quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Ilha do Fernando da Loja - Rua de S. Victor Bonfim




Documentário realizado no âmbito da Cadeira de Antropologia do Espaço, MIA-ESAP

Documentário Sobre as Ilhas do Porto


Da Minha Ilha não se Vê o Mar


Nesta Reportagem o Professor Matos Rodrigues, antropologo e docente no Mestrado Integrado em Arquitectura, o Prof. Arqto Nicolau Brandão, Director do Curso Mestrado Integrado em Arquitectura, defendem a PATRIMONIALIZAÇÃO DAS ILHAS DA CIDADE DO PORTO.

Alunos e docentes do MIA-ESAP, estudam, programam e projectam para a Ilha da Bela Vista, em parceria com a Associação de Moradores do Bairro.

Ilhas do Porto - Documentários


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ILHAS DO PORTO PROJECT 2012-2013




ILHAS DO PORTO PROJECT 2012-2013
CARTOGRAFIAS INVISIVÉIS DO HABITAR

programa

I Seminário 
17. Nov. 2012
Auditório do Instituto Superior de Serviço social do Porto - 9 horas
Ilhas do Porto: Espaços Vividos, Programa para Casas Pequenas
Fernando Matos Rodrigues, MIA-ESAP
José Fontelas, Associação de Moradores da Ilha da Bela Vista
João Granadeiro Cortesão, FEUP
Paulo Castro Seixas, UTL
Maria João Carvalho, CMP
David Viana, MIA-ESAPS
Sara Santos, FEUP
Coesão social e Direito à habitação
Berta Granja, ISSSP
Marielle Christine Gros, ISSSP
Manuel Carlos Silva, ICS-Univ. Minho
Nicolau Brandão, Director do MIA-ESAP
Jorge Ricardo Pinto, MIA-ESAP
Presidente da Junta de Ferguesia de Bonfim
24.Nov.2012
Largo de S. Domingos - Porto
Roteiro das Ilhas - 9:00
Visita às Ilhas das Freguesias de Bonfim e Campanhã
II Seminário
7.Dez. 2012
Auditório do Palácio da Bolsa-Porto
Propostas Habitar Século XXI
Fernando Matos Rodrigues, MIA-ESAP
José Patricio Martins, ESAP
Rui Moreira, SRHU( a confirmar)
Fatima Loureiro de Matos, FLUP ( a confirmar)
José Ferreira, Domus Social

Coordenação Cientifica
Fernando Matos Rodrigues
Berta Granja

Organização
Mestrado Integrado em Arquitectura - ESAP
Instituto Superior de Serviço Social do Porto


Nota: Este programa está sujeito a alterações









terça-feira, 6 de novembro de 2012

ILHAS DO PORTO PROJECT - 2013

 - Cartografias Invisivéis de Habitar a Cidade

 
 
1 -Introdução
 
    Este Porjecto sobre as Cartografias Invisivéis do Habitar, insere-se no âmbito do programa da cadeira de Antropologia do Espaço, do 2.º ano do Mestrado Integrado em Arquitectura na ESAP 2012/2013.

 Ao longo de mais de duas décadas que estudamos o fenómeno do habitar em torno das Ilhas da Cidade Metropolitana do Porto. Os alunos do Mestrado Integrado de Arquitectura têm desenvolvido um conjunto diversificado de estudos sobre as formas e os modos do habitar nas Ilhas da cidade.
  
    Neste Projecto associamo-nos ao Instituto Superior de Serviço Social do Porto, uma instituição Universitária com grande tradição no estudo das Ilhas e na formação de técnicos superiores nas áreas do Serviço e Apoio Social.

 Contamos assim, com a colaboração da Professora Berta Granja e dos seus estagiários. Bem como de toda a equipa que nos tem acompanhado nestes últimos anos, Mestre Maria João Carvalho (CMP); Drª Ana Natálio(FEUP), o Arqto Filipe Silva (MIA-ESAP),Prof. Arqto David Viana (MIA-ESAP), Professor J A Rio Fernandes (FLUP), Director do Curso de Arquitectura Nicolau Brandão e do Prof. Gonçalo Louro; Susana Milão; Michelle Cannatà (MIA-ESAP), Jorge Ricardo Pinto (MIA-ESAP/FLUP), Arqto Manuel Ribeiro (C.M.P.), Prof,Arqto João Granadeiro Cortesão (FEUP) o escritor e jornalista Germano Silva, que com a sua sabedoria e o seu conhecimento sobre a cidade nos tem dado aquele suplemento intelectual e afectivo que tanto nos motiva e enriquece.
 
 
Procedimento metodológico
 
   A partir de uma base teórica e de um conjunto de instrumentos e técnicas de pesquisa, associando as competências naturais que um aluno de Arquitectura adquire no seu curso (desenho de estudo, maquetes de estudo, levantamentos rigorosos, etc.), os alunos vão para um contexto de estudo de caso, onde o trabalho de campo lhes permite estudar, caracterizar e identificar as diversas tipologias e mapas de apropriação do espaço num bairro - tipo Ilha.
 
   O tema deste ano está associado à ideia de que a Ilha é um Bairro Invisivel no contexto da cidade aberta e conhecida, partilhada por todos, os de cá e os de lá, os de dentro e os de fora.
 
