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Encerramento</span></b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;"><br />
Manuel Correia Fernandes, Vereador do Pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal
do Porto.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Coordenação
cientifica</span></b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;"><br />
Fernando Matos Rodrigues, Lahb / CICS.NOVA-UMinho<br />
António Jorge Cerejeira Fontes, IMAGO / lahb / UM<br />
Manuel Carlos Silva, CISC.NOVA UMinho, Prof. Catedrático da UM / Lahb<br />
Isabel Raposo, GESTUAL, Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Organização</span></b><span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;"><br />
Laboratório de Habitação Básica Participada / Observatório para o Direito à
Cidade e Habitação / CICS.NOVA-UM / IMAGO/GESTUAL-UL<br />
Com a colaboração da Comissão de Moradores do Bairro Riobom, Associação de
Moradores da Ilha da Bela Vista, Escola Secundária Alexandre Herculano, Junta
de Freguesia do Bonfim e Câmara Municipal do Porto.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 14.5pt; margin-bottom: 4.5pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.5pt;">
<span style="color: #141823; font-family: "Helvetica","sans-serif"; font-size: 10.5pt;">Inscrições: máximo 15,
valor de 20 euros<br />
Email: mat.rodrigues@sapo.pt<o:p></o:p></span></div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-14003230716132195492016-01-22T07:04:00.003-08:002016-01-22T07:33:31.522-08:00Laboratório de Habitação Básica Participada, um retorno necessário à sua matriz de origem!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<div style="line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Ilha da Bela Vista</div>
<div style="line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br />
As obras de reabilitação na Ilha da Bela Vista, obedecem a uma metodologia de arquitectura participada em contexto de não deslocação/alojamento dos residentes para outro local.</div>
<div style="line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br />
O processo foi estruturado em função das seguintes fases:</div>
<div style="line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br />
Primeira fase - elaboração do projecto de arquitectura participada, com a coordenação de Fernando Matos Rodrigues/António Jorge Fontes/ moradores/ representantes políticos. Esta fase terminou em finais de Junho de 2015.</div>
<div style="line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br />
Segunda fase - Com o licenci<span class="text_exposed_show" style="display: inline;">amento do projecto e o concurso para a construção da ilha. Envolvendo a Domus Social e a Imago, com a coordenação de José Ferreira pela Domus Social e de António Jorge Fontes e Fernando Matos Rodrigues e (Imago/Lahb).</span></div>
<div style="line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br />Terceira fase - Inicio de Obra em Dezembro de 2015. Com a implementação da primeira fase do projecto da Imago.</span></div>
<div style="line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"><br /></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; line-height: 19.32px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
A coordenação de Apoio Social ficou na tutela do Instituto Superior de Serviço Social do Porto, com coordenação de Berta Granja e José Alberto Reis, com a aplicação de um Inquérito social aos moradores.<br />
<br />
Este processo terminou com os estágios em Junho de 2015. A equipa do ISSSP ficou assim com a coordenação de duas estagiárias em serviço social que durante um ano parece que desenvolveram um Inquérito Social sobre os moradores, mas do qual nada se sabe!</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A partir de Junho de 2015, com o fim dos estágios (arquitectura: Fábio Azevedo/ Catarina Pires; Serviço Social: Ana Vieira, Inês Lima) a equipa coordenadora de Arquitectura deixou de ter contacto com a área de Serviço Social.<br />
<br />
O projecto de reabilitação é assim coordenado sub a tutela da Imago, que sempre foi independente do ISSSP. Os únicos que tinham contacto com a coordenação do Projecto eram Ant. Jorge Fontes/André Fontes e Fernando Matos Rodrigues, mais concretamente nas áreas da conceptualização, da metodologia e da participação dos moradores na elaboração do projecto de reabilitação da Ilha da Bela Vista. E Tinha no arquitecto estagiário Fábio Azevedo a coordenação dos estagiários com a equipa de projecto e de programação. </div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="line-height: 19.32px;">Por isso, se compreende que todo o projecto de arquitectura participada tenha sido desenvolvido no âmbito dos estágios à Ordem dos Arquitectos dos jovens mestres em arquitectura: Fabio Azevedo e Catarina Pires, sob orientação do Arqto António Jorge Fontes e André Fontes.</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="line-height: 19.32px;">Esta situação nada tinha de relação institucional com o ISSSP, caso fosse assim, então o ISSSP teria que assumir os custos do Projecto de Arquitectura da Ilha da Bela Vista. Aliás, no dia de apresentação do Projecto de Reabilitação da Ilha da Bela Vista, pelo Senhor Presidente de Câmara Dr Rui Moreira, é que se assinou o tal protocolo entre o ISSSP e a CMP, para pagar os estágios, e outras iniciativas, que aliás nunca vieram a ser implementadas pelo ISSSP.</span><br />
<span style="line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="line-height: 19.32px;">As maquetes, os posters que serviram de suporte à apresentação dos projectos, foram desenvolvidos na Imago e no âmbito do Estágio à Ordem que qualquer arquitecto tem de fazer para poder estar habilitado a desempenhar a profissão de arquitecto. </span><br />
<span style="line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="line-height: 19.32px;">O ISSSP ainda não tinha assinado o Protocolo e nada tinha que ver com o projecto como era natural.</span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
E o ISSSP nunca teve relação institucional com a IMAGo, enquanto autora do projecto e responsável pelo seu acompanhamento, quer em termos técnicos quer em termos jurídicos(Autoria).<br />
<br />
Com o fim dos estágios de arquitectura promovidos no âmbito do protocolo entre a CMP e o ISSSP terminava a relação que tínhamos mantido com o ISSSP.<br />
<br />
Aliás, a professora Berta Granja era uma pessoa muito ausente neste processo, muito preocupada com os acessórios e a realização de umas actas, mas de trabalho social na Ilha da Bela Vista, não conheço nenhum estudo, nenhum relatório, nenhum trabalho de apoio social. E garanto-vos que era bem necessário. Aliás, nem apresentou com em finais de Junho o Programa de Realojamento dos novos moradores. Nos meses de Junho a Setembro a equipa passou horas e horas, noite seguidas, com directas, e nunca por lá vimos ninguém do ISSSP. A não ser a companhia amiga do Prof. Arquitecto Nicolau ex-director do Mestrado Integrado em Arquitectura. A quem deixo aqui, um abraço de agradecimento.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Na realidade, o ISSSP, foi assim uma espécie de barriga de aluguer, para lançar os estágios, que diga-se de verdade, dos cinco estagiários só dois deles foram determinantes e actuantes no projecto da Bela Vista: Fábio Azevedo e Catarina Pires. Os restantes nada de relevante a não ser colaboração na parte burocrática do processo.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
O Protocolo entre a CMP e o ISSSP tinha como objectivo garantir os estágios no âmbito do programa de reabilitação da Ilha da Bela Vista. A partir daqui, todo o processo de reabilitação ficava confinado à Imago, que é a autora do projecto de reabilitação da Ilha da Bela Vista e à Domus Social entidade promotora da obra, em nome da Câmara Municipal do Porto.</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
O Laboratório de Habitação Básica volta à sua matriz inicial tal como tinha sido desenhado no âmbito na minha cadeira de Antropologia do Espaço no Mestrado Integrado em Arquitectura na ESAP (durante os anos de 1994-2014), com a colaboração dos meus colegas e alunos de arquitectura. Significa que o Lahb.Social já não tem qualquer filiação com o programa inicial que lançamos em parceria com a IMAGO.<br />
<br />
Agora, sem o Social e sem a colaboração do ISSSP, que nunca foi um parceiro muito empenhado neste processo voltamos à matriz inicial - LAHB.</div>
</div>
</div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-50315144902257405122015-12-12T05:04:00.003-08:002015-12-12T05:04:36.837-08:00PELO DIREITO À HABITAÇÃO - Manifesto<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b>UMA HABITAÇÃO DIGNA PARA TODOS<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b>A HABITAÇÃO É UM DIREITO, NÃO É UM
PRIVILÉGIO!<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b>Assembleia do Porto / Lisboa <o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b>Pelo Direito à Habitação<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b>19 / 20 de Setembro de 2015<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Numa Plataforma
Nacional promovida pela <b>Habita,
Laboratório de Habitação Básica <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
e outras organizações cívicas, reúnem-se na
Cidade de Lisboa e do Porto nos dias 19 e 20 de Setembro, inquilinos, comissões
e associações de moradores, movimentos cívicos, individualidades, organizações
pelo direito à habitação em prol de UMA HABITAÇÃO DIGNA PARA TODOS.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Nesta assembleia
pelo Direito à Habitação o objectivo central é discutir de forma aberta, participativa
e transversal o acesso a uma habitação digna, num contexto em que, infelizmente
temos cada vez mais gente sem casa, e cada vez mais casas sem gente nas nossas
cidades.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Perante este
grave problema nacional de habitação, faz todo o sentido promover uma discussão
pública em torno do direito à habitação a partir do Capitulo III – Direitos e
deveres sociais consagrados na Constituição da Republica Portuguesa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Especificamente
o artigo 65, ponto um: «Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma
habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que
preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar». <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
O Manifesto coloca
estes sete pontos em discussão e aprovação pública, de forma a contribuir para
a criação de uma Agenda Nacional Pelo Direito a uma habitação digna para todos
sem excepção. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b>Pontos
para discussão e aprovação no Plenário do Porto<o:p></o:p></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->(1)<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Revogação do Regime de Arrendamento Urbano (Lei
n.º 31/2012, de 14 de agosto, retificada pela Declaração de Retificação n.º
59-A/2012, de 12 de outubro); e da Lei n.º81/2014 – que estabelece o novo
regime do arrendamento apoiado para a habitação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->(2)<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Promover a reabilitação da habitação pública dos
centros urbanos em detrimento das actuais políticas de “fachadismo” nos blocos
de habitação social promotoras da exclusão social;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->(3)<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Criação de instrumentos legais para agilizar a
libertação das pessoas perante as hipotecas das casas;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->(4)<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Garantir uma política de socialização dos solos
em articulação com as taxas sobre imóveis devolutos, em ruína ou em abandono
nos centros das cidades de forma a evitar a especulação e a gula imobiliária;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->(5)<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Combater os fenómenos de expulsão da população
dos centros urbanos através do controlo dos arrendamentos turísticos;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Temos
assistido a uma rápida substituição dos arrendamentos residenciais para
arrendamentos turísticos, conduzindo à forte discrepância entre valores
praticáveis para arrendamento turístico e arrendamento corrente. Perante a
substituição do arrendamento para habitação pelo destinado a turismo, propõe-se
o estabelecimento de cotas de arrendamento para habitação permanente,
controlando desta forma, os fenómenos de turistificação e inflação do mercado
de arrendamento;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->(6)<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Promover o arrendamento público, não só
garantindo menor especulação do mercado do arrendamento e, consequentemente,
maior acesso a rendas controladas, como também a abolição do estigma associado
à habitação dita social;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->(7)<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Garantir uma taxa de esforço na habitação
equitativa e adequada às condições socioeconómicas hoje verificadas;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: 150%; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->(8)<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;">
</span><!--[endif]-->Promover o direito à habitação com a
implementação de políticas de trabalho socialmente digno e estável. Com uma
especial atenção para os problemas dos idosos e dos jovens no direito à
habitação. <o:p></o:p></div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-18359183916807300392015-12-12T04:49:00.000-08:002015-12-12T04:54:29.577-08:00Agostinho Ricca – cidade, habitação e (com)tradição!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Por Fernando Matos Rodrigues<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiziew43nX2AQyt8eE_09OJ2ME86dUdWqQr_oRWYgS_5KHZessgt90DWojThMiRHotgswSHKMyY8rbgB0jQUZbetYmoUjqdwiUsyKlB2hx05BSBnCPwAqo6iF0f2za3E-6wnIZXfTg9XpY/s1600/1011.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiziew43nX2AQyt8eE_09OJ2ME86dUdWqQr_oRWYgS_5KHZessgt90DWojThMiRHotgswSHKMyY8rbgB0jQUZbetYmoUjqdwiUsyKlB2hx05BSBnCPwAqo6iF0f2za3E-6wnIZXfTg9XpY/s320/1011.JPG" width="180" /></a></div>
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Falar sobre cidade e habitação a
partir da complexa e densa obra construída e projectada do Arqto Agostinho
Ricca (1915-2010) é sem dúvida um desafio e uma provocação epistemológica sobre
a função da arquitectura e do arquitecto na cidade. É também elaborar uma
reflexão crítica e interpretativa sobre as últimas décadas da história da
arquitectura na Europa e em Portugal. Enquadrando esse mesmo percurso entre a
afirmação do Movimento da Arquitectura Moderna num contexto nacional dominado
por uma ideologia conservadora que procurava na memória histórica a afirmação de
uma arquitectura revivalista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Aliás, sobre esta realidade Manuel
Mendes, considera que a «partir de meados da década de 40, a casa unifamiliar,
isolada ou de continuidade, singular ou agrupada, folclorizada num culto
anacrónico e patológico do estilo português e portuense, serviu quase
exclusivamente à consolidação-consagração de bolsas-bairros da elite portuense,
nomeadamente na zona das Antas no sector oriental da cidade, e na zona de Gomes
da Costa no sector ocidental»<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Com o advento do Movimento Moderno a
arquitectura integra-se num processo de valorização das transformações e das
utopias sociais, dá outro sentido estético e ideológico aos pretextos
funcionalistas, relaciona-se também com os movimentos plásticos, de forma a
construir uma identidade e uma autenticidade arquitectónica, tendo como base a
racionalidade construtiva e a produção estandardizada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">É neste contexto internacional de
forte criatividade e inovação conceptual e construtiva, que a obra de Agostinho
Ricca se integra e evolui de forma a acompanhar as contradições e as limitações
espitemológicas de um programa de arquitectura que se pretendia simbólico e
fracturante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;"> Agostinho Ricca vai desta forma construir um
pensamento arquitectónico que tem a sua genealogia no Movimento Moderno. É um
arquitecto claramente empenhado no e do movimento moderno. Neste sentido, vai
acompanhando as contradições e as redundâncias, as crises e as mudanças desse
mesmo movimento, dando força a uma necessidade de superar esses obstáculos com
a afirmação e a valorização das suas preocupações funcionais e construtivas inseridas
numa sensibilidade arquitectónica que se traduz na valorização do desenho, da
expressividade, da luz e da poética dos detalhes construtivos dos novos
materiais que utiliza nas suas obras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Daí se pode afirmar, que o desenho na
obra arquitectónica de Agostinho Ricca é uma espécie de ortopedia dos sentidos,
como possibilidade construtiva de epifanias da luminosidade espacial. A
arquitectura assume com Ricca o seu lado mais poético e imagético, dando
sentido antropomórfico aos espaços interiores que constrói em relação profunda
com a natureza dos materiais: o betão, a madeira, o vidro, o tijolo maciço e o
aço. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;"> Agostinho Ricca, faz-se arquitecto com uma
arquitectura na e para a cidade. Num país que vive em profundo anacronismo
estético e ideológico, ancorado ainda numa estrutura social e política
pré-moderna, que não aceita e repudia as gerações novas, que persegue e exclui
as utopias sociais. Um país que recusa o novo da modernidade e que se refugia
na identidade e na memória manipulada ao serviço de uma pátria que já não era
de Junqueiro nem de Álvaro de Campos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Lá “fora” o tempo era de mudança e de
complexidade. De inovação e de criação transversal a todas as artes. José
António Bandeirinha, considera que no moderno «mais do que uma colecta de modelos
em mimese formal, lexical ou normativa, ganhava corpo, um sistema de
aproximação entre método e obra que encadeava o devir social, as práticas
projectuais, as percepções do espaço, a identidade e a autenticidade das
matérias, as actualizações racionais da capacidade construtiva, a produção
estandardizada, as tentativas de normalização dimensional, e, por último, a
expressão plástica potenciadora pela descoberta da adaptabilidade dos novos
materiais»<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Com o advento da modernidade criam-se condições para a recusa das convenções do
passado, em benefício da utopia social e urbana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Neste vértice de crise da
modernidade, Agostinho Ricca vai se confrontar a si e à sua obra, com um pensamento
moderno já dominado por um conjunto diversificado de problemas e de
contradições. Contradições, essas, que estão na origem da sua crise ou da sua
transformação como Homem e como arquitecto. É o aparecer de um conjunto de
redundâncias técnicas que opunham racionalismo versus naturalismo,
expressionismo versus estilo internacional, funcionalismo versus organicismo. Manuel
Mendes, sobre o projecto em Agostinho Ricca, para uma casa em andares de duas
frentes na Rua de Fernão de Magalhães (1945)<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>,
se dá conta do duro constrangimento portuense, é também o grito do homem moderno
que «corre, em vão, atrás de um presente a cada instante cheio de uma fabulosa
e excessiva riqueza, em face da qual morre de sede» (E. Lourenço)<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Contudo, a arquitectura assume um
corte com o dogmatismo inicial do Movimento Moderno assente na Carta de Atenas,
com o entendimento de que a arquitectura é também o resultado de um sistema
complexo, de relações que torna possível a integração da técnica e das artes. O
princípio de que a forma era «razão mais que suficiente» para satisfazer as
exigências da qualidade espacial, deixa de responder às suas preocupações da
qualidade espacial e poética na sua arquitectura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Em Portugal, a década de 50 vai ser
um período de transição e de forte reflexão critica para com o jovem Arquitecto
que inicia a sua aventura como professor na Escola de Belas Artes do Porto. A
crise do Movimento Moderno na Arquitectura, dá origem a um processo de procura de
referencias locais, de contextualizações dando origem a explorações
organicistas e regionalistas criticas que vão ter no Inquérito à Arquitectura
Popular Portuguesa (1955 e editado em 1961) o seu marco referencial para abrir
o caminho a uma ruptura e a uma transformação de todo o pensamento do programa
arquitectónico moderno nacional com uma vertente mais humanista e cultural.
Esta crise do Movimento Moderno assinala em Portugal o retomar do sentido
integrador que parece constituir uma constante da arquitectura portuguesa<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Na cultura arquitectónica portuguesa está bem presente a confrontação entre
dois lados bem distintos. De um lado a questão da tradição construtiva e do
outro lado, a questão da modernidade e do regionalismo. É neste ambiente de
resistência face a um conservadorismo oficial, e também a um esquematismo do
Estilo Internacional que nasce o Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Neste contexto, o arquitecto e a sua
obra dialogam com a cidade, com a rua, com o lote em branco que se deseja ser
cidade. Procura fazer do desenho uma aproximação ao lugar, ao sítio, dialogando
com os contextos e com as identidades construídas da envolvente, sem
constrangimento e sem oposições dogmáticas e híper racionalistas. O projecto é
um instrumento ao serviço da harmonia, da beleza e da integração das massas e
dos volumes em contextos de cidade. O projecto é assim, uma obra singular que
se afirma na cidade com essa vontade forte de também querer fazer cidade. Jacinto
Rodrigues integra a arquitectura de Agostinho Ricca, na conjugação dos
princípios da racionalidade do moderno, na multiformalidade do organicismo e na
poética construtivista. Projectando novas formas, novas espacialidades, novas
linguagens que se traduzem numa gramática expressiva e harmónica de grande
densidade poética, capaz de criar outras escalas e outros volumes, outros
detalhes e outros cenários. A sua arquitectura permite ao Homem experienciar
outras experiencias espaciais com a criação de cenários de grande intensidade
espiritual e estética como é o caso do Parque Residencial da Boavista (anos 60
e 70). Permite a descoberta de outros territórios, de outros contextos, outras
interioridades, de outras circulações e de outras interacções. Estamos perante
uma nova concepção do espaço, da cidade e da habitação. Um polimorfismo espacial que se conjuga com
uma hierarquia espacial, de espaços de dentro e espaços do fora, uma taxonomia
construída a partir de horizontalidades semânticas e de verticalidades
graficamente evoluídas para um sentido escultórico do objecto arquitectónico,
mas integrador do habitar no contexto urbano. O exemplo, que melhor traduz este
sentido de topos, é o caso do Edificio de habitação Montepio Geral, construído
em 1960-61, na Rua Júlio Dinis no Porto. Com esta intervenção arquitectónica
procurava-se a afirmação de que a arquitectura deve dialogar e se possível deve
inscrever-se num lugar, num sítio, numa história e numa cultura. Estamos na
presença de uma construção que faz a articulação entre o espacial e o social, o
consolidado e o emergente, o contínuo e o descontínuo, o fragmento e o todo
absoluto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">A construção remete para os padrões
do movimento moderno, no etanto, a concepção global , organizada em função do
lote, do sitio, da rua, representa uma evidente libertação dos princípios ortodoxos
dos CIAM, propondo uma noção de espaço mais organicista, onde o detalhe, o
ritmo, a harmonia como que procuram a construção poética dos sentidos. Estamos
a falar dos casos do Edificio de Moradias, construído em 1949 na Rua João de
Deus. Um bloco de moradias unifamiliares, onde o sistema é o esquerdo-direito,
com escada principal. Com este sistema evitam-se custos com a construção de
galerias, desperdício de espaço, evita-se a uniformidade das tipologias,
garante-se uma relação mais directa com a rua, com a cidade e o mundo exterior.
Valorizando a individualidade da pessoa, integrando-a em espaços com identidade
urbana significativa e desta forma garantia o direito à cidade. Num espaço
heterogéneo que se materializa em forma de concha onde o ser é “coisa”
heterotopica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 200%;">Estamos na presença de uma
arquitectura de grande complexidade poética que nos remete para a valorização
de um sentido de Tempo e de Espaço. Integrado numa fenomenologia de um espaço
luminoso, etéreo e cosmológico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> Cf.
Manuel Mendes, <i>Guia de arquitectura
Moderna Porto 1901/2001</i>, Porto, edição Ordem dos Arquitectos e Editora
civilização, 2001.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> Cf. José
António Bandeirinha, “A Arquitectura Moderna: o grau zero da memória”, in <i>Arquitectura Moderna Portuguesa 1920/1970</i>,
p.24<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> Esta
casa não passou de projecto, isto é, não veio a ser construída.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a> Cf.