   Ao longo destas últimas duas décadas fomos visitando estes bairros da cidade, falando com os seus residentes e respectivas associações de moradores acompanhando os seus trajectos de vida, partilhando experiências e discutindo alternativas e modelos para a sua renovação arquitetónica e valorização enquanto tipologia tipicamente urbana. Visitamos as suas pequenas casas, partilhamos a sua mesa, a sua hospitalidade, as suas aspirações e a sua vizinhança. A partir daqui, foi possível sistematizar um conjunto de instrumentos que nos permitiram compreender a habitação, os modos de habitar, a sua espacialização, as suas relações sociais e respectivos jogos identitários nas ilhas do Porto.
Para nós, que estamos a estudar e a ensinar Antropologia do Espaço a alunos de arquitetura, e, considerando mesmo, que a arquitetura deve manter uma função social, e deste modo patrocinar uma intervenção programática e conceptual ao serviço das classes e dos grupos sociais mais vulneráveis e excluídos da nossa cidade, fomos acompanhando as aspirações, os problemas e as dificuldades destas populações que vão resistindo e se adaptando à cidade global e periférica, em rede se quiserem[1]. Este nosso trabalho sobre as ilhas do Porto, é uma experiência única quer do ponto de vista social e humano, quer também do ponto de vista do entendimento do que é viver e habitar nas ilhas da nossa cidade.

Aos nossos alunos e foram muitos que ao longo destes vinte e dois anos nos acompamharam, neste Projecto de Arquitectura e Intervenção Social, o nosso muito obrigado. Quer pelo empenho e competencia na elaboração dos estudos e propostas de intervenção arquitectónica, quer pela sua sensibilidade estética e social, de forma a contribuirem para um melhor e mais qualificado espaço do habitar - a ilha.
 
Sobre a importância dos bairros populares dentro da cidade consolidada, M. CASTELLS e J. BORJA (1997:207 e ss.) consideram que perante a explosão social e a fragmentação da morfologia urbana, bem como perante a exclusão urbana e a guetização das camadas mais desprotegidas. Torna-se imperativo apontar para uma valorização categórica e urgente destas "ilhas", de forma implementar políticas de direito à cidade e à habitação, valorizando a integração de grupos sociais e económicos heterogéneos e diferenciados. Contribuindo para a inclusão urbana a partir de uma maior complexidade social, económica e política.
 
Este estudo estruturou-se a partir de um conjunto de métodos qualitativos e de teorias próprias da Antropologia do Espaço, que dessem resposta ao nosso projeto de estudo sobre as «Ilhas» na cidade do Porto.
 
 Em especial, utilizamos os instrumentos antropológicos, que nos remetem para um certo intimismo das respostas e das experiencias dos seus atores. Privilegiando os estudos qualitativos, desde as entrevistas informais e formais, passando pelas análises etnográficas de casos concretos.
 
Trata-se de um modelo interpretativo e explicativo próprio do método weberiano da compreensão. Neste contexto os autores clássicos como Durkheim, Weber, Marx, que acompanharam todo o pensamento moderno tornaram-se obrigatoriamente referências para este tipo de estudos de antropologia urbana ou do espaço urbano, como é o caso das «Ilhas» do Porto.
 
 Conceitos como comunidade, sociedade, reciprocidade, afetividade, ganham aqui e agora um papel central na explicação e na compreensão destes fenómenos sociais. Sobre esta problemática Parsons por exemplo, desenvolve alguns estudos, que nos levam a questionar as chamadas «variáveis-padrão», em torno dos conceitos comunidade e sociedade, apontando como características de uma comunidade: a orientação coletiva; a afetividade; a “ascription”; a difusidade; e os particularismos.
 
 Este tipo de esquema se inicialmente foi considerado típico das sociedades rurais, depressa se verifica que não é de todo nem em parte verdade; pois, pode também acontecer nas sociedades urbanas. E no caso concreto das «Ilhas» do Porto ele é duplamente constatado pelo facto de serem pequenas comunidades que vivem mergulhadas para o seu interior e com uma população com origem campesina.
 
Local de Intervenção
 
 -  Ilhas das Freguesias do Bonfim e de Campanhã / Porto.
 
Visitas aos locais de estudo
 
  - Dia 24 de Novembro das 9.00 às 18.30
 
Local de encontro
 
  - Largo de S. Domingos (ESAP), com partida às 8.40
 
 
 
  
 



 
 


[1] Como por exemplo, a Associação de Moradores do Bairro da Bouça, e a Associação de Moradores da Ilha da Bela Vista. Foram várias as iniciativas em que o Senhor Fontelas e o Senhor Mário Pinto (Presidente e Vice-Presidente da Associação de Moradores da Ilha da Bela Vista, participaram dando a sua opinião e discutindo com os alunos e professores do Curso de Arquitetura da ESAP, fosse em contexto de Aula Aberta ou nos Debates/Mesas-Redondas que organizamos no Plano B, no Labirinto Bar, Auditório do Palácio da Bolsa, ou ainda no Restaurante “Canto do Rocha” sito na Rua de S. Victor, um dos locais mais emblemáticos das Ilhas do Porto, ou mesmo em contexto de trabalho de campo na Ilha, as várias possibilidades e as várias funções que a ilha da Bela Vista poderia albergar num projecto futuro.