Manuel Mendes, <b><i>Op. Cit</i></b>. 2001.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;">
<a href="file:///C:/Users/Lahb/Desktop/Agostinho%20Ricca%20-%20Cidade,%20habita%C3%A7%C3%A3o%20e%20contradi%C3%A7%C3%A3o....docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ver o caso paradigmático da Casa que Nuno Portas e Nuno Teotónio Pereira projectam
para Vila Viçosa , em 1958, onde pela primeira vez é encarado o processo de
humanização em curso com um realismo sem precedentes e assim, se transformando em tese
experimental. A importância de responder ao problema colocado pelo sitio, pelo
ambiente e pela cultura dos utilizadores, opondo-se claramente à moda de
conseguir artificiais efeitos plásticos, ao gosto dos funcionalismos do Estilo
Internacional. <o:p></o:p></div>
</div>
</div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-31107682887786525132015-12-09T02:41:00.001-08:002015-12-09T04:42:38.402-08:00Ilha da Bela Vista - com obras de reabilitação a partir de um programa de arquitectura básica participada<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
A Ilha da Bela Vista encontra-se desde o mês de Novembro em obras de reabilitação / requalificação através da implementação de um Programa de Arquitectura Básica Participada, no âmbito do projecto desenvolvido entre o Laboratório de Habitação Básica e o Gabinete de Arquitectura IMAGO. Este programa tem como coordenadores Fernando Matos Rodrigues (Lahb), Ant. Jorge Fontes e André Fontes (Imago), numa relação institucional com a Câmara Municipal do Porto (Pelouros de Habitação, Urbanismo e da Cultura) e a Associação de Moradores da Ilha da Bela Vista.<br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;">O programa de reabilitação da Ilha da Bela Vista
obedeceu a um trabalho de equipa transdisciplinar de pesquisa na definição e na
procura de uma solução projectual que conduzisse a um plano de requalificação
de todas as casas, de todos os espaços colectivos na ilha em função das
aspirações e expectativas dos seus moradores.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; text-align: justify;"><br /></span>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: JA;">Estava-mos perante um problema de intervenção, de
transformação de um conjunto de casas, integradas em banda, com tipologias
diferenciadas, com espaços exteriores singulares onde se organizava e estruturava
a vida de uma comunidade secular. Neste sentido, toda a intervenção devia ter
como orientação esse fio de memória enquanto exercício de incorporação de
habitus, de usos, de apropriações, de forças, de presenças, de formas de
apropriação e de organização de todo um espaço que se quer habitável a uma
comunidade singular. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: JA;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: JA;">A procura de uma solução arquitectónica de
reabilitação/renovação da Ilha da Bela Vista, partiu sempre desta valorização
interactiva do contexto-ilha com o contexto rua-cidade. Sempre na tentativa de
compreender e interpretar as formas como estes moradores resolviam os seus
problemas do habitar e a partir daí incorporavam uma qualidade de viver que
lhes era necessária.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: JA;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-language: JA;"> Fosse o uso de persianas, os cobertos de entrada nas
casas, os bancos no exterior, as portas com janelas, o uso de cortinas em
substituição de paredes e de portas, possibilitando ganhos de espaço e de
ambiente, a complexidade e a diversidade dos espaços interiores, dotados de
funções múltiplas. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSZvYnJ1mvUGtMZ1w7bLcZwAgbPD-22cCKgbhyad5Jx5mATaepasWqNTa-MPnjEPnqlFW2gMU8zA8LN3lYOUlXufeXe8YsGsPhMlvYuWnOzT4wZC7yO52fPgD6_V423TSc7CgmbVXw4nQ/s1600/464.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSZvYnJ1mvUGtMZ1w7bLcZwAgbPD-22cCKgbhyad5Jx5mATaepasWqNTa-MPnjEPnqlFW2gMU8zA8LN3lYOUlXufeXe8YsGsPhMlvYuWnOzT4wZC7yO52fPgD6_V423TSc7CgmbVXw4nQ/s320/464.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW9nyFKkf2XFY2bmqyDtEdsvo-azu957_VUJN0HYQlf24__19-bDiBbUggWEQxV2Y6-XyeRT1RPTqwkNFQWQZzMouMzNcuwN1uIbwyj9PmLvc37HKr-QpidILkS1jA4h2iQ3PjpLWlUR4/s1600/465.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW9nyFKkf2XFY2bmqyDtEdsvo-azu957_VUJN0HYQlf24__19-bDiBbUggWEQxV2Y6-XyeRT1RPTqwkNFQWQZzMouMzNcuwN1uIbwyj9PmLvc37HKr-QpidILkS1jA4h2iQ3PjpLWlUR4/s1600/465.JPG" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinTP0Wx0ePu_dV_fapaie2STSm1qda3p7uiOR6lvz0nlWSneR6gjC2YGGhjCWNbuhS1TBThhycapUu6Jw_IlWL-0S8nBrqXzv8VIR-1FJtaHGwYuyQ3AOno97xrr2JmQwEVel9c3NadEo/s1600/466.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinTP0Wx0ePu_dV_fapaie2STSm1qda3p7uiOR6lvz0nlWSneR6gjC2YGGhjCWNbuhS1TBThhycapUu6Jw_IlWL-0S8nBrqXzv8VIR-1FJtaHGwYuyQ3AOno97xrr2JmQwEVel9c3NadEo/s1600/466.JPG" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5vfeErbbTl0isP57hleLUJ709SdUCVgXpoNBUlyAOjWH8LWIjDwf_z0tpoog67MNVAqQ3snSTGb8yfUbNttnZwWDKM_aP20bYVS-OLH_juDbgBqdRaj_3jzRhsBkEPwZeXc9X1ZaKyCU/s1600/468.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5vfeErbbTl0isP57hleLUJ709SdUCVgXpoNBUlyAOjWH8LWIjDwf_z0tpoog67MNVAqQ3snSTGb8yfUbNttnZwWDKM_aP20bYVS-OLH_juDbgBqdRaj_3jzRhsBkEPwZeXc9X1ZaKyCU/s320/468.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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As obras dizem respeito à implementação da 1.ª fase de reabilitação da Ilha da Bela Vista, Rua D. João IV, Bonfim - Porto.</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-23383370396082783852015-08-25T06:39:00.001-07:002015-08-25T06:39:22.542-07:004 boas razões para lutar pelo direito à habitação <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<img alt="HABITA" height="113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Uk0zuQujdsXinOujQlH6y9OyCiRr1fdx3qrrUgSxr8UUDm6kjUqGu-5dXeMZUywoW5_2x_npsgGyDWKjysRvO8f80oXsve4VkLsdYi8Rey5YnR8JeK6Dwx5hS9pihCZizSsbddBIQzo/s320/banner+artigo+constitui%25C3%25A7aoBLOG+%25282%2529.jpg" width="320" /><br />
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<div class="fauxcolumn-outer fauxcolumn-left-outer" style="background-color: white; bottom: 0px; color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; left: 0px; overflow: hidden; position: absolute; top: 0px; width: 0px;">
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<div class="fauxcolumn-outer fauxcolumn-right-outer" style="background-color: white; bottom: 0px; color: #666666; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; overflow: hidden; position: absolute; right: 0px; top: 0px; width: 310px;">
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<div class="widget Blog" id="Blog1" style="line-height: 1.4; margin: 0px; min-height: 0px; position: relative;">
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<h2 class="date-header" style="font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 0px; position: relative;">
<span style="background-color: #e06666; color: white; letter-spacing: 3px; margin: inherit; padding: 0.4em;">segunda-feira, 24 de agosto de 2015</span></h2>
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<div class="post hentry" itemprop="blogPost" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="margin: 0px 0px 45px; min-height: 0px; position: relative;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="8240532031389426154"></a><h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="font-size: 22px; font-stretch: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 0.75em 0px 0px; position: relative;">
Convocatória : 4 boas razões para lutar pelo direito à habitação</h3>
<div class="post-header" style="font-size: 10.8000001907349px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;">
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<div class="post-body entry-content" id="post-body-8240532031389426154" itemprop="description articleBody" style="font-size: 13.1999998092651px; line-height: 1.4; position: relative; width: 496px;">
<div class="separator" style="clear: both;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-TpZr8_r4Yho/Vdxayrox9LI/AAAAAAAAAo8/ipIc1S2771s/s1600/Sem%2BT%25C3%25ADtulo.png" imageanchor="1" style="color: #33aaff; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="http://1.bp.blogspot.com/-TpZr8_r4Yho/Vdxayrox9LI/AAAAAAAAAo8/ipIc1S2771s/s400/Sem%2BT%25C3%25ADtulo.png" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="400" /> </a><br /><br /><b>||| Porque a habitação é um elemento fundamental da vida humana</b><br /><br />A habitação é um elemento fundamental à vida humana. Sem esta não há segurança, saúde, dignidade, nem a vivência plena de todos os direitos fundamentais. O direito à habitação está consagrado na Constituição da República Portuguesa, assim como no Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais, ambos em vigor na ordem jurídica portuguesa há cerca de quatro décadas.<br /><br /><b>||| Porque ter que escolher entre ter comida no prato e pagar a renda da casa é inaceitável</b><br /><br />No entanto, a habitação não é um direito garantido às famílias e são cada vez mais as pessoas que enfrentam problemas relacionados com o acesso ou com a manutenção da habitação. Os problemas são múltiplos e verificam-se em todas as modalidades de acesso à habitação - arrendamento privado, arrendamento público/social ou crédito à habitação. Afectam ainda, e de forma particularmente gravosa, quem não consegue aceder a nenhuma dessas modalidades de acesso à habitação.<br /><br />O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e os municípios, em particular os das áreas metropolitanas do país – Lisboa e Porto -, têm enormes listas de espera de habitação municipal, sem que haja resposta à maioria dos casos. Enquanto isso, multiplicam-se as situações de despejo em especial no arrendamento privado, na habitação social e no bairros auto-construídos. No crédito à habitação, os bancos recebem casas de famílias que já não conseguem pagar as prestações, muitas vezes mantendo parte considerável da dívidas. São crescentes os casos as famílias entram num ciclo sobre-endividamento, para evitar perder a casa. Muitas pessoas afectadas pela falência vêem a sua casa penhorada.<br /><br /><b>||| Porque há cada vez mais pessoas sem casa</b><br /><br />As políticas de austeridade vieram piorar a situação. Por um lado, o agravamento da situação económica, nomeadamente o aumento do desemprego e a redução dos rendimentos, contribuiu para enfraquecer a capacidade das famílias em fazer face às despesas com habitação. Por outro, as novas leis aprovadas após o início da crise em vez de responderem às dificuldades, protegendo as famílias em situação de vulnerabilidade financeira, vieram antes piorar o cenário. As leis de protecção de famílias sobre-endividadas definiu critérios nos quais não cabe ninguém. A nova lei das rendas aumentou as rendas antigas e facilitou os despejos. Aumentaram os casos de demolições massivas, violentas e racistas em bairros auto-construídos. A lei das rendas sociais manteve os valores de renda muito elevados e tornou mais insegura e precária a permanência continuada na habitação.<br /><br />A situação relativa à habitação é cada vez mais insegura e precária. Muitas são as famílias que, com rendimentos baixos e cada vez mais reduzidos, despendem mais de 40% do seu salário com despesas de habitação. Não é por isso surpreendente que as pessoas deixem de ter capacidade de pagar a casa, não existindo respostas nem alternativas dignas. Um dos efeitos da inércia face a esta situação de autêntica emergência social é o aumento da sobrelotação: em 2011 haviam mais de 500 mil casas sobrelotadas; hoje, estima-se que esse valor estará perto dos 700 mil. Um outro efeito, ainda mais dramático, é o crescimento do número de pessoas a ficar sem tecto e a dormir na rua.<br /><br /><b>||| Porque se não lutarmos o direito à habitação continuará a ser letra morta</b><br /><br />Se não dermos visibilidade ao problema, se não o colocarmos na discussão pública, se não chamarmos todos/as a pronunciarem-se, se não nos organizarmos e reforçarmos mobilização, o direito à habitação continuará ser letra morta.<br /><br />Acreditamos que nós, quem luta pelo direito à habitação, nas suas diferentes dimensões - grupos, associações diversas, comissões de moradores/as, bairros, famílias -, temos de nos juntar, na nossa riqueza e diversidade, e potenciar uma luta conjunta pelo direito à habitação, em articulação com as lutas específicas de cada um e cada uma. Precisamos de trilhar um caminho assente no conhecimento e respeito mútuo; a partilha de análise, de recursos, de estratégias; o exercício da solidariedade nas diversas lutas; a articulação, a acção coletiva e a construção de um movimento social com muitos e muitas protagonistas e lideranças, com diversidade e autonomia.<br /><br />Apelamos a todas as pessoas e organizações que se identificam com esta causa, que acreditam que a habitação é um direito, para iniciar um processo de luta conjunta.<br /><br />Propomos a organização conjunta de um ato público pelo direito à habitação, no centro da Cidade (quiçá pelo menos em Lisboa e no Porto), que dê visibilidade às nossas lutas, aos diversos grupos, bairros, associações; que discuta a necessidade de uma nova política de habitação, assim como reivindicações imediatas que respondam à situação de emergência vivida no país, ao nível da habitação.<br /><br />Essa será também uma oportunidade de interpelar os partidos políticos e candidaturas para esclarecimento de quais as são suas propostas e os seus compromissos em relação ao direito à habitação.<br /><br /><u>O encontro de preparação da luta pelo direito à habitação realizar-se-á no dia 31 de Agosto, segunda-feira, pelas 18h, na Rua dos Anjos, nº 12 F, Lisboa (Junto ao Largo do Intendente) e no Porto , em local a definir .</u><br /><br />Primeiros subscritores da convocatória:<br /><br />___COLECTIVOS___<br /><br />Associação de Moradores da Cruz Vermelha<br />Comissão de Justiça, Paz e Ecologia dos Religiosos/as<br />Comissão de Moradores do Bairro da Boavista<br />Habita – Associação pelo direito à habitação e à cidade<br />Left Hand Rotation<br />Movimento Uma Vida como a Arte<br />Precários Inflexíveis<br />Solid-Associação promotora dos direitos sociais, culturais e laborais<br />SOS Racismo<br />União de Sindicatos de Lisboa<br /><br /><br />___INDIVIDUAL___<br /><br />Carlos Ferreira Cruz<br />Catarina Moreira<br />Cláudia Múrias<br />Cristina Pires<br />Fernando Baião<br />Fernando Matos Rodrigues<br />Frei Rui Manuel<br />João Baía<br />João Edral<br />Jonas Vosssole<br />Jorge Falcato<br />Judite Fernandes<br />Luísa Rego<br />Magdala Gusmão<br />Mamadou Ba<br />Margarida Garrido<br />Maria Emília Guedes<br />Nuno Franco<br />Paulo Moreira<br />Ricardo Loureiro<br />Rui Manuel Rodrigues<br />Rui Viana Pereira<br />Sandra Carvalho<br />Sandra Cunha<br />Simone Tulumello<br />Susana Mourão<br />Vítor Lima<br />Yves Cabannes</div>
</div>
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Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-57170872948216455322015-02-07T07:44:00.003-08:002015-02-07T07:45:52.097-08:00O PROCESSO SAAL 74/76 -um programa de habitação com direito à cidade<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><img src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR0RA-AAzhtyZSdceYBH8_L5Ob4DO_QySBOZ7MqFsOeP_2TSetKPA" style="text-align: left;" /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 247.8pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> FernandoMatosRodrigues<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 247.8pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Este trabalho tem como
objectivo principal reflectir sobre a Operação SAAL (Serviço de Apoio
Ambulatório Local), enquanto programa de habitação com direito à cidade, que
decorreu entre Agosto de 1974 e Outubro de 1976, envolvendo os movimentos
sociais, as Comissões e as Associações de Moradores, integrados nos Movimentos
pelas Lutas urbanas pós 25 de Abril de 1974 em Portugal, num contexto de
profunda carência de habitação nas cidades do Porto e de Lisboa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Margarida Coelho,
responsável pelo SAAL Norte, considerava que no Porto já havia um <i>«passado de luta pela habitação, e uma
expectativa na mudança política pós 25 de Abril»</i> Aliás, não é por acaso que
as primeiras movimentações se deram nos Bairros Camarários, no dia seguinte ao
25 de Abril, onde viviam algumas milhares de pessoas, sob um regulamento de
utilização da habitação, que interferia com a vida privada, atentatório da
liberdade e digno de um Estado totalitário (Coelho,1986, p.622). No 1 de Maio
de 1974, os Moradores do Bairro Camarário de S. João de Deus, no Porto,
manifestam-se junto ao Quartel-General e apresentam o seu caderno
reivindicativo, o primeiro contra o regulamento camarário em vigor. Em 26 de
Maio, manifestação em frente da Câmara Municipal do Porto contra o regulamento
fascista dos Bairros Camarários<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Assistisse a um conjunto de
manifestações centradas em problemas concretos da habitação, que condicionavam
os seus moradores e eram sem dúvida, causa de muita insatisfação popular.
Estamos perante a formação de uma maior consciência do direito à habitação e do
direito à cidade, que o 25 de Abril de 1974 possibilitou a todos aqueles que se
sentiam excluídos de um direito que o próprio Estado não garantia e,
indignamente lhes negava. Com o SAAL, a habitação deixa de ser um problema e
transforma-se num direito, pelo facto de ser considerada um bem de primeira
necessidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nuno Portas considera que «de
certo modo, a habitação e, sobretudo, as barracas, foram sempre a grande
bandeira reivindicativa ao longo de todo o pós-25 de Abril; já era, de resto,
antes do 25 de Abril, uma das maneiras privilegiadas e das poucas admitidas ou
toleradas de dizer mal do governo» (1986, p.635). A habitação é assim,
entendida nas suas funções mais básicas de elemento material e físico, que
permite a construção de um espaço essencial para a reprodução da instituição
familiar, e um espaço de integração social e de socialização alargada. O 25 de
Abril foi assim, uma espécie de apoteosis da exterioridade absoluta, a mais
radical das exteriorizações populares pelo direito à habitação na cidade. Todo
o morador, residente nos bairros camarários, nas ilhas, ou nos bairros
clandestinos da cidade, utilizou este momento de explosão de liberdade para
tomarem consciência dos seus direitos, como multidões sem território, sem
cidade, sem habitação, sem lugar; numa cidade que os deslocou, vigiou e
marginalizou nos blocos periféricos. Populações errantes, condenadas a
dissolverem-se num urbano periférico e desinfraestruturado, excitado por um
nomadismo sem fim e sem sentido. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As últimas décadas do Estado
Novo foram marcadas por um conjunto de Politicas de Habitação centradas num
programa de vigilâncias intensivas em nome da manutenção da ordem pública e da
salubridade social que conduziu à destruição de casas, de ilhas, de bairros em
nome da salubridade e das políticas higienistas da época. Deslocando os
moradores da cidade para as periferias desumanas, densificadas por blocos em
altura tipo gavetas onde se arrumavam famílias, homens, mulheres, crianças e
velhos. Rompendo com laços de vizinhança e de família, empurrando os antigos
moradores das ilhas para uma situação social de desterrados da vida urbana. O
problema da habitação em Portugal era muito grave, com um Estado e respectivas
Câmaras Municipais sem capacidade de darem resposta na proporção adequada ao
problema que se agrava com a concentração das classes rurais que se deslocam do
campo para a cidade. As medidas do Estado Novo concentradas nas Politicas
de habitação com o programa das casas económicas do ministro Cancela de Abreu
não foram suficientes e justas na distribuição e na resolução do problema da
habitação, pelo contrário agravaram o problema com a deslocalização das
populações que viviam no centro das cidades para os bairros periféricos à
cidade consolidada. Mais tarde com as Politicas de Melhoramentos do ministro
Arantes de Oliveira o programa desenvolvido na habitação em blocos levou à
concentração, à exclusão de muitas famílias que moravam no centro da cidade do
Porto e que foram empurradas para fora da cidade, integradas em blocos e
sujeitas a regulamentos que condicionavam a liberdade dos seus moradores desde
o espaço interior das suas casas até aos espaços colectivos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">No Porto o problema da
habitação concentra-se no Plano de salubrização das "Ilhas" de
1956 com a remodelação urbanística da cidade tendo como objectivos «como a
melhoria das condições de alojamento de uma parte importante dos seus
habitantes moradores nos bairros mais antigos e nas tradicionais ilhas
portuenses». Este plano enquadrava-se numa visão mais ampla de requalificação
da cidade, mais especulativa e imobiliária, pela vontade dos poderes na
afirmação de «valorização da cidade velha, os de trânsito, os de expansão da
cidade», em sintonia com a remodelação urbana da cidade fisica e social
centrada na «luta contra a insalubridade inaceitável e perigosa, quer sanitária
quer moralmente, duma forte percentagem da população de mais modestos recursos,
alojados nas ilhas». A insatisfação começa com as rendas excessivas para as
camadas populares insolventes, com regulamentos centrados no higienismo social
e na salubridade pública que comprometiam a liberdade dos moradores e a sua
identidade social e cultural. Com a exclusão dos antigos moradores do centro da
cidade, onde viviam e onde trabalhavam e tinham já estabelecido vínculos de
integração e de socialização fortes com a cidade. Estes fenómenos levou ao
aparecimento de movimentos sociais, segundo Nuno Portas que <i>«contestam o regime em torno do tema da
habitação, quer pelo lado da exigência de nova habitação, quer pelo lado da
ocupação das devolutas, quer pelo lado da problemática das rendas,
especialmente dos sub-alugas, no caso do Porto»</i> (1986, p.636).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> O Programa SAAL vem sem dúvida
centrar o problema da habitação no contexto do Direito à Cidade e no Direito á
Habitação, apresentando um programa de habitação para a cidade e para as
classes insolventes que pela primeira vez se ajusta à realidade social e
económica destas classes desfavorecidas, marginalizadas pelo mercado de
arrendamento e pelas políticas de habitação que não lhes garantiam um direito à
habitação na cidade. Esta consciência de luta social organizada, ganha
expressão e consciência, quando dela resulta a conquista de um direito a uma habitação
digna. A expressão «POPULAÇÃO ORGANIZADA, HABITAÇÃO CONQUISTADA», traduz bem
esse processo de luta social em torno da habitação. Valorizando o
descontentamento, ouvindo os moradores, reforçando as Comissões de Moradores e
as suas Associações em sintonia com as Brigadas Técnicas do SAAL que em
mediação e participação davam origem a programas de habitação integrados na
cidade para as classes mais pobres. Neste sentido, o 25 de Abril desencadeia
uma nova fase de luta pelo direito à habitação marcada fundamentalmente, pela
poderosa iniciativa dos moradores dos bairros pobres que se organizam e levam a
cabo processos reivindicativos e acções sucessivamente mais agressivas que o
então articulado aparelho de estado dificilmente podia conter<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Um Programa de habitação
complexo, mas com uma metodologia simples mas eficiente na forma como envolveu
as partes na resolução do problema da habitação popular. Um programa que
defende a participação na definição do programa que se quer e onde se quer
instalar, com as populações a decidirem pelo direito à cidade. Com a
possibilidade de expropriação e tomada de posse do solo urbano necessário à
implantação e ao desenvolvimento desse mesmo programa. Nuno Portas assume
que se tratou de «uma iniciativa do governo, com um caracter experimental», daí
toda a sua informalidade e capacidade de se adaptar às situações, com uma
originalidade e criatividade específicas, contextualizando as soluções das suas
operações. Referindo que, <i>«os projectos
iniciavam-se logo que se constituíam as comissões de moradores, os terrenos
estavam a escolher-se e, entretanto, iam-se preparando os decretos que deveriam
consolidar o processo» </i>(1986, p.637).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Estamos perante o Direito ao
uso do solo urbano por parte das camadas populares da cidade do Porto,
acontecimento verdadeiramente revolucionário, no sentido amplo do termo. Pela
primeira vez a distinção entre cidade e urbano, entre cultura urbana e
territorialidades urbanas, entre classes integradas e classes desintegradas,
entre aqueles que possuem o direito ao solo urbano e aqueles que são excluídos
desse direito, deixam de ter algum sentido social e político. É a plena
democratização do solo urbano, é uma espécie de reforma agrária da cidade que
possibilita a ocupação de casas abandonadas e a posse imediata do solo
disponível para a instalação de casas para as famílias que viviam na cidade sem
conforto, sem qualidade, sem uma habitação digna desse nome. Nuno
Portas, considera que um dos problemas mais importantes do Programa SAAL é
aquele que tem «uma incidência urbanística do problema», isto é, «trata-se de
reconhecer um direito à permanência no sítio que as comunidades já habitavam
ou, o que é o mesmo, tratava-se de reconhecer uma certa continuidade às
comunidades que viviam em condições de habitação más, mas em áreas que muito
provavelmente lhe serviam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Este reconhecimento do
direito ao sítio era também um pau de dois bicos». Portas abria assim, a
possibilidade de as populações poderem escolher outra solução fora do lugar de
origem. Com todos os problemas que daí podem vir, desde a deslocalização por
interesses imobiliários, ou por pressão política dos planos ao serviço de
outras estratégias urbanas. Programa SAAL desde cedo se transforma num processo
de participação activa pelo direito à cidade e à habitação na cidade. O espaço
social ocupa as preocupações das jovens brigadas técnicas, que envolvida neste
imaginário de liberdades plenas acredita na transformação, na revolução, na
arquitectura como instrumento para a democratização do direito à habitação
daqueles que foram sempre estigmatizados e excluídos de uma habitação digna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 3.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A nossa intervenção neste
Congresso não pretende ser uma celebração nostálgica do SAAL, mas um pretexto
para aprofundar e valorizar os instrumentos de mediação e participação em
função de um conjunto de práticas arquitectónicas que tinham como princípios
fazer uma arquitectura de baixos custos e sem grande manutenção, onde a
simplicidade do desenho não fosse um bloqueio à criação poética das formas
arquitectónicas, mas cujo objectivo principal era resolver o problema da
habitação das classes pobres e insolventes das nossas cidades.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Hoje, podemos de novo,
levantar a questão da necessidade de re-inventar processos e instrumentos
da arquitectura participada na resolução dos problemas que afectam as classes excluídas
do direito à cidade e do direito à habitação, de forma a possibilitar que a
habitação digna se transforme num bem social por direito, cumprindo com os
acordos internacionais que o governo da nossa república subscreveu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> O
problema da relação entre propriedade fundiária e poder político está cada vez
mais actualizado, e as vitimas já não são só as antigas classes populares, mas
todos aqueles que são excluídos do direito à cidade e à habitação (jovens
estudantes, famílias da classe média, quadros superiores e operários
qualificados e não qualificados, mulheres e crianças). Estamos perante
processos de marginalização e de segregação na cidade. Com a existência de
conflitos abertos entre os interesses da promoção imobiliária e os instrumentos
da burocracia politica que define planos e investimentos públicos sem coesão
social. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ainda, sobre a problemática
da cidade e da habitação, </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Siza Vieira
(1986, pp. 37 e ss.), considera por exemplo, que <i>«a existência de duas cidades: a aparente e representativa e a cidade
escondida dos interiores de quarteirão, dos pátios e das ilhas» </i>nos deve
conduzir para uma reflexão séria em torno da habitação e do direito à cidade,
única forma de combater a deslocação e a exclusão das classes operárias
(“insolventes”) do direito à habitação digna na cidade do Porto.</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Siza Vieira coloca o acento na valorização do direito à cidade
independentemente da sua relação com a rua, com o quarteirão. Este direito à
cidade é também um instrumento de resgatar a cidade escondida, a cidade dos
outros, a cidade marginalizada. Para Siza a intervenção arquitectónica deve ser
um instrumento para fazer cidade, para cozer a cidade nas suas diversidades
espaciais, sociais e culturais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Para Siza Vieira (1987, p.37) a arquitectura só se legitima como
disciplina, como linguagem e gramática ao serviço da cidade, quando se
transforma num instrumento que <i>«transforma
a cidade, lugar por excelência da Arquitectura».</i> Afirma, também que <i>«o arquitecto não pode actuar (participar)
imitando a espontaneidade que não tem; nem fechando-se numa produção supostamente
erudita, quando a transformação da Arquitectura e da Cidade sempre assentou no
cruzamento, mestiçagem, inovação e continuidade, procura de resposta aos
problemas do quotidiano e ânsia de aventura» </i>(1987, p.39). <i> <o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Siza Vieira interioriza e objectiva de forma lucida o problema da
habitação na cidade quando nos fala desta «cidade marginalizada e tolerada».
Mas como o próprio atira de seguida, «indispensável ao desenvolvimento da
cidade». Enaltece a resistência da cidade, perante os escassos meios à disposição
de programas com objectivos de construção de pequenas unidades de habitação
periférica, onde predominavam regulamentos de controle fascista.</span></i><sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><!--[if !supportFootnotes]--><sup><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title="">[4]</a></span></sup><a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><!--[endif]--></a></span></sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><sup><br /></sup></span></sup></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Siza Vieira
relaciona o aparecimento da Operação SAAL no contexto da crise de Arquitectura
e da Cidade Contemporânea, o que conduz a uma espécie de sobressalto, que
encontra em Portugal, depois do 25 de Abril de 1974 um clima favorável para a
experiência, inovação e abertura na procura de novas soluções. Siza Vieira
(1987, p. 39) afirma que <i>«não creio
distorcer a realidade, ao afirmar que esse período criativo participativo, de
exteriorização da cidade escondida, <b>num
percurso da casa pobre ao Plano</b>, quase não tem seguimento»</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">No contexto da
Revolução do 25 de Abril de 1974, o problema da habitação na cidade do Porto
ganha uma dimensão social, política e cultural que mobiliza milhares de
moradores das “Ilhas” da cidade e associações de moradores dos bairros
populares pelo direito a uma habitação digna. Poderemos considerar que se
tratou de um verdadeiro e complexo movimento social urbano em torna de <i>«Casas Sim, Barracas Não»</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoFootnoteText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Esta consciência do direito à habitação e à cidade, leva Alexandre Alves
a Costa<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftn5" name="_ftnref5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a> a considerar que <i>«tínhamos a percepção de que, além das
construção e concretização de uma política de habitação, o SAAL foi terreno
para uma reflexão sobre a cidade e o estabelecimento de novas metodologias de
intervenção que, tendo como princípio os mecanismos da democracia directa, <b>garantissem o direito à cidade e ao lugar</b>,
como travões à sua estratificação classista e à especulação imobiliária, bem
como o compromisso com todo o património edificado e com os seus valores
históricos e culturais»</i> (Alves Costa, 2014, p.10).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Num debate promovido na Associação de Moradores da Bouça sobre O SAAL, o
arquitecto Álvaro Siza Vieira reafirma o seu pensamento, de que com o SAAL a
preocupação do projectista <i>«vai desde a
sala e o banho até à cidade».</i> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><i><br /></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Com a Operação SAAL (serviço Ambulatório Local) programa desenvolvido
entre Agosto de 1974 e Outubro de 1976, criado pelo Despacho conjunto dos
Ministérios do equipamento Social e Ambiente e da Administração Interna em 31
de Julho de 1974, com o intuito de dar apoio às populações que se encontravam
alojadas em situações precárias, o SAAL surgiu como um serviço descentralizado
que, através do suporte projectual e técnico dado pelas brigadas que actuavam
nos bairros degradados, foi construindo casas e novas infra-estruturas, foi
oferecendo melhores condições habitacionais às populações mais carentes (Alves
Costa, 2014, p.13). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Neste enquadramento de princípios e de metodologias de intervenção e
participação, envolvendo os moradores, as comissões e as associações, na
definição de um programa para melhor resolver as carências habitacionais,
aparece logo a ideia de que toda a filosofia do SAAL é contra qualquer tipo de
intervenção que deslocalize os moradores dos seus locais de residência. Este princípio
é possível com um suporte político revolucionário de expropriações e de tomadas
de posse administrativas imediatas dos solos e bairros disponíveis para
responder a estas carências e respeitando o direito ao sítio e à morada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Referências Bibliográficas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">ALGUNS ASPECTOS DA
ACTUAL SOCIEDADE PORTUGUESA. Mensagem dos Bispos ao Povo de Deus no Ano da
Doutrina Social da Igreja</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">. Lisboa, Edição do Secretariado Geral
do Episcopado, 1991.<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">BANDEIRINHA,
José António (2014) <i>O Processo SAAL e a
Arquitectura no 25 de Abril de 1974</i>. Coimbra, Imprensa da Universidade de
Coimbra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">BAPTISTA,
Luís V. (1999) <i>Cidade e Habitação Social</i>.
Oeiras, Edições Celta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">BARBOSA,
Ana; et. Ali. (1972) <i>OCUPAÇÃO. Bairro do
Bom Sucesso em Odivelas, Por 48 Famílias de Barracas</i>. Porto, Edições
Afrontamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">BORJA,
Jordi (1988) Estado y Ciudad. Barcelona, PPU.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="FR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: FR;">CABRAL, Manuel Villaverde (1976) <i>O Desenvolvimento do capitalismo em Portugal no século XIX</i>. Lisboa,
A Regra do Jogo.</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="FR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: FR;">CASTORIADIS, Cornelius (1986) <i>Los Dominios del Hombre. Las encrucijadas del laberinto</i>. Barcelona,
Editorial Gedisa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="FR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: FR;">CASTELS, Manuel (1972) <i>La Question Urbaine</i>. Paris, François Maspero.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span lang="FR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: FR;">CASTELLS, M. (1979) <i>Problemas de
Investigação em sociologia Urbana</i>. Lisboa, Editorial Presença.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="FR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: FR;">CHEVALLIER, Lois (1969) <i>Classes laborieuses et classes dangereuses à Paris pendant la premiére
moitié du XIX siécle</i>. Paris, Plon.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="FR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: FR;">COSTA, Alexandre Alves ; SIZA, Alvaro ;
GUIMARAES, Carlos ; MOURA, Eduardo Souto ; FERNANDES, Manuel Correia
(1979) «SAAL / NORTE. Balanço de uma experiencia» in <i>CIDADE CAMPO. Movimento Popular E Prática Urbanística Em Portugal</i>
(José A. Ribeiro, Editor)<i> </i>Porto,
Ulmeiro, n.º 2, 16-60.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">ENGELS, Frieddrich (1971) <i>A Questão do Alojamento</i>. Porto, Cadernos para O Diálogo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">FERREIRA, A.F. (1987) <i>Por
uma Nova Política de Habitação</i>. Porto: Edições Afrontamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">FERREIRA, Vitor Matias (1975) <i>Movimentos Sociais Urbanos e Intervenção Política</i>. Porto: Edições
Afrontamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">GROS, Marielle Christine (1982) <i>O ALOJAMENTO SOCIAL SOB O FASCISMO.</i> Porto: Edições Afrontamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">GOTTDIENER, Mark (1993) <i>A PRODUÇÃO SOCIAL DO ESPAÇO URBANO</i>. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">GONÇALVES, Fernando (1972) <i>A Propósito do Plano de Chelas. Urbanizar e Construir para Quem?</i>
Porto: Edições Afrontamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">HARVEY, David (1992) <i>URBANISMO
Y DESIGUALDAD SOCIAL</i>. Madrid: Siglo Veintiuno de España Editores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">HERNÁNDEZ PEZZI, Carlos (2010) <i>Ciudades
contra burbujas</i>. Madrid: Libros Catarata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">JAMESON, Fredric (2000) “El ladrillo y el globo:
arquitectura, idealismo y especulación inmobiliaria” in <i>NEW LEFT REVIEW</i> (Robin BLACKBURN, Editor), Madrid: Ediciones Akal,
número 0, Janeiro, pp.163-189.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span lang="FR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: FR;">LEAL, J. (2003) «Segregación social y mercado de vivienda
en las grandes ciudades » <i>Revista
Española de Sociología</i>, 2.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">Livro Branco do
Saal – 1974/1976.</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;"> Vila Nova de Gaia, Edição Membros Efectivos do VI
Conselho Nacional do SAAL, 1976.</span><span lang="FR" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: FR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">MATOS, Fátima Loureiro de (1994) «Os bairros sociais no
espaço urbano do Porto: 1901-1956» in <i>ANÁLISE
SOCIAL</i>, vol. XXIX (127), (3.º), 677-695.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">MARX, Karl (1974) <i>Sociedade
E Mudanças Sociais</i>. Lisboa: Edições 70.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">OLIVEIRA, Paula de; MARCONI, Francesco (1978) <i>Politica y Proyecto. Una experiencia de base
en Portugal</i>. Barcelona: Editorial Gustavo Gili.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">O Processo SAAL. Arquitectura e participação 1974-1976.
Catálogo da Exposição. Porto: Edição Serralves, 2014.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">PORTAS, Nuno (1987) “The S.A.A.L. Program “ in <i>CADERNOS DO NOROESTE. HABITAR: MODOS E
MODELOS. Arquitectura e Habitação Social</i>. (Manuela MARTINS, Director),
Braga, Edição Centro de Ciências Históricas e Sociais da Universidade do Minho,
Vol.9, Nº1, pp.35-44.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">POPULORUM
PROGRESSIO</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">. <i>Carta Encíclica
de S. S. Paulo VI Sobre o Desenvolvimento dos Povos.</i> Porto, Edições
Paulistas, 1967.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">VELHO, Gilberto (1978) <i>A Utopia Urbana. Um Estudo de Antropologia Social</i>. Rio de Janeiro:
J.Zahar Editor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoList2" style="margin-left: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;">RAPOSO, Isabel (1987) “A habitação social no campo: dos
aldeamentos coloniais às aldeias comunais (Manica, Moçambique)” in <i>CADERNOS DO NOROESTE. HABITAR: MODOS E
MODELOS. Arquitectura e Habitação Social.</i> (Manuela MARTINS, Director),
Braga, Edição Centro de Ciências Históricas e Sociais da Universidade do Minho,
Vol.9, Nº1, pp.55-76. RODRIGUES, Fernando Matos (2012) “Movimento Nacional de
Auto-Construçãodurante o Estado Novo.O Problema da habitação em meados do
século XX” in <i>TRIPEIRO</i> (Rui MOREIRA,
Director) 7ª Série, Ano XXXI, n.º 5, Maio. Número temático dedicado a NUNO
PORTAS A GRANDE REFERENCIA DO URBANISMO EM PORTUGAL.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 8pt;">
Antropólogo e Investigador no Centro de Investigação em Ciências Sociais da
Universidade do Minho. Director do Laboratório de Habitação Básica e social.
Mestre em Antropologia Social pelo ICS da Universidade do Minho, prepara tese
de doutoramento sobre Antropologia e Sociologia da Habitação no ICS – Minho.
Licenciado em História e Especialista em Estudos Medievais pela FLUP. Concluiu
o Curso de Doutoramento em Teoria de Arquitetura e Projecto Arquitectónico na
ESTA-Univ. Valladolid Espanha. Fundador e director da Revista Ruralia
(1987-1994); e Director da Revista Cadernos ESAP (1997-99). Professor de
Antropologia do Espaço no Curso de Arquitectura MIA- ESAP (1991-2014).
Leccionou a cadeira de Teoria da Arte na Escola Superior de Educação do
Instituto Politécnico da Guarda (2000-2001), orientou o Seminário sobre Espaço
Urbano na Pós-Graduação em Cidade e Planeamento na Faculdade de Arquitectura da
Universidade Lusíada / Famalicão (1998-2000).</span><o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. <i>Livro Branco do SAAL 1974/1976,</i>
1976, págs.9 e ss.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. “SAAL. Perspectivas para uma crítica” in <i>CIDADE E CAMPO </i>(José A. Ribeiro, Editor) N.º 2. Movimento Popular E
Prática Urbanística em Portugal. Lisboa, Ulmeiro, 1979, pp.7-15. Aliás, como se
pode ler nesta introdução ao tema do SAAL, que «em plena vigência do segundo
Governo provisório, certo é que, frente a frente, ficavam, a partir de então e
de um modo diferente, aparelho de Estado, moradores de bairros pobres e degradados
(barracas, ilhas ou clandestinos) e técnicos ligados às questões da habitação e
do planeamento que por diversas formas se vieram a relacionar entre si levando
assim a cabo e ao longo de mais de dois anos aquilo que foi uma das mais ricas
experiencias conhecidas no campo da habitação”. Foi sem duvida, a partir deste
programa que se desenvolveu um processo que associando teoria e prática,
participação e mediação, luta e consciência social, integrados numa nova
metodologia de desenho, entendendo projecto e construção como uma espécie de
síntese de uma actividade multidisciplinar resultante da relação constante
entre os técnicos da brigada e moradores, a coordenação dos responsáveis do
Fundo de Fomento de Habitação e a relação nada pacífica com os técnicos das
Câmaras Municipais.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Cfr. Vieira, Alvaro Siza (1987) “O 25 de Abril E A Transformação da Cidade” in <i>Revista Crítica de Ciências Sociais, n.º
18/19/20</i> . Coimbra, Ed. Centro de Estudos Sociais da Univ. Coimbra,
pp.37-40.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///E:/Opera%C3%A7%C3%A3o%20SAAL-%20Congresso%20Internacional%20de%20Coimbra,%2014%20e%2015%20de%20Nov.%202014.docx#_ftnref5" name="_ftn5" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "MS Mincho"; mso-fareast-language: JA; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">[5]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Ver por exemplo, <b><i>Prefácio</i></b> de Alexandre Alves Costa in <i>O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974, de José
António Bandeirinha.</i><o:p></o:p></div>
</div>
</div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-58303549032394097912015-02-07T07:36:00.004-08:002015-02-07T07:36:57.607-08:00CASA, PATRIMÓNIO FAMILIAR E RELAÇÕES DE PODER<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Este nosso estudo centra-se na complexidade histórica e
antropológica das relações socio-económicas e políticas em torno da casa, da
gestão do seu património familiar e também das relações de parentesco
estruturadas e estruturantes desde o espaço local ao espaço regional. Sem
duvida, um conjunto de reflexões em torno das relações de parentesco, e das
estratégias matrimoniais, cujo principal fim é a conservação e a ampliação do património
simbólico e material das respectivas famílias / casas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Bourdieu sobre esta problemática considerava normal a
passagem e a reconversão do capital simbólico em material. Para este autor, o
capital simbólico concentra em si, todo o tipo de relações e de alianças, que
vão desde a honra, os direitos e os deveres acumulados ao longo de gerações
sucessivas, que se mobilizam em circunstâncias extraordinárias (1980:202).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Assim, sendo, capital material e capital simbólico são
uma espécie de marcas que exibem a força material e simbólica, representada por
aliados prestigiados, que as grandes famílias se esforçam por organizar, em
torno de certas exibições onde o capital simbólico é uma presença forte,
constante e subtil. As cerimonias festivas entre parentes, as solenidades
matrimoniais, as festas religiosas dos santos padroeiros, o apoio a peregrinos,
a pedintes. Tudo serve para a afirmação da honorabilidade e do prestigio dos
parentes e da Casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Estes comportamentos fazem parte da socialização
quotidiana destas Familias e destas Casas Grandes, através de um conjunto de
acontecimentos festivos e cerimoniosos, dos quais o casamento, o nascimento e a
morte são momentos de afirmação da Familia e da Casa, para a estruturação simbólica e material das
relações sociais mais amplas, entre os diversos actores sociais e, também entre
as diversas Familias ou Casas da região. Ver por exemplo, a quantidade e a
qualidade de trocas de bens materiais que geralmente envolve este tipo de
cerimónias «o ouro e roupas do meu uso, moveis, prazos, reguengos, direitos e
acções e seus respectivos terços e alma…roupas e prata de meza e chã, milhares
de réis em dinheiro, camas aparelhadas com lenções, travesseiro e enxergão,
colças e mantas…», bem como ainda «águas, animais, bosques, peagens e
portagens,…»<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Na região que estudamos, que se circunscreve à bacia do
Paiva e Douro, um espaço agrícola por excelência, que faz a transição entre a
montanha e o vale, as Casas Grandes e suas respectivas famílias estabelecem
entre si, um conjunto diversificado de relações sociais, económicas e
politicas, muitas delas seladas por contrato matrimoniais. Os filhos funcionam
como um elemento vital na manutenção e na ampliação das relações entre Casas e
Linhagens. Linhagens que através de uma definição específica de regras e de
instrumentos, transmitidos de gerações a gerações, permite consolidar um
conjunto de estratégias de administração e de transmissão hereditárias, que têm
como principal fim a conservação do património da casa nas mãos de um só
herdeiro (cfr. Iturra,1983:89).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Estamos a falar da administração do património, da sua
transmissão hereditária e da categorização das pessoas, em função destas
estratégias específicas, cujo objectivo é definir a posição dos indivíduos no
contexto das suas relações, e também em função dos próprios meios de produção,
tanto deles próprios como dos outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Neste sentido, a organização familiar nesta região,
estrutura-se em redor da Casa, da Casa Familiar. Entende-se por casa todas as
dependências e estruturas materiais e simbólicas, que de alguma maneira
contribuem para a conservação e reprodução da honorabilidade do nome familiar.
Garante da perpetuidade do bom nome da linhagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">A Casa apresenta-se aqui, como um sistema de
configurações arquitectónicas e sociais, físicas e culturais, ecológicas e
ambientais, económicas e políticas, enquanto sistema complexo de representações
e de significações ao serviço de uma espécie de grande sistema semiótico.
Porque ela representa, classifica, identifica e individualiza desde o contexto
local ao contexto regional. A Casa afirma-se, quando afirma a sua presença num
espaço hierarquizado e integrado num determinado mapa social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Estamos assim perante uma espécie de Sistemas Semióticos
que representam formas de organização social, ideias e valores culturais, que
identificam a honorabilidade da linhagem que nela habita ou que nela encontra
um sinal e uma marca de mais-valia simbólica e material.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">A arquitectura adquire uma forma de linguagem, e como tal
denota significados socio-culturais e ideológicos, que permitem identificar e
classificar grupos, classes, sociais diferentes. A Casa constitui-se assim,
como um texto dotado de expressão própria, de acordo com os seus protagonistas
e anfitriões. No fundo, ela é uma espécie de gramática espacial da residência,
porque classifica, ordena e produz significação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">A Casa é uma espécie de unidade social primária, isto é, o
nível de identidade social com maiores implicações para a apropriação social do
espaço e para a integração estrutural do individuo. No fundo ela é
estruturadora e estruturante, porque determina e porque classifica trajectos e
mandatos. É no contexto da Casa que se processa a primeira socialização dos
indivíduos, em sintonia com as configurações sociais do meio social envolvente
que integra ou desintegra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Casa e Familia estão o espaço social local e regional
intimamente associadas, porque ambas dependem da sua capacidade de reprodução
material e simbólica, e da qual, depende a sua durabilidade no tempo e no
espaço histórico do lugar. Sobre esta realidade, Sobral(1995:302) considera que
casa e terra são um símbolo da família e uma parte fundamental da sua memória e
da sua identidade. Realidades plasmadas num Brasão de Armas dos Teixeiras
Pintos; dos Cabrais Lousadas; nos Montenegros; nos Azeredos; nos Queiroz
Ribeiros; nos Matos Coelhos; nos Castelos-Brancos; nos Telles e Noronhas; nos
Botelhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Deve-se realçar a importância da terra, da posse da
terra, a propriedade que permite a conservação e a ampliação dos poderes
materiais e simbólicos destas linhagens antigas. Por exemplo, é normal que «em
todas as famílias com propriedade, a memória dos direitos de cada um é
reactivada necessariamente nos momentos de sucessão nos bens – e outrora, como
se vê pelo formulário de contratos, em alguns casamentos (1995:302 e ss.). Um
brasão pode ser pretexto para falar de um antepassado nobre – um visavô, umas
arrecadações arruinadas, parte de um Palácio dos Senhores donatários,
adquiridas por um avó, um motivo para falar deste e evocar recordações de
descendentes dos primeiros (Sobral, 1995:302).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">As Casas Grandes e respectivas Linhagens funcionam como
uma espécie de infra-estrutura central num sistema produtivo e reprodutivo da
própria formação social, onde o modo de produção de cada família depende da sua
produção, da sua propriedade e das relações de poder, que por sua vez dependem
da honorabilidade do seu nome, da exemplaridade das suas tradições, da
qualidade das suas relações sociais. Estas ligações sociais permanecem de
importância vital no modo de vida e da reprodução na vida dos seus grupos
específicos, e em tudo aquilo que ele possivelmente transporta de passado, de
memória e de glória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Nesta região, é muito comum a troca de filhos e de filhas
entre estas Casas Grandes, como forma de angariar alianças matrimoniais que
possibilitem um reforço de posições na hierarquia dos poderes locais e
regionais. As relações entre as Casas de Eiriz (Arouca) e a Casa de Penalva
(Baião), a Casa Vaz Pinto (Arouca) e a Casa de Boco; a Casa de Penaventosa dos Cabrais,
o casamento tem lugar entre conjugues originários do mesmo grupo social ou cuja
situação e recursos tendem a equivaler no momento da sua concretização, é no
espaço da sociabilidade entre estas Casas Grandes que se definem estratégias e
alianças matrimoniais. Destacamos a partir daqui, a importância da Família como
uma categoria social objectivada, isto é, uma espécie de estrutura
estruturante, fundamento da própria Família como categoria social subjectiva,
isto é, uma espécie de estrutura estruturada, categoria mental que é, por sua
vez, princípio de milhares de representações e de acções. As alianças
matrimoniais contribuem deste modo para a reprodução da categoria social
objectiva e também para a reprodução da ordem e hierarquia social (Bourdieu, 1993:34
e ss.). Sobral considera por exemplo, que em relação ao papel da herança na
reprodução dos grupos domésticos locais, as práticas de herança, associadas à
propriedade fundiária, são tidas como factores que podem determinar a
composição desses mesmos grupos domésticos (1993:240 e ss.), e funcionar também
como elementos estruturantes e individualizantes da reprodução social.
Contribuindo, assim, para a definição das estratégias sociais dos indivíduos no
contexto da Casa e do Grupo Doméstico. Vale a pena enfatizar as relações entre
os actores sociais e as respectivas trajectórias nos processos sociais. O
espaço social aparece-nos como um campo de força multidimensional de posições
ou de interacções entre os diversos actores, de acordo com a origem social e
respectivos status, que cada um ocupa numa determinada sociedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">A Família representa uma das estruturas fundamentais da
dinâmica social e da socialização dos indivíduos em função do seu capital
simbólico e material, definindo a partir da sexualidade, do espaço social e dos
recursos materiais e culturais, fundamentais no processo da reprodução social.
Para Bourdieu, as estratégias de reprodução funcionam como mecanismos
reguladores e reclassificadores dos indivíduos no contexto da vida social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Por outro lado, a Casa e o Grupo Doméstico integram-se
também num complexo património ideológico-cultural, contribuindo desta forma
para a definição e estruturação de um conjunto complexo de regras e de códigos
orientadores das configurações dos actores sociais no contexto das relações de
parentesco. Neste contexto, o nome da Casa, da Família é fundamental para a
classificação do individuo na estrutura social e politica local e é também um
elemento importantíssimo da identidade e da memória familiar. A reprodução social
de um grupo doméstico depende também das formas de gestão e de conservação do
património simbólico e material de cada casa e da maneira como se faz a gestão
e a manipulação da memória familiar. De salientar, a importância social da
memória em torno de uma linhagem, bem como da forma como se manipula a memória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">A dinâmica identitária das Casas e dos Grupos Domésticos
desenvolve-se dentro de processos de socialização de acordo com as coordenadas
do espaço-tempo, fundamentais para a definição da casa e do grupo doméstico. Ao
redor de cada Casa e de cada Grupo Doméstico definem-se papéis e posições e se
expressam valores e ideologias, bem como se afirma a construção de uma
identidade que visa essencialmente a valorização de uma memória, capaz de
recriar o passado de forma a actuar sobre o presente e a projectar-se num
futuro. A elaboração de uma memória social em torno da Casa fortalece a Casa, a
Linhagem e o Lugar. Um lugar da própria casa, ou lugar da identidade
partilhada, enquanto lugar comum para aqueles que habitando-a juntos, são
identificados como tais, por aqueles que não a habitam, mas que a partir dela
se posicionam no espaço social desse lugar. Neste sentido, as casas
distinguem-se umas das outras, como se se tratassem de corpos humanos. Cada uma
comporta a sua memória, a sua topogenia, a sua identidade. Cada casa permanece
assim fiel à sua herança, à sua linhagem, reivindicando para si, uma identidade
que se afirma no espaço local e regional. A Casa tem assim uma duração própria,
onde os homens podem encontrar um símbolo de resistência e de continuidade, de
tempo da história, a partir do qual se podem experimentar estilos, modos de
vida, vocabulários, funções e recordações de outros tempos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Este realidade é visível nas Casas Grandes da região.
Casas Brasonadas, grandes de granito, com implantações monumentais umas, outras
mais escondidas e camufladas por entre o arvoredo secular de carvalhos e de
plátanos. Casas grandes com brasões que identificam linhagens, parentescos e
outras alianças, na conjugação de valores simbólicos e sociais de elevado
prestigio. Estamos na presença de edifícios em U com pátio aberto à rua,
construídos em granito da região, numa morfologia que se quer orgânica e amiga
da topografia da terra. Na presença de dois corpos construídos em granito e
cobertos de telha, com acesso por um escadório central ou lateral à casa,
rematando numa das extremidades com a capela onde se rezam terços e avé-marias.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">A Casa Grande destaca-se geralmente pela sua imponente
massa arquitectónica, impondo-se à admiração de todo aquele que por alí passa.
Não é uma Casa vulgar, mas sim, uma casa de aspecto senhorial, rica de lavores
de cantaria que revelam bem o nível artístico do mestre pedreiro. Formada
geralmente de um só corpo, de rés-do-chão e primeiro andar, com capela, com
frontaria, varanda com balaústres e na linha do beiral bastante saliente,
erguendo-se a meio, em alto arco, cravado a pedra de armas – o brasão da
linhagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%;">Algumas destas casas possuem elegantes portais, janelas
emolduradas com rendilhados estilizados, frontarias de rara beleza. A sua
grandiosidade está associada ao magnifico portão que dá para um vasto terreiro,
cercado por um muro e respectiva cerca. No interior da cerca encontramos fontes,
jardins, árvores centenárias. Do terreiro temos acesso a um pátio através de
uma escada de granito que nos leva para a zona de serviço e de trabalhos
domésticos, e a partir deste pátio temos acesso à cozinha e ao quintal que dá
acesso ao corpo central da Casa. A monumentalidade, a sua cenografia singular,
a sua presença e a sua identidade fazem destas casas marcos de referenciação no
mapa espacial do local.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-55203790030189734522014-12-10T02:17:00.001-08:002014-12-10T02:40:43.699-08:00Do Direito à Habitação a Outros Direitos....<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<br />
<img src="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRKL3rO2zhAemljliJk0JTVzT1OkO-2F42d1CC9zidlwpWuaPf6yA" />O direito à habitação está incluído em diversos documentos internacionais vinculativos. Entre os mais significativos destaca-se o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais (Artigo 11º, nº 1) que determina o seguinte:<br />
<br />
"Os Estados-Signatários no presente Pacto reconhecem o direito de toda a pessoa a um nível de vida adequado para si e para a sua família, incluindo alimentação, vestuário e habitação adequados e a uma melhoria contínua das suas condições de vida".<br />
<br />
Com o objectivo de clarificar o sentido e a esfera de acção do direito à habitação tal como vem expresso no Pacto, em 1991, o Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (CDESC), o órgão que supervisiona a aplicação do Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais, apresentou a Observação-Geral nº 4.<br />
<br />
<b>O direito a uma habitação condigna</b> aplica-se a todas as pessoas. A expressão "para si e para as sua família" não pode ser interpretada como implicando qualquer restrição à aplicabilidade do direito à habitação a certos indivíduos, famílias matriarcais ou a outros grupos.<br />
<br />
Por outro lado, tanto os indivíduos como as famílias têm direito a uma habitação adequada qualquer sem distinção de idade, situação económica, pertença a grupo ou entidades origem social ou outra condição. O gozo do direito não deve estar sujeito a qualquer forma de discriminação (parágrafo 6º).<br />
O direito à habitação deve ser interpretado não num sentido restrito, mas num sentido lato e incluso como o direito onde se pode viver "em segurança, em paz e com dignidade".<br />
<br />
O direito à habitação está intrinsecamente ligado a outros direitos humanos fundamentais. Assim a expressão habitação deve ser interpretada como "habitação condigna”, abrangendo outras considerações (parágrafo 7º).<br />
<br />
O direito a uma habitação condigna deve ser visto em conjugação com outros direitos humanos enunciados nos dois Pactos internacionais e noutros instrumentos internacionais (parágrafo 9º).<br />
<br />
Uma vez que o conceito de "adequação" aplicado à habitação é determinado por factores sociais, económicos, culturais, climáticos, ecológicos e outros, certos aspectos do direito são aplicáveis em qualquer contexto.<br />
<br />
São eles:<br />
<br />
<b>Segurança legal de ocupação :</b><br />
<br />
Significa que todas as pessoas, onde quer que vivam, têm direito a um determinado grau de segurança que garanta a protecção legal contra o desalojamento forçado, agressão e outras ameaças. Os Estados são obrigados a adoptar medidas para conferir legalmente esta segurança.<br />
<br />
<b>Disponibilidade de serviços, materiais, equipamentos e infra-estruturas:</b><br />
<b><br /></b>
<b>-</b> De forma a garantir a saúde, segurança, conforto e alimentação dos seus ocupantes, uma habitação condigna deve permitir o acesso sustentado aos recursos naturais e comuns, água potável, energia para cozinhar, aquecimento, electricidade, instalações sanitárias e de limpeza, meios de conservação de alimentos, sistemas de recolha e tratamento do lixo, esgotos e serviços de emergência.<br />
<br />
<b>Acessibilidade económica:</b><br />
<b><br /></b>
<b> -</b>Uma habitação acessível é uma habitação cujos custos financeiros suportados se situam a um nível que não ameaça a satisfação das outras necessidades básicas.<br />
Os Estados devem tomar medidas para assegurar que os custos afectos à habitação sejam compatíveis com os níveis de rendimento.<br />
Os Estados devem instituir um sistema de subsídios à habitação destinado àqueles que não dispõem de meios para adquirir uma habitação condigna e proteger os arrendatários contra rendas excessivas e aumentos de rendas abusivos.<br />
Nas sociedades onde os materiais naturais constituem a principal fonte dos materiais de construção, os Estados devem tomar medidas necessárias para assegurar a disponibilidade de tais materiais.<br />
<br />
<b>Habitabilidade:</b><br />
<br />
Uma habitação condigna deve ser habitável em termos de proporcionar aos seus ocupantes espaço adequado, segurança, proteger do frio, da humidade, do calor, da chuva, do vento e outros perigos para a saúde, dos riscos devido a problemas estruturais e vectores de doença.<br />
<br />
<b>Facilidade de acesso:</b><br />
<br />
Uma habitação condigna deve ser acessível a todos os que a ela têm direito, incluindo os grupos desfavorecidos, que podem apresentar necessidades especiais, devendo beneficiar de uma certa prioridade no que se refere à habitação.<br />
<br />
<b>Localização:</b><br />
<br />
Uma habitação condigna, urbana ou rural, deve localizar-se num local onde existam possibilidades de emprego, serviços de saúde, escolas, centros de cuidados infantis e outras estruturas sociais. As habitações não devem ser construídas em lugares poluídos, nem na proximidade de fontes de poluição que ameacem o direito à saúde dos seus ocupantes.<br />
<br />
<b>Respeito pelo meio cultural:</b><br />
<br />
A arquitectura, os materiais de construção utilizados e as políticas subjacentes devem permitir exprimir, a identidade e diversidade culturais relativamente à habitação. De uma forma geral, a construção e modernização da habitação deve manter as dimensões culturais da habitação disponibilizando, simultaneamente, os equipamentos técnicos, entre outros (parágrafo 8).<br />
<br />
A Estratégia Mundial para a Habitação até ao ano 2000 (1998) apresenta uma outra definição de "adequação" ou <b>"habitação condigna":</b><br />
<b><br /></b>
"Habitação condigna significa... privacidade adequada, espaço adequado, segurança adequada, iluminação e ventilação adequadas, infra-estruturas básicas adequadas e localização adequada relativamente ao local de trabalho e equipamentos básicos - tudo isto a preço razoável".<br />
<div>
<br /></div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-71738152144735105342014-12-10T02:10:00.000-08:002014-12-10T02:41:19.107-08:00Direito à Habitação<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><img src="https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQK7Tly9uSgp5wA1OdY51r2pA6J1dtwCTz0iIc2loUuu5eiD4tFQQ" />Todas as pessoas têm direito a um nível de
vida condigno. O acesso a uma habitação condigna é essencial para se alcançar
esse nível de vida e consequente realização da vida humana para lá da simples sobrevivência.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">A habitação preenche as necessidades físicas ao proporcionar segurança e abrigo
face às condições climatéricas; as necessidades psicológicas ao permitir um
sentido de espaço pessoal e privado; as necessidades sociais, na medida em que
proporciona uma área e um espaço comum para a família humana, a unidade base da
sociedade. Em muitas sociedades, preenche igualmente as necessidades económicas
ao funcionar como um centro de produção comercial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">O direito do ser humano a uma habitação
condigna é um direito que assiste toda a mulher, homem, jovem e criança a
adquirir e sustentar uma casa e uma comunidade seguras onde possam viver em paz
e dignidade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">O direito à habitação é reconhecido como um direito humano na
Declaração Universal dos Direitos do Homem:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">"Toda a pessoa tem direito a um nível de
vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar,
principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência
música e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à
segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou
outros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias
independentes da sua vontade". (Artigo 25º, nº 1)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">O crescimento populacional, a migração para
as áreas urbanas, as necessidades contraditórias pelas terras existentes e os
recursos naturais e financeiros insuficientes resultam no aumento dos
sem-abrigo e de habitações inadequadas. Em todos os países homens, mulheres e
crianças dormem nos passeios, debaixo de pontes, em carros, estações de metro,
parques públicos, guetos e barracas ou ocupam edifícios abandonados. Segundo as
estimativas das Nações Unidas, mais de 100 milhões de sem-abrigo e mais de mil
milhões de pessoas no mundo inteiro vivem em habitações inadequadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">Estas estatísticas provam a dificuldade que
os governos têm em garantir aos seus cidadãos o acesso à habitação, mas também
levantam questões complexas sobre até onde deve ir esta obrigação
governamental. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">O facto do alojamento ser considerado uma
necessidade humana não significa que os governos devam proporcionar a todo o
seu cidadão terra, quatro paredes e um telhado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">A controvérsia pode portanto
emergir a partir do que os governos devem fazer para ajudar os indivíduos a
exercerem os seus direitos e obterem uma habitação. De uma forma geral, a
actuação de um governo é específica ao seu país e depende de inúmeros factores
económicos, culturais e sociais. Em alguns casos, aumentar o acesso à educação
ou ao mercado de trabalho é a melhor maneira para assegurar o direito à
habitação visto que a realização desses direitos conduz geralmente a um maior
acesso à habitação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;">Noutros casos, é necessário que os governos
forneçam directamente alojamentos materiais. Mas se não tivermos em conta as
acções já realizadas pelos governos, em todos os países existem pessoas que,
devido a questões pessoais, nomeadamente incapacidades físicas ou emocionais,
questões ambientais, tais como desastres naturais ou fome, ou questões sociais
como a guerra e a instabilidade política, são incapazes de arranjar habitação.
Nestas situações, os governos são obrigados a facilitar o acesso à habitação.
Os governos são obrigados a funcionar como sistemas justos e estáveis através
dos quais os seus cidadãos podem alcançar a satisfação dos seus direitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<span lang="PT" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 115%;">São igualmente obrigados a proporcionar os meios para a realização do
direito a um nível de vida condigno, ao qual os seus cidadãos podem aceder
livremente.</span></div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-42898840001497755052014-10-30T12:17:00.004-07:002014-11-01T06:36:12.473-07:00Seminário do Porto - Exclusão Social versus Direito à Cidade<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>II Seminário</b></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: center;">
<b>Exclusão Urbana versus Direito à Cidade</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Experiências de construção da inclusão em Porto, Lisboa, Braga e Coimbra</b></div>
<br />
<br />
<br />
<b>Estado da arte</b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
O Laboratório de Habitação Básica e Social em parceria com o Pelouro de</div>
<div style="text-align: justify;">
Habitação e Apoio Social da Câmara Municipal do Porto organizam o Seminário</div>
<div style="text-align: justify;">
Exclusão Urbana versus Direito à Cidade, de forma a problematizar e aprofundar o</div>
<div style="text-align: justify;">
campo de reflexão nas áreas da conceptualização arquitectónica, na programação social</div>
<div style="text-align: justify;">
e nas políticas de direito à cidade. Este seminário vem na continuidade do seminário de</div>
<div style="text-align: justify;">
Coimbra (2014) no qual se considerou oportuno e fundamental dar continuidade à</div>
<div style="text-align: justify;">
reflexão aí iniciada de forma a contribuir para uma abordagem mais sistemática, mais</div>
<div style="text-align: justify;">
transversal e acima de tudo mais operacional.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi unanimemente considerado relevante dar continuidade à discussão e à</div>
<div style="text-align: justify;">
partilha de experiências na área da habitação, da inclusão social e na reafirmação dos</div>
<div style="text-align: justify;">
valores da coesão no direito à cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No seminário do Porto pretende-se trazer a debate e à consideração dos pares</div>
<div style="text-align: justify;">
outras experiências, outros programas, outras visões de incluir e de fazer cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
Valorizando todas as iniciativas que se enquadram nesta perspetiva, inclusivê os</div>
<div style="text-align: justify;">
programas da cidade e da cultura como instrumentos de participação, de mediação entre</div>
<div style="text-align: justify;">
a cidade, os cidadãos e as instituições de programação cultural.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Procura-se, também, que este seminário promova reflexões que se possam transformar</div>
<div style="text-align: justify;">
em programas operacionais na valorização do direito à habitação, a partir das ilhas e dos</div>
<div style="text-align: justify;">
bairros populares, onde a memória, a morfologia, a escala, o lugar, o simbólico se</div>
<div style="text-align: justify;">
transformem em instrumentos de apoio à renovação da cidade na sua dimensão física,</div>
<div style="text-align: justify;">
social, ambiental e cultural.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A apresentação no 1º dia do seminário do projeto “Operação Ilha da Bela Vista”</div>
<div style="text-align: justify;">
tem como objetivo dar a conhecer todo um complexo programa de intervenção</div>
<div style="text-align: justify;">
arquitectónica, de renovação e de inclusão social nas Ilhas da Cidade do Porto, numa perspectiva experimental de forma a perspectivar outras operações de renovação das Ilhas e Bairros Populares. Onde os instrumentos de mediação entre Pelouro de Habitação e Apoio Social da Câmara Municipal do Porto, a DomusSocial, o LAHB e seus associados (IMAGO e Universidades), Associação de Moradores foram sendo construídos e aprofundados numa lógica de <i><b>empowerment</b></i> social. Neste seminário teremos a oportunidade de lançar o Álbum Fotográfico sobre a Ilha da Bela Vista.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Objetivos</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
1) Partilha de informação, conceitos, ferramentas e experiencias entre Instituições</div>
<div style="text-align: justify;">
interessadas na problemática do direito à habitação e à cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2) Criar espaços de partilha entre saberes, conhecimentos e experiencias científicas</div>
<div style="text-align: justify;">
entre os participantes e respetivas Instituições.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Metodologia</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
O seminário desenvolver-se-á a partir de uma dinâmica participativa através de um</div>
<div style="text-align: justify;">
fórum de Intercâmbio onde especialistas, ativistas, programadores e investigadores se</div>
<div style="text-align: justify;">
podem conhecer e produzir ferramentas de forma a potenciar novas formar de</div>
<div style="text-align: justify;">
intervenção em contextos específicos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Programa</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Dia 28 de Novembro</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>1ª Sessão – Auditório da Junta de Freguesia do Bonfim</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>14h30 – Apresentação do projeto de renovação da Ilha da Bela Vista,</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b>Abertura</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Intervenção do Exmo.Sr.º Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira</div>
<div style="text-align: justify;">
Intervenção do Exmo.Sr.º Presidente da Junta de Freguesia de Bonfim, Manuel</div>
<div style="text-align: justify;">
Carvalho</div>
<div style="text-align: justify;">
Intervenção do Exmo.Sr.º Vereador do Pelouro da Habitação e Apoio Social da</div>
<div style="text-align: justify;">
Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro</div>
<div style="text-align: justify;">
Intervenção do Exmo. Sr.º Vereador do Pelouro do Urbanismo, Correia Fernandes</div>
<div style="text-align: justify;">
Intervenção do Exmo. Sr.º Vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva<br />
Intervenção da Exma Sr.ª Presidente do Instituto Superior de Serviço Social do Porto,<br />
Intervenção do Exmo Sr.º Diretor do Centro de Formação e Emprego, Paulo Machado</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>15h30 - Intervenção da equipa técnica do LAHB Social</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Fernando Matos Rodrigues / António Jorge Fontes / Nicolau Brandão / Berta Granja (Coord.)</div>
<div style="text-align: justify;">
Fábio Azevedo / Catarina Pires / Ana Feijó / Ana Ilina Almeida (Arquitetura)</div>
<div style="text-align: justify;">
Inês Lima / Ana Vieira (Programa Social)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>18h30 – Apresentação do Álbum Fotográfico “Ilha da Bela Vista”</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Fotografia de Cristina Neves / Luís Coelho</div>
<div style="text-align: justify;">
Texto de Fernando Matos Rodrigues</div>
<div style="text-align: justify;">
Edições Afrontamento / LAHB Social, com apoio de Câmara Municipal do Porto,</div>
<div style="text-align: justify;">
Associação Comercial do Porto e Junta de Freguesia do Bonfim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Dia 29 de Novembro</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>2ª Sessão – Auditório da Biblioteca Municipal Publica do Porto</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>9h00 – Recepção</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>9h15 - Experiências de construção da inclusão em Porto, Lisboa, Braga e Coimbra</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>1ª Parte</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Manuel Carlos Silva (Centro de Investigação Ciências Sociais UM) / Giovanni</div>
<div style="text-align: justify;">
Allegretti (CES-UC) / Isabel Raposo (FAUTL) / Rita Silva (Habita – Lisboa) / Paula</div>
<div style="text-align: justify;">
Nogueira (Braga) / Vitor Esperança (Braga Habita) / José Paixão (ArrebitaPorto) /</div>
<div style="text-align: justify;">
Gaiahabita / Nicolau Brandão (Lahb.Social)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Almoço 13h00 às 14h30</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
1<b>5h00 - Experiências de construção da inclusão em Porto, Lisboa, Braga e</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Coimbra</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>2ª Parte</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Luís Baptista (CESNOVA-Lisboa) / Elena Tarsi (CES-UC) / Barbosa Pinto</div>
<div style="text-align: justify;">
(DomusSocial) / David Viana (Escola Superior Gallaecia) /Ana Valente (FAUTL) / António Tavares (Santa Casa da Misericórdia do Porto) / Ana Luísa Machado (Helpo) / Paula França (Vozes do Silêncio) / Fórum</div>
<div style="text-align: justify;">
Social, Maia / Tiago Castela (CES-UC) / Maria Gil ( Grupo a PELE).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>LAYOUT</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Organização</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Laboratório de Habitação Básica e Social / Pelouro de Habitação e Apoio Social</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Co-organização</b></div>
<div style="text-align: justify;">
CES-UC / CESNOVA-UNL / CISC-UM / ISSSP</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Coordenadores</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Fernando Matos Rodrigues / Nicolau Brandão / Berta Granja / Giovanni Allegretti / Elena Tarsi / Manuel</div>
<div style="text-align: justify;">
Carlos Silva / Luís Baptista / José Alberto Reis</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Produção</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Equipa Técnica do LAHB Social</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Apoios</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Câmara Municipal do Porto</div>
<div style="text-align: justify;">
Biblioteca Publica Municipal do Porto</div>
<div style="text-align: justify;">
Junta de Freguesia do Bonfim</div>
<div style="text-align: justify;">
Associação Comercial do Porto</div>
<div style="text-align: justify;">
Edições Afrontamento</div>
<div style="text-align: justify;">
Associação de Moradores Ilha da Bela Vista </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-53263759386606581592014-10-02T04:22:00.002-07:002014-10-02T04:22:50.366-07:00SEMINÁRIO DE COIMBRA - EXCLUSÃO URBANA versus DIREITO À CIDADE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; mso-ansi-language: PT;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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<br /></div>
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<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; mso-ansi-language: PT;">SEMINARIO<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; mso-ansi-language: PT;">Exclusão
Urbana <i>versus</i> Direito a Cidade. <o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; mso-ansi-language: PT;">Experiencias
de construção da inclusão em Lisboa e Porto.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O processo de imigração e a recente crise económica contribuíram a criar
novas vulnerabilidades na sociedade portuguesa. A influencia das politicas
neoliberais sobre a cidade está alimentando segregação espacial, periferização
da população vulnerável e gentrificação. Estes fenómenos tens um forte impacto
no acesso a uma casa digna para todos e ao “Direito a Cidade”. Neste cenário
existem praticas de resistência, experimentes de politicas baseadas na
participação e propostas concretas de construção da inclusão social e urbana. O
seminário pretende abordar de forma multidisciplinar o tema da exclusão urbana
concentrando a atenção nestas experiencias inovadoras em Porto e Lisboa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Organizadores: Elena
Tarsi, Giovanni Allegretti<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Programa (provisório) <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 9:00 – Apresentação do
seminário: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> Elena Tarsi “As lógicas da exclusão urbana e o direito a
cidade”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">I sessão – Manha <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 9:30 – Prof. Fernando
Matos Rodrigues (LabSocial, Porto) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “As Ilhas do
Porto: a construção da inclusão urbana”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 10:15 – Prof.ra Isabel
Raposo (FAUTL, Lisboa) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “A
regularização fundiária como base de inclusão social”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 11:00 – Tiago Castela
(CES, Coimbra)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “A
dualidade formal/informal na construção do espaço na área de Lisboa”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 11:45 – Ana Valente
(FAUTL)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “Os
projectos de reconversão das áreas criticas em Lisboa”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 12:30 – Debate<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<u><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 13-14:30 Almoço<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">II sessão – Tarde <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 15:00 – Prof. Giovanni
Allegretti (CES, Coimbra)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “A
participação para o alcance do Direito a cidade”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 15:45 – Prof. Jorge
Malheiro (Universidade Lusíada)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “Dinâmicas
de segregação dos migrantes”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 16:30 – Rita Silva
(Habita)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “A resistência a invisibilidade do
bairro S. Filomena, Lisboa”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 17:15 - Prof. Lucinda
Fonseca (Geografia, Lisboa)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> “Imigração e exclusão urbana em Lisboa”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Garamond","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ore 18:00 – Debate e
conclusão.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6965455844231266596.post-26710561654623695602014-07-14T10:46:00.003-07:002014-07-14T10:46:55.451-07:00Apresentação Pública do projecto de Arquitectura Basica Social Participada - Ilha da Bela Vista (Porto)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8yDhj5D4CbRCzGryXPKU3Df3SIvKdKFSWAhVy-TbeH71ieJ6NbMYPJlZ9DdH87R-5mdPoiZekY8lx9sqMmbVRMjJvHQN_QdhEtPYkN3QriXlJULvHKYuvwyGSAX3hhWGIUvaigkoo-F0/s1600/SKonica_Cen14071011060_0002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8yDhj5D4CbRCzGryXPKU3Df3SIvKdKFSWAhVy-TbeH71ieJ6NbMYPJlZ9DdH87R-5mdPoiZekY8lx9sqMmbVRMjJvHQN_QdhEtPYkN3QriXlJULvHKYuvwyGSAX3hhWGIUvaigkoo-F0/s1600/SKonica_Cen14071011060_0002.jpg" /></a></div>
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Fernando Matos Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/00931295940402566827noreply@blogger.com